terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Carta Pastoral 149 - Contando os nossos dias


Carta pastoral – Dezembro de 2019 – ano IV – 149



“Contando os nossos dias”


Texto para ler Sl 90   



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Estamos chegando ao final de mais um ciclo das atividades do GCEU nas casas. Após as confraternizações, iremos passar por um momento de realinhamento da visão e refletir sobre o que precisamos melhorar. Estamos apenas no inicio de uma jornada de crescimento e é natural que as coisas demorem um pouco a engrenar. Este foi um ano de grande avanço em maturidade espiritual no nosso meio, pois diante das batalhas enfrentadas em cada GCEU, pudemos absorver aprendizado e nos unir mais como irmãos.

O tempo passa rápido! Alguns GCEUs já têm 4 anos juntos. É preciso estarmos atentos quanto a isso, pois é momento de nos mover para a multiplicação, antes que caiamos na estagnação.

O texto de Moisés no salmo 90 nos traz preciosas lições quanto a vida, ao tempo que passou e aos projetos futuros:

1. Se você chegou até aqui é porque Deus te sustentou 90.1. Por vezes, temos a tendência de analisar nossa vida pelo momento que estamos vivendo. Talvez você se sinta derrotado pelo fato de que esses últimos dias tem sido de intensa batalha em sua vida. Mas não podemos nos pautar apenas pelo presente, Deus tem sido nosso refúgio a muito tempo. Antes de nascermos, ele já cuidava da nossa família. Se o momento é difícil, creia que assim como Deus cuidou de você desde o ventre, te livrou em muitas situações, Ele continuará sendo o seu refúgio.

2. A vida é muito breve para ficar olhando o tempo passar 90.3-9. Imagino que Moisés se assustou com o fato de o tempo ter voado para ele. Os 40 anos no deserto passaram rápido pois sua vida era intensa. Não podemos perder tempo diante dessa realidade! É preciso nos programar, aproveitar cada oportunidade, eliminar os ocupadores de tempo como redes sociais, televisão e outras coisas que são boas, mas precisam ser dosadas. Precisamos ter um tempo de qualidade com Deus. Nada é mais proveitoso em nossa vida do que o tempo que separamos para estar aos pés de Jesus como fez Maria irmã de Marta.

3. Nunca é tarde para aprender 90.12. É maravilhoso ver o velho Moisés pedindo a Deus que o ensinasse. Depois de toda sua trajetória extraordinária, ainda havia espaço em seu coração para aprender mais com Deus. Como é lamentável nos deparar com pessoas que acham que já sabem de tudo, que não precisam aprender com ninguém, que são melhores que os outros. Todos nós temos algo a aprender com alguém, todos nós temos algo a ensinar para alguém.

4. Não confunda conhecimento com sabedoria 90.12. Moisés pede a Deus um coração sábio, pois conhecimento ele já possuía ou podia adquiri-lo. Muitos em nosso tempo moderno tem confundido conhecimento com sabedoria. Pensam que pelo fato de ter um bom currículo ou diploma têm sabedoria – não! isso é conhecimento. Sabedoria se adquire com o tempo, com a caminhada na presença de Deus, com as batalhas enfrentadas, com a Palavra de Deus. Muitos jovens, pelo fato de manusearem um smartfone melhor que seus pais, desprezam a sabedoria adquirida ao longo de suas vidas. Busque de Deus sabedoria Tg 1.5-6, e ela te conduzirá a uma vida prospera e frutífera.



Que essas lições possam embasar nossa vida e delinear nossa caminhada para o próximo ano.            

 

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                       Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Carta Pastoral 148 - A manifestação dos Filhos de Deus


Carta pastoral – Dezembro de 2019 – ano IV – 148



“A manifestação dos Filhos de Deus”



 


Texto para ler Rm 8.18-25     



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A carta de Paulo aos Romanos é uma das mais ricas em revelação e conteúdo teológico. A Igreja de Roma foi uma das mais desafiadoras para o Ministério apostólico de Paulo, devido ao nível de pecaminosidade que imperava naquela cidade e a necessidade que os cristãos tinham de abandonar as velhas práticas para viver uma nova vida em Cristo.

Paulo abordou temas de suma importância, para que cristãos em todos os tempos possam viver crescendo e frutificando na obra do Senhor, em meio ao caos do pecado no mundo. Dentre os temas abordados, no capítulo 8, alguns são muito relevantes para a nossa reflexão:

1.    A Liberdade em Cristo Jesus Rm 8.1-2. Os cristãos de Roma eram taxados como presos pela religião, pois agora não viviam nas práticas pecaminosas de outrora. Também eram atacados pelos ímpios de que o que eles haviam praticado antes da conversão, não tinha mais cura, e agora estavam presos às velhas ações. A mensagem de Paulo a eles é que Cristo nos liberta para viver uma nova vida sem temor e acusação. Nós somos livres! Cristo nos libertou e hoje não dependemos de nada pecaminoso para nos satisfazer. Somos satisfeitos em Cristo! Nos alegramos sem precisar de bebida ou droga, somos alegres porque Jesus nos faz alegres. Somos livres porque Cristo já pagou a condenação dos nossos pecados. Nenhuma condenação resta sobre nós que estamos no Espírito.

2.     A nova vida em Cristo Rm 8.13. A liberdade em Cristo também nos propôs um novo estilo de vida, uma nova forma de viver neste mundo. Não vivemos mais segundo as inclinações da carne, nem conforme as filosofias deste mundo. Vivemos segundo a direção do Espírito Santo, estamos conectados com Deus em nosso espírito e recebemos revelação no espírito. Deus fala ao nosso espírito, servimos no espirito, adoramos em espírito e andamos no espírito.

3.    A adoção de Filhos Rm 8.15-17. A obra de Cristo não só mudou nossa forma de viver, mas nos colocou em um outro patamar. Agora, em Cristo, não somos apenas servos, SOMOS FILHOS DE DEUS! Essa verdade precisa interferir na maneira como nos aproximamos de Deus, como nós andamos nesse mundo, como nos relacionamos com as pessoas. Não precisamos viver desesperados para conquistar coisas passageiras, já temos garantido uma herança eterna.

4.     A manifestação dos Filhos de Deus Rm 8.19. Por fim, Paulo fala da expectativa que a criação tem da manifestação dos Filhos de Deus. Podemos considerar essa manifestação em dois tempos, no presente e no futuro. No presente se trata da necessidade de nossa manifestação como Filhos de Deus, no ambiente em que nós vivemos. Precisamos manifestar nossa nova identidade em Cristo em casa, no trabalho, na escola, onde estivermos, para fazer a diferença. E no futuro se trata do glorioso dia em que os Filhos de Deus serão manifestos para o mundo. Será um dia de espanto pra uns e alegria pra outros, quando aqueles que foram humilhados e maltratados serão apresentados como Filhos do altíssimo e reinarão com Ele. Que glorioso dia! Maranata, ora vem Senhor Jesus! Toda a criação geme aguardando a manifestação dos Filhos de Deus!  

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                       Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Carta Pastoral 147 - "As visões de um cego"


Carta pastoral – Novembro de 2019 – ano IV – 147



“As visões de um cego”



 


Texto para ler Mc 10.46-52     



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Quem nunca se deparou com alguém deficiente que tenha a habilidade de fazer coisas melhor que outro sem deficiência.

Quando olhamos o cego Bartimeu, e fazemos uma reflexão do texto bíblico, percebemos que ele teve visões antes mesmo de ser curado por Jesus. E essas visões que teve, talvez falte em nós para que sejamos abençoados por Deus.

1.  A visão sincera e real de quem ele era e de sua situação. O fato de Bartimeu estar à beira do caminho na entrada da cidade mostra que ele tinha o entendimento que precisava de ajuda e que tinha de estar onde alguém o pudesse ajudar. Quantos não têm a capacidade de se enxergar, de ver sua necessidade e buscar ajuda. Enganam a si próprio e tentam maquiar sua real condição.

2.  A visão do ele tinha a seu favor. Bartimeu conseguia “enxergar” o potencial que tinha nos ouvidos e na boca e usou seu potencial para ir em busca do milagre. Ele ouviu falar de Jesus e o gritou quando estava passando. O que você tem a seu favor? Qual potencial você precisa usar para alcançar o milagre?

3.  A visão exata de quem era Jesus. O cego conseguiu ver o que os doutores da lei não viam – que Jesus era o Messias prometido, a raiz de Jessé. Ele não via a Jesus apenas como um milagreiro qualquer, mas como o enviado por Deus e prometido desde os tempos antigos pelos profetas. A visão que temos de Jesus, interfere na relação que temos com Ele. Como temos visto Jesus?

4.  A visão de que sua necessidade era maior que as adversidades. Bartimeu gritou por Jesus mesmo que as pessoas que estavam
à sua volta tentavam o impedir, mandando que se calasse. Ele tinha a visão de sua necessidade era maior que as dificuldades. Ele estava focado no ele precisava e não no que os outros pensavam a seu respeito. A preocupação com as dificuldades tem impedido muitos de alcançar o que Deus tem para realizar em sua vida.

5.  A visão do que era prioridade. Ao ouvir que agora era Jesus quem o chamava, Bartimeu não continuou prostrado, ele sabia que para alcançar o milagre, era preciso se levantar e abandonar o que lhe prendia na vida de miséria. Ele tinha a visão do que era prioridade naquele momento. Quantos querem receber de Jesus o milagre, mas ainda não entenderam que a prioridade é se levantar e abandonar o que lhe prende no passado para viver coisas novas.

6.  A visão do que era a sua necessidade. A pergunta de Jesus ao cego tem o propósito de nos ensinar que precisamos ter foco naquilo que buscamos. Se Jesus te perguntasse agora – Que queres que eu te faça? Qual seria a sua resposta? Você pediria algo que é necessário ou algo supérfluo, algo para atender algum capricho? Quantos estão em busca de vaidades como bens materiais enquanto não têm a certeza da salvação, ou que a família está perecendo.

7.  A visão do era essencial. Imagine comigo, alguém que não enxergava e agora recupera as vistas por um milagre! Quantas coisas para ver, para conquistar, recuperar o tempo perdido. Mas para Bartimeu, o essencial era seguir a Jesus pelo caminho. Melhor que o milagre, era o dono do milagre. Conheço muitos que por causa do milagre, perderam o dono dele. Se afastaram de Jesus depois que conquistaram a benção. Precisamos entender que seguir a Jesus é a maior riqueza que pode existir. Nenhuma cura se compara à grandeza de saber que você caminha com Jesus ao seu lado.

De fato, precisamos ter a visão que o cego teve para viver os propósitos de Deus em nossa vida. Que o Senhor possa abrir nossa visão para a realidade do que somos e do que temos a fim de que sejamos instrumentos em suas mãos para sua Glória!    

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!
                                                                                       Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Carta Pastoral 146 - Minha vida no trânsito em julgado


Carta pastoral – Novembro de 2019 – ano IV – 146



“Minha vida no trânsito em julgado”



 


Texto para ler Jo 3.14-21     



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Trânsito em julgado é um termo usado na justiça que significa que todos os recursos para uma pessoa recorrer foram esgotados. A justiça brasileira é constituída de instancias onde o réu pode recorrer da sentença.

Em se tratando da nossa vida com Deus, criamos algumas instancias onde julgamos nossas ações. Sobre isso, vamos refletir um pouco:

1.    A instancia do EU Ap 3.14-21. Existem aqueles que se consideram capazes de julgar suas próprias atitudes, com isso, se condenam ou se absolvem dos seus próprios atos. Tudo o que fazem, é de acordo com suas próprias convicções e se auto avaliam sem se preocupar com o que a Bíblia diz ou com o que Deus pensa a seu respeito. Assim era a Igreja de Laudicéia que se auto julgava rica e poderosa, mas na verdade, diante de Deus era miserável, cega e nua. Assim são muitos que se acham boas e poderosas, mas não é essa visão que Deus tem a seu respeito.

2.    A instancia das obras Mt 7.21-23. Existem também aqueles que avaliam suas vidas por aquilo que têm ou por aquilo que fazem. Acham que pelo fato de ter uma estabilidade econômica, uma família estruturada, estão bem e não precisam de mais nada. Tem aqueles que por serem usados por Deus, pensam que estão aprovados por Ele. Muitos têm se enganado! O fato de conquistarmos coisas nesta terra ou sermos usados por Deus, não é a garantia de que estamos sendo aprovados por Ele. É o que SOMOS EM CRISTO que faz a diferença em nossas vidas, não o que temos ou fazemos.

3.    A instancia dos homens. Já existem outros que baseiam suas vidas naquilo que as pessoas acham. Seu comportamento, seu caráter, seu modo de vestir... é definido pela opinião dos outros. Para esses, o que as pessoas dizem e pensam tem mais efeito em suas vidas do que Deus e a Bíblia diz a seu respeito. Houve um momento na vida de Davi que o povo o aplaudia por sua ação. Ele havia assumido Bate-Seba como esposa, depois da morte de seu marido Urias. Porém, Deus não se agradava daquilo. Precisamos refletir a todo tempo; estamos agindo para agradar os homens ou a Deus? Buscamos a aprovação das pessoas ou a aprovação de Deus?

4.    STD – Supremo Tribunal de Deus. Diante desse tribunal, todos nós haveremos de comparecer Rm 14.10-12; 2Co 5.10. Neste tribunal não há outras instancias para recorrer, não poderemos contar com a ajuda de juízes corruptos. Seremos julgados por uma lei perfeita e pelo Justo Juiz Jo 5.24-30. Independente do que nós julgamos ser certos ou errados, do que fizemos ou deixamos de fazer, do que temos ou não, do que as pessoas pensam ser bom ou ruim, seremos julgados por nossas obras. Seremos condenados ou absolvidos por aquilo que praticamos segundo as escrituras e não pelas instancias que criamos para julgar nossas ações 1Co 6.9-10; Ap 21.8.

Os homens deste mundo podem receber liberdade antes do trânsito em julgado na justiça terrena, mas se não crerem em Jesus já estão condenados Jo 3.18. Porém, aqueles que creram em Jesus, já receberam a absolvição de seus delitos, pois o próprio Cristo pagou a pena da nossa condenação, morrendo na Cruz do Calvário. Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus!   

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                       Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Carta Pastoral 145 - A prova de Jesus


Carta pastoral – Novembro de 2019 – ano IV – 145



“A prova de Jesus”





Texto para ler Jo 21.15-18


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Neste domingo tivemos a primeira etapa da prova do ENEM e à noite no Culto de celebração, ouvimos uma mensagem muito edificante ministrada pela Pra. Denise. O que me levou a refletir sobre os critérios que o Senhor Jesus estabelece para sermos seus discípulos.

O texto lido descreve que Jesus aplicou um teste de apenas uma questão para avaliar se Pedro estaria apto para segui-lo e fazer a Sua vontade. Jesus aplicou uma só prova, de uma única questão. Uma mesma pergunta, mas que exigia do candidato três respostas. E como o foco de Jesus era diferente do nosso hoje em dia!

Sua preocupação maior não era com o conhecimento teológico de Pedro, nem com o nível cultural, nem com o nível social ou educacional, ou outras características pessoais. O que interessava a Jesus era o amor do líder.

Mas não podemos pensar que para Jesus basta dizermos “Eu te amo”. Jesus não está à procura de um amor poético, mas um amor provado, que considere na pratica três ações fundamentais:

1.       Não existe amor sem obras!

Jesus disse a Pedro: “Se me amas, apascenta as minhas ovelhas”. Ou seja, se me amas, você irá me servir. Lembre-se do contexto:

• A conversa aconteceu logo após a ressurreição.

• 3 dias antes Pedro o havia negado.

• Antes de seguir a Jesus, Pedro era um pescador e agora decidiu voltar ao velho negócio.

• Quando Jesus apareceu na praia, ele estava pescando.

Quantas vezes falhamos e o diabo nos induz a pensar que Deus não nos aceitará mais? Mas o texto mostra que Jesus jamais desiste de um discípulo. Ele só precisa saber se realmente nós o amamos.

Ele quer se relacionar com filhos que o amam de todo o coração e que de fato sintam prazer em servi-lo. Até que ponto você o ama? Como pensa em provar que o ama? Jesus já falou como: “Se me amas, apascenta as minhas ovelhas”.

Não há como separar o nosso amor a Deus do nosso amor pela obra de Deus. Não existe fé sem obras.

2.       Não existe obras sem compromisso

A insistência da pergunta de Jesus nos mostra que Ele queria ver o nível de compromisso de Pedro com Jesus.

Em português, a pergunta é a mesma. Mas no original em grego ele usa palavras diferentes para designar AMOR. Em português:

• Pedro, tu me amas com amor ágape?

• Sim, Senhor, eu gosto de Ti (com amor fileo = amor de amigos, natural)

• Mas é só este tipo de amor que tens para me dar?

• Sim, Senhor, Tu sabes de todas as coisas. Tu sabes que eu te amo e estou disposto a te amar do teu jeito

Somos de uma geração de pouco compromisso, e esta mentalidade tem afetado a nós como crentes. Muitos querem vir à igreja, mas não querem assumir compromisso. E Deus não aceita esta atitude. Ou o servimos até o final ou então nem devemos começar.

3.       Não existe comprometimento sem renúncia

Jesus adverte a Pedro que se prepare para uma vida de renúncia. No início da nossa vida cristã fazemos só o que temos vontade. Quando amadurecemos, nossa vontade passa a ser a de Deus. Outros nos guiarão. Às vezes não queremos, mas iremos, porque esta é a vontade de Deus.

Amar a Deus é renunciar a sua vida e submeter-se a Ele. Amar é abrir mão e viver para Ele. “Para mim o viver é Cristo”.

Muitos dizem que querem servir a Deus, que são seus discípulos, e que até querem liderar, mas seu amor não passa nem no teste de um jejum, de um tempo de oração, de uma simples tarefa prática muitas vezes requerida.

Deus tem chamado homens e mulheres que não tenham limites para com Ele. Que queiram se relacionar com base no compromisso, e não em mero sentimentalismo ou emoção. Onde não há compromisso, não haverá mover de Deus.

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                       Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Carta pastoral 144 - A renovação da Mente


Carta pastoral – Outubro de 2019 – ano IV – 144



“A renovação da Mente”






Textos para ler Rm 12.2; Rm 8.28-29


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Ser como Jesus Cristo é um dos propósitos de Deus para o crente. A Bíblia, em muitos versículos, afirma que a vontade do Pai é ter muitos filhos à imagem e semelhança do seu Primogênito. Romanos 8.28,29 diz que o destino que Deus traçou para aqueles que o amam e foram por Ele chamados é “serem conformes à imagem de seu filho, afim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Em 1Coríntios 11.1, o apóstolo Paulo chama os cristãos a serem seus imitadores, assim como ele tem imitado a Cristo (1Co 4.16; Ef 5.1; Fp 3.17).

Para sermos como Jesus, é necessário termos o nosso caráter e a nossa conduta transformada, afinal, a imagem de Deus em nós foi corrompida pelo pecado. Paulo ensina que essa transformação é operada pelo Espírito Santo na medida em que vamos experimentando a presença de Deus em nossas vidas. Em Romanos 12.2, o apóstolo também trata sobre esse assunto, dando algumas diretrizes claras quanto a como o crente pode ser transformado e qual é a finalidade disso.

1.                 1.      E não vos conformeis com este século

O verbo grego traduzido por “conformar” tem o sentido de moldar a mente e o caráter de alguém ao padrão de outra pessoa. A palavra grega traduzida por “século” tem como um de seus sentidos o de sistema de ideias e valores opostos a Deus (mundo, na Bíblia em português). Sendo assim, o que Paulo está dizendo é que o crente não deve ter a sua mente e o seu caráter moldado conforme as ideias e valores do mundo. Para um melhor entendimento, segue uma ilustração: para se fazer bolos, é necessário o uso de uma forma. Quando a massa não assada é despejada na forma, ela logo toma para si o seu formato. Após ser assado, o bolo, mesmo que retirado da forma, terá exatamente os seus contornos, o que pode se dar de maneiras variadas. Paulo adverte que isso não aconteça com o cristão conforme os moldes do mundo.



Pare e pense: o que em sua vida está de acordo com a forma do mundo? Quais são as ideias e valores contrários a Deus que estão em sua mente e caráter?

2.      Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente

O verbo grego correspondente a transformar é de onde vem a palavra metamorfose do português. Essa palavra nos leva a pensar na borboleta. A borboleta não vem ao mundo como geralmente a vemos, com belas asas coloridas, voando graciosamente entre as flores de um jardim. Antes de chegar a essa forma, a borboleta é uma lagarta com oito pares de patas, que se alimenta principalmente de folhas, pode, por isso, causar prejuízos a plantações e provoca nojo em algumas pessoas. Para ser borboleta, a lagarta passa por um processo de mudança de forma, o que é chamado de metamorfose. Ela fica confinada em um casulo, onde se transforma em borboleta. Após esse período, ela rompe o casulo e passa, então, a voar. Que transformação! É exatamente isso que Paulo ordena aos romanos e a nós. Que nós mudemos de uma forma mundana para outra conforme os princípios de Deus. Que nós saiamos de um estado de lagarta para um de borboleta. Que nós soframos uma metamorfose.

Como isso pode acontecer? A resposta é: através da renovação da mente.



Renovando a mente seremos transformados de um padrão mundano para outro segundo a vontade de Deus.



Pare e pense: você está disposto a sofrer uma metamorfose?

Quais são os pensamentos mundanos (ou seja, contrários a Deus) que você consegue identificar em sua mente? Por quais você deveria trocá-los?

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                       Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Carta Pastoral 143 - Jesus está voltando!


Carta pastoral – Outubro de 2019 – ano IV – 143



Jesus está voltando






Texto para ler Mc 13.32-37


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Neste final de semana fomos profundamente impactados pelas ministrações na festividade do conjunto Filadélfia. As duas pregações tiveram como tema, a volta de Jesus. A primeira mensagem, trazida de Deus pela irmã Aline, falou-nos do que está preparado para os salvos no céu, e a segunda, trazida pela irmã Iolanda, falou-nos da necessidade de estarmos preparados para aquele grande dia.

Esse é um tema que deve sempre permear nossas reuniões, pois se trata da maior esperança de todo cristão; a volta de Jesus! Somos peregrinos nesta terra de dores, a nossa pátria é no céu de onde Cristo virá nos buscar. Do que ouvimos nesses dias, podemos sintetizar em três verdades que não podemos negligenciar:

1.     A incontestável volta de Jesus. Poucas são as pessoas que contestam esse fato. Até entre os não crentes, há um consenso de que o mundo vai acabar. As profecias bíblicas relacionadas aos fins dos tempos têm se cumprido em detalhes, o que reforça a crença da volta de Jesus. Não podemos negligenciar essa verdade! Esse fato precisa nos impactar de alguma forma. Nossa conduta, propósitos e alvos, precisam estar relacionados com a volta de Jesus. Qual é o nosso nível de anseio pelo encontro com o Senhor nos ares? Desejamos mais a volta de Jesus ou o casamento, a casa própria, a formatura, o filho, o carro novo etc...?

2.     A volta será repentina. Todos os textos bíblicos a respeito da volta de Jesus, embora nos mostre evidencias e sinais que antecederiam essa volta, afirmam que ela será de modo repentino. Muitos serão surpreendidos com esse acontecimento, seja negativa ou positivamente. A iminência da volta de Jesus nos impõe a necessidade de vigilância, de prontidão, de expectativa. Todo cristão precisa estar preparado para esse momento. Não podemos adiar nossas ações, como se houvesse amanhã. Se precisamos perdoar ou pedir perdão, temos que fazer hoje, se precisamos nos consertar, tem que ser hoje. Pois a qualquer momento, num abrir e fechar de olhos seremos arrebatados, e não haverá tempo para resolver aquilo que havia ficado pra depois.

3.     A necessidade de nos prepararmos. Precisamos nos preparar para o nascimento de um filho, para o casamento, para uma viagem, para quase tudo na vida. Não sejamos ignorantes o bastante, pra pensar que para o maior acontecimento da história não haveria necessidade de nos prepararmos. Temos que nos preparar para não sermos pegos de surpresa, e não estarmos vivendo de forma digna de ir para o céu. Os dois elementos indispensáveis para essa preparação é a vigilância e a oração. A vigilância nos coloca atentos aos sinais que antecedem a volta de Jesus e a oração nos capacita a mantermos uma vida de santidade.

Que possamos não só aguardar esse momento glorioso, mas também anunciar aos quatro cantos da terra esse acontecimento. Somos a igreja da última hora, que tem a missão de alertar a humanidade que Jesus está voltando e não podemos perder tempo.     

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Carta Pastoral 142 - "Deixa pra Depois"


Carta pastoral – Outubro de 2019 – ano IV – 142



Deixa pra depois






Texto para ler 1Sm 16.1


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Quem nunca adiou um plano? Quem nunca deixou pra depois, a resolução de um problema financeiro, a matrícula em algum curso ou os estudos para uma prova? Somos especialistas na procrastinação, quantas coisas deixamos pra depois em nossa vida! deixamos pra depois, desde as coisas mais simples da vida, como as mais complexas e importantes.

O texto lido mostra o desagrado de Deus com Samuel por adiar uma tomada de atitude com o rei Saul. Refletindo sobre este fato, podemos perceber o quanto é danoso deixarmos pra depois algumas ações em nossa vida.

1.     Quando deixamos pra depois, grandes perdas acontecem. A demora de Samuel com Saul poderia ter resultado em muitas derrotas para a nação de Israel. O povo já começava sofrer as consequências de um reinado sem a benção de Deus. A esse exemplo, quantas perdas acontecem quando adiamos ações na caminhada. Quantos diagnósticos médicos seriam amenizados se o paciente não tivesse demorado em começar o tratamento. Quantos acidentes teriam sido evitados se o motorista tivesse feito a manutenção no tempo certo. E o que dizer da vida espiritual! Quantos milagres não acontecem por adiarmos um posicionamento com Deus. Por demorar em Sodoma e Gomorra, Ló perdeu sua esposa e quase põe a perder toda a família. Até quando vai adiar o propósito de Deus em sua vida?

2.     Quando deixamos pra depois, pessoas sofrem. Uma das gravidades do “deixar pra depois” é que podemos permitir que pessoas ao nosso redor sofram. O próprio rei Davi é um triste exemplo desse adiamento de decisões com sua família. Não tomou uma atitude no tempo certo com seu filho Amnom, não amparou a filha Tamar quando ela precisava, não agiu com o filho Absalão. Na medida que ele adiava suas ações, tragédias aconteciam debaixo dos seus próprios olhos. É assim na vida de muitos! Muitos filhos delinquentes são o resultado de pais que deixaram a correção pra depois. Mas o pior é ver nações inteiras sofrendo porque a igreja demorou enviar missionários para o campo. Porque os próprios missionários adiaram o projeto de Deus.

3.     Pior que deixar pra depois, é deixar pra outro fazer. Talvez o profeta Samuel estava esperando o próprio Deus agir, quando era ele quem tinha aquela incumbência com Saul. A história se repete todos os dias! Queremos que outros façam por nós aquilo que fomos chamados pra fazer. A história da rainha Ester retrata essa realidade. Foi preciso Mardoqueu lhe dirigir uma palavra dura a fim que ela entendesse que foi Deus quem a colocou no palácio para um propósito. Onde Deus te colocou para ser instrumento dEle? O que você está esperando para agir?

Até quando? Até quando? Até quando?  

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Carta Pastoral 141 - O Chamado que muda História


Carta pastoral – Outubro de 2019 – ano IV – 141



“O Chamado que muda História



Textos para ler Jr 1.1-12


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Neste domingo fomos ricamente abençoados pela ministração do irmão Anderson Leandro. Em sua mensagem, falou sobre o encontro do Senhor com Jeremias e o que esse encontro mudou em sua história. Assim como Jeremias, podemos ter nossa vida marcada e transformada por meio do chamado do Senhor.

O pecado traz para o homem sérios problemas em diversas áreas. Dentre as áreas que são afetadas profundamente pelo mal e que geram conflitos terríveis, podemos destacar três; problemas psicológicos, de relacionamento com Deus e problemas sociais. Mas o chamado de Deus para o homem, aniquila todos esses problemas.

1. Problema psicológico Jr 1.1-5. O contexto histórico, habitação e família de Jeremias impunha-lhe muita dificuldade de auto aceitação. Ele se sentia desprezado e incapacitado para exercer qualquer ministério. Mas o chamado de Deus para sua vida o marcou de tal maneira que o fez enxergar que era escolhido antes do seu nascimento. Que o propósito de Deus para sua vida não dependia de sua história ou sua própria aceitação. Assim o Senhor faz conosco, para mostrar que a excelência do poder é dEle, escolhe os improváveis dessa terra.

2. Problema com Deus Jr 1.6-9. O complexo de inferioridade de Jeremias também afetava sua relação com Deus, pois não se via capaz de ouvir a voz de Deus e muito menos de falar em nome dEle. Isso limitava sua relação com o Senhor profundamente, como é a realidade de muitos em nosso tempo. Quantas pessoas se veem incapacitadas de manterem uma proximidade maior com o Senhor por se sentirem pecadoras demais. Ainda não experimentaram de maneira substancial, o poder do sangue de Jesus que nos aproxima de Deus e quebra toda barreira de separação que há entre nós e Ele.

3. Problema social Jr 1.10. A dificuldade de aceitar a si próprio e a dificuldade de ter intimidade com Deus fazia com que Jeremias se distanciasse das pessoas também. É assim a ação do pecado no homem; o afasta de Deus e do próximo. Mas a palavra do Senhor à Jeremias abriu seus olhos de uma maneira tão especial que seu coração foi movido por um amor profundo pelo povo a ponto de o fazer chorar por eles. É assim que Deus faz e quer realizar no nosso meio; nos envolver em um amor profundo pelas vidas que estão ao nosso redor e pelos povos e nações distantes.

A exemplo de Jeremias e seu chamado, não há ninguém que permaneça com os mesmos problemas depois de ter um encontro verdadeiro com o Senhor. Talvez seja o que falta pra você se ver livre de problemas psicológicos, sociais e de relacionamento com Deus. Se for seu caso, essa é a noite marcada por Deus para se encontrar com você.

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!
                                                                          Pr. Luiz Antonio

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