segunda-feira, 26 de março de 2018

Carta Pastoral 081 - Compreendendo a Edificação parte 02


Carta pastoral – Março de 2018 – ano III – 081

Série “Alinhando a visão”

“Compreendendo a Edificação 02”

Textos para ler: 1Pe 2.1-10; Ef 2.20-22; Ef 4.11-12; Hb 3.6

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Na semana passada aprendemos que na edificação da Casa de Deus, os ministérios apontam para cada função nessa edificação, e que o ministério de apóstolo é aquele que tem a capacidade de fazer a leitura do projeto, de entender e transmitir a visão da edificação para a igreja. Hoje vamos dar continuidade ao aprendizado sobre as demais funções na edificação da Casa de Deus.

2. A coleta das pedras

Uma vez que conhecemos a planta, a visão da casa, então precisamos sair para coletar as pedras. Assim, nosso segundo passo é achar as pedras vivas. Precisamos encontrar o lugar onde há pedras e levá-las para o local da construção, o que aponta para o evangelismo. Deus nos leva a buscar pedras mortas e transportá-las para o reino da luz, onde se tornam pedras vivas. Depois, elas se tornam pedras lavadas e, mais adiante, pedras lapidadas.

Somente trazer as pedras e lavá-las não é suficiente. Não podemos pegar a pedra bruta e usá-la na edificação. Algumas pedras são muito grandes e não cabem no espaço da construção. Neste caso, elas precisam ser quebradas para serem edificadas. Há pedras que se acham grandes e preciosas demais para fazerem parte da construção de um grupo de discipulado tão simples. E, enquanto pensam assim, não são edificadas, encaixadas nem vinculadas na construção.

Existem pedras que são muito ásperas, outras possuem lascas cortantes e acabam ferindo as pedras que estão a seu lado na construção. Também há as que não gostam da construção local e vivem rolando de uma igreja para outra. São pedras, mas ainda não estão prontas para a edificação; seus hábitos antigos precisam ser mudados.

Muitas igrejas são boas em coletar pedras, mas porque não são orientadas pelo propósito eterno, param neste ponto. Elas só ajuntam pedras, mas isso não é uma casa, é apenas uma pilha de pedras. Algo que aprendi é que pedras que estão edificadas e encaixadas na construção não podem ser levadas. Somente as que estão soltas são levadas. Se uma pessoa não permaneceu é porque ainda não estava apropriadamente edificada, pois ninguém leva a pedra que está assentada na parede; contudo, a pedra amontoada pode ser

Facilmente levada. O propósito de Deus não é ter um ajuntamento de pedras, um amontoado de rochas. Ele deseja ter Sua Casa e, para isso, é preciso que as pedras sejam

edificadas e vinculadas na construção. Portanto, não é o tamanho ou a quantidade de pedras que importa, mas a edificação. Deus não pode habitar no meio de um monte de pedras. Por isso muitas igrejas possuem a presença de Deus, mas ainda não são a habitação de Deus. Elas realmente desfrutam de uma forte presença de Deus, mas ela não é permanente. Quando nos tornamos casa para Deus, Sua presença não se ausenta, mas se manifesta em todo tempo. Quando duas ou três pedras estão reunidas, o Senhor se faz presente, mas se essas pedras se recusam a ser edificadas e se tornar habitação de Deus, a presença do Senhor se vai. É como se Ele dissesse: “É bom estar aqui com vocês, mas eu preciso de um lugar onde eu possa repousar!” A presença do Senhor será constante se formos edificados juntos, como Sua casa espiritual.

Edificando uma casa para Deus, até a última casa!

                                                                                                 Pr. Luiz Antonio

sábado, 17 de março de 2018

Carta Pastoral 080 - Compreendendo a Edificação


Carta pastoral – Março de 2018 – ano III – 080

Série “Alinhando a visão”

“Compreendendo a Edificação”

Textos para ler: 1Pe 2.1-10; Ef 2.20-22; Ef 4.11-12; Hb 3.6

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Muitos cristãos são bastante corretos quanto à conduta e parecem ser muito espirituais, mas, lamentavelmente, são apenas pedras isoladas. Podem até ser pedras preciosas, mas se estiverem isoladas, não serão de muita utilidade para o propósito eterno de Deus. O Senhor deseja uma casa e não uma infinidade de pedras preciosas isoladas, destinadas a compor uma exposição. Nossa grande necessidade, hoje, é sermos edificados juntos na vida do grupo de discipulado. Se ganhamos muitas pessoas, mas não as edificamos como parte do edifício de Deus, nosso trabalho pode ser em vão. Quando aprendemos a ser edificados, temos vitória, santificação, poder, plenitude de Deus e riqueza espiritual; tudo depende de sermos encaixados e edificados no edifício de Deus. Não é suficiente coletarmos pedras, é preciso edificar essas pedras, colocando-as no edifício da Casa de Deus. Hoje em dia, a realidade na maioria das igrejas é que as pessoas buscam poder espiritual isoladamente, buscam uma vida de santidade ignorando os demais membros do corpo. O fato é que quanto mais buscam, mais pobres se tornam. Todos nós precisamos abandonar nosso individualismo e nos abrir para sermos edificados junto com outros irmãos. Todos os nossos problemas são consequência de uma única coisa: somos muito

individualistas e independentes, estamos desvinculados uns dos outros. É por esse motivo que somos assediados por fracassos e fraquezas. Você tem algum pecado que o assedia, o qual não consegue vencer? Quando se dispuser a ser vinculado e edificado com outros irmãos, você descobrirá como seu pecado pode ser superado. Como cristão, você é capaz de apontar outros membros específicos do Corpo de Cristo com quem se relaciona de maneira prática? Esse assunto não é uma questão de doutrina ou de espiritualidade, mas de realidade prática. O único caminho para ser um crente vitorioso é estar vinculado.

A intenção do Senhor é que cada grupo de discipulado seja uma expressão da Igreja. Cada grupo de discipulado precisa ser como um corpo com muitos membros bem encaixados e edificados em comunhão e unidade.

Para construir um prédio, precisamos de cinco elementos fundamentais, e não podemos prescindir de qualquer um deles. Esses cinco elementos estão todos relacionados aos cinco ministérios citados em Efésios 4.11-12, e precisam ser observados na vida normal do grupo de discipulado, pois tais ministérios foram constituídos para treinamento dos santos a fim de que estes desempenhem o serviço de edificação da Casa de Deus. O serviço dos santos é a edificação do Corpo de Cristo. Esse é o nosso trabalho. Qualquer propósito diferente deste está fora do propósito eterno de Deus. Todos os santos devem ser treinados para fazer a obra de construção, e nenhum de nós pode ficar de fora do trabalho de edificação da Casa de Deus.

1. A planta da edificação

O primeiro elemento necessário para se construir uma casa é o projeto, a planta. Como sabemos onde colocar cada pedra? Como conseguimos dar a mesma forma às pedras? Qual é o padrão? Para isso, precisamos da planta da construção, e todos os trabalhadores envolvidos na obra de edificação precisam saber como ler esse projeto que já foi dado pelos apóstolos. Este aspecto é função do ministério apostólico.

É por isso que precisamos do ministério apostólico para fazer a obra de edificação da Casa de Deus. Cada membro do grupo de discipulado precisa saber ler a planta e conhecer o propósito eterno, não apenas o líder do grupo de discipulado, mas todos os membros. Este é o problema de muitas igrejas com grupos de discipulado: os membros não sabem o que é a Casa de Deus; tratam os grupos de discipulado apenas como um grupo pequeno

e trabalham de acordo com seu próprio entendimento. Por causa disso, rapidamente o grupo de discipulado se torna uma obra humana e acaba morrendo. Para tratar esse problema, precisamos do ministério apostólico. E o que estou compartilhando aqui a respeito do propósito eterno de Deus nesses dias é, na verdade, a planta do edifício.

Vamos continuar na próxima semana, a conhecer os demais elementos da Edificação da Casa de Deus. Em Cristo Jesus, pedra angular. Até a última casa!

                                                                                                            Pr. Luiz Antonio

domingo, 11 de março de 2018

Carta Pastoral 079 - Fazer ou Gerar?


Carta pastoral – Março de 2018 – ano III – 079

Série “Alinhando a visão”

“Fazer ou Gerar?”

Textos para ler: Gn 1.27-28; Gn 4.17-22; Gn 5.1-8

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A Palavra de Deus, especificamente o evangelho, possui um ponto central. Envolvemo-nos em demasia com coisas secundárias e até periféricas, enquanto o ponto central do evangelho é a Igreja, é Cristo dentro de nós.

Desde a eternidade passada, estava no coração de Deus Seu desejo de ter filhos. Deus intentava cumprir esse propósito por meio de Adão, mas Adão pecou, e o propósito de Deus foi momentaneamente adiado. Mas hoje, em Cristo, Seu propósito é restabelecido.

Dentro da visão do discipulado, classificamos as igrejas como sendo igrejas de programas ou igrejas em discipulado. As igrejas de programas são todas cujo propósito é o fazer algo, o realizar atividades, ou seja, realizar programações.

As igrejas em discipulado, por outro lado, têm outro objetivo. Seu alvo básico não é o fazer, o realizar programas, mas gerar filhos e discípulos. Esse é o ponto central da visão de discipulado, a base que sustenta toda a visão. Há um princípio básico que sustenta a igreja de programas, assim como há um princípio fundamental na base da igreja em discipulado. A mentalidade básica da igreja de programas é o fazer algo para Deus. Não há preocupação com o propósito, desejam apenas fazer algo para Deus. Por outro lado, em uma igreja em discipulado, toda a atenção é voltada para a edificação, multiplicação e para o cuidado uns com os outros. Há, portanto, dois princípios, duas visões sobre a obra de Deus: a visão de fazer algo para Deus, em contraposição à visão de gerar alguém para Deus – fazer versus gerar.

Naturalmente, não estamos dizendo que seja errado fazer coisas para Deus. Não é questão de certo ou errado, de conflito entre o pecaminoso e o santo. Para nós, é uma questão de paradigma, de modelo. Supomos que tanto os que fazem coisas quanto os que geram filhos desejam agradar ao Senhor. A grande questão é qual dos dois paradigmas atinge o objetivo de agradar ao coração do Pai. Os que fazem coisas e promovem atividades realizam coisas louváveis, obras de misericórdia, serviços, artes e outras realizações. Quem faz coisas para Deus deseja algo bom e até louvável. Trata-se de uma maneira de se enxergar o relacionamento com Deus, baseado sempre em fazer coisas para o Senhor. Eles acreditam que só agradam a Deus quando estão fazendo coisas para Ele. Em oposição a esse modelo, há quem entenda que, no coração de Deus, está o gerar. Não que não façam mais coisas, mas as coisas que fazem não são um fim nelas mesmas, mas apenas um meio de gerar mais para Deus.

No começo, Deus criou o homem, abençoou-o e disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”. Deus ordenou que eles fossem fecundos. É como se o Senhor dissesse para Adão: “Eu quero ter filhos. Criei você para ser meu filho. Darei a você habilidade para transmitir aos seus filhos a minha imagem, essa vida que eu quero que você tenha”. A consequência da queda foi a perda da imagem divina. Ao cair, o homem foi contaminado pelo pensamento de Lúcifer, recebendo em si a semente do diabo, e agora ele não está mais preocupado em cumprir o propósito de Deus. Sua preocupação agora é outra, é ter realizações e feitos para receber reino, poder e glória para si mesmo. O homem quer agora uma posição, um título de honra e é isso o que vemos no decorrer da narração bíblica.

Os capítulos 4 e 5 de Gênesis nos dão um retrato de duas gerações de homens a partir de Adão: os descendentes de Caim e os descendentes de Sete. Duas gerações representando dois tipos de homens e dois paradigmas: o do fazer e o do gerar.

Qual dessas duas gerações fazemos ou desejamos fazer parte?

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                                                                                                                Pr. Luiz Antonio

domingo, 4 de março de 2018

Carta Pastoral 078 - Edificando segundo o propósito eterno de Deus



Carta pastoral – Março de 2018 – ano III – 078
Série “Alinhando a visão”
“Edificando segundo o propósito eterno de Deus”
Textos para ler: Ap 21.9-27; 1Co14.26; 1Pe 2.5; Mt 16.18
Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Hoje em dia, há uma grande preocupação em relação a trabalhar na Igreja com um propósito claro em mente. Isso é muito bom, mas, se observarmos os propósitos, veremos que eles não são o propósito eterno. Normalmente são o evangelismo, as missões, os ministérios, a comunhão, a assistência social, etc. Tudo isso é bom, mas a vontade de Deus é que edifiquemos de acordo com o propósito mais elevado, o propósito eterno.
O propósito eterno de Deus é ter um lugar para habitar. Por toda a Bíblia, desde o Velho até o Novo Testamento, vemos que Deus está edificando Sua habitação eterna. Esse é o tema principal, recorrente ao longo das Escrituras; as histórias mudam, mas o tema central permanece presente.
Desde o início da Bíblia até seu final, a ênfase está no edifício de Deus, em Sua casa. Em Gênesis 2, lemos a respeito do jardim do Éden, onde encontramos três tipos de materiais preciosos: o ouro, a pérola (bdélio) e as pedras preciosas. Esses três elementos são mencionados no começo porque aquele jardim era um anteprojeto da Casa de Deus. Assim, o que vemos no Éden na forma de materiais, encontramos em Apocalipse 21 e 22, na Nova Jerusalém, na forma de edificação. Ouro, pérola e pedras preciosas são os mesmos materiais que compõem a Nova Jerusalém – a consumação do plano de Deus.
Toda a história do Velho Testamento aponta para a realidade da Igreja do Novo Testamento, que é a Casa de Deus, o templo do Deus vivo, que tem a perfeita consumação na Nova Jerusalém. Por tudo isso, percebemos que o propósito eterno de Deus é ter uma casa para habitar no meio dos homens e nos homens. No final de tudo, em Apocalipse, o que vemos é a edificação de Deus, a Nova Jerusalém, que é a composição de todos os redimidos. Na Nova Jerusalém, Deus e os homens estão unidos como um único edifício, a divindade misturada à humanidade. Deus é o conteúdo, o homem é o vaso; Deus é a vida, o homem é a expressão da vida de Deus.
Em Mateus 16, Jesus disse que edificaria Sua Igreja, e essa é a obra que o Senhor está fazendo hoje. Portanto, se desejamos cooperar com o Senhor na obra de edificação da Igreja, precisamos nos empenhar para edificar a Casa de Deus de acordo com Sua vontade. Se cada membro do grupo de discipulado entender o que está fazendo, trabalhará com encargo e amor. Não estamos meramente fazendo reuniões nas casas, estamos edificando a Igreja, a Casa de Deus, segundo o Seu propósito eterno. Muitas igrejas colocam a ênfase no evangelismo, o que é bom, mas depois de evangelizar, não sabem o que fazer com as pessoas. Elas não estão edificando casa para Deus, não possuem o estilo de vida de uns para os outros. Esse tipo de evangelismo acaba sendo em vão, pois não resulta na edificação da Casa de Deus nem é motivado pela revelação de que o Senhor
deseja ter Sua casa sobre a terra.
A Igreja, a Noiva, é o centro do coração de Deus. Ela é composta de filhos, e somente pode ser edificada por relacionamentos de vida. Qualquer pessoa que não seja completamente pela Igreja, não está sendo completamente para com Deus também. E qualquer pessoa que seja negativa para com a Igreja está, na verdade, ofendendo a Deus. Quando alguém quer parecer inteligente, culto e argumentativo, sempre procura falar mal da Igreja. Quando um teólogo quer se destacar, ele simplesmente fala algo negativo sobre a Igreja. Ele sabe que, desta forma, atrairá para si muita atenção. É obvio que há muitas deficiências e debilidades na Igreja, contudo, a despeito de todas elas, ela não deixou de ser a Igreja. Ninguém que tenha sido negativo para com a Noiva prevaleceu com o Noivo e recebeu Seu elogio. Devemos, então, ser muito cuidadosos porque o desejo do coração de Deus, hoje, é preparar a Igreja. Este é o trabalho de Jesus e a obra de Deus.
Nos empenhemos nessa missão e seremos bem sucedidos em todas as coisas na vida. Edificando uma casa para Deus. Até a última casa!
                                                                                                            Pr. Luiz Antonio

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