terça-feira, 19 de novembro de 2019

Carta Pastoral 147 - "As visões de um cego"


Carta pastoral – Novembro de 2019 – ano IV – 147



“As visões de um cego”



 


Texto para ler Mc 10.46-52     



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Quem nunca se deparou com alguém deficiente que tenha a habilidade de fazer coisas melhor que outro sem deficiência.

Quando olhamos o cego Bartimeu, e fazemos uma reflexão do texto bíblico, percebemos que ele teve visões antes mesmo de ser curado por Jesus. E essas visões que teve, talvez falte em nós para que sejamos abençoados por Deus.

1.  A visão sincera e real de quem ele era e de sua situação. O fato de Bartimeu estar à beira do caminho na entrada da cidade mostra que ele tinha o entendimento que precisava de ajuda e que tinha de estar onde alguém o pudesse ajudar. Quantos não têm a capacidade de se enxergar, de ver sua necessidade e buscar ajuda. Enganam a si próprio e tentam maquiar sua real condição.

2.  A visão do ele tinha a seu favor. Bartimeu conseguia “enxergar” o potencial que tinha nos ouvidos e na boca e usou seu potencial para ir em busca do milagre. Ele ouviu falar de Jesus e o gritou quando estava passando. O que você tem a seu favor? Qual potencial você precisa usar para alcançar o milagre?

3.  A visão exata de quem era Jesus. O cego conseguiu ver o que os doutores da lei não viam – que Jesus era o Messias prometido, a raiz de Jessé. Ele não via a Jesus apenas como um milagreiro qualquer, mas como o enviado por Deus e prometido desde os tempos antigos pelos profetas. A visão que temos de Jesus, interfere na relação que temos com Ele. Como temos visto Jesus?

4.  A visão de que sua necessidade era maior que as adversidades. Bartimeu gritou por Jesus mesmo que as pessoas que estavam
à sua volta tentavam o impedir, mandando que se calasse. Ele tinha a visão de sua necessidade era maior que as dificuldades. Ele estava focado no ele precisava e não no que os outros pensavam a seu respeito. A preocupação com as dificuldades tem impedido muitos de alcançar o que Deus tem para realizar em sua vida.

5.  A visão do que era prioridade. Ao ouvir que agora era Jesus quem o chamava, Bartimeu não continuou prostrado, ele sabia que para alcançar o milagre, era preciso se levantar e abandonar o que lhe prendia na vida de miséria. Ele tinha a visão do que era prioridade naquele momento. Quantos querem receber de Jesus o milagre, mas ainda não entenderam que a prioridade é se levantar e abandonar o que lhe prende no passado para viver coisas novas.

6.  A visão do que era a sua necessidade. A pergunta de Jesus ao cego tem o propósito de nos ensinar que precisamos ter foco naquilo que buscamos. Se Jesus te perguntasse agora – Que queres que eu te faça? Qual seria a sua resposta? Você pediria algo que é necessário ou algo supérfluo, algo para atender algum capricho? Quantos estão em busca de vaidades como bens materiais enquanto não têm a certeza da salvação, ou que a família está perecendo.

7.  A visão do era essencial. Imagine comigo, alguém que não enxergava e agora recupera as vistas por um milagre! Quantas coisas para ver, para conquistar, recuperar o tempo perdido. Mas para Bartimeu, o essencial era seguir a Jesus pelo caminho. Melhor que o milagre, era o dono do milagre. Conheço muitos que por causa do milagre, perderam o dono dele. Se afastaram de Jesus depois que conquistaram a benção. Precisamos entender que seguir a Jesus é a maior riqueza que pode existir. Nenhuma cura se compara à grandeza de saber que você caminha com Jesus ao seu lado.

De fato, precisamos ter a visão que o cego teve para viver os propósitos de Deus em nossa vida. Que o Senhor possa abrir nossa visão para a realidade do que somos e do que temos a fim de que sejamos instrumentos em suas mãos para sua Glória!    

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!
                                                                                       Pr. Luiz Antonio

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