segunda-feira, 22 de abril de 2019

Carta Pastoral 123 - Comam apressadamente


Carta pastoral – Abril de 2019 – ano IV – 123




“Comam apressadamente”




Texto para ler Êxodo 12.1-11.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Celebramos neste domingo a páscoa; a maior festa cristã do nosso tempo. A festa que traz a memória, a ressurreição do Senhor Jesus Cristo, o nosso Cordeiro Pascal. Quando lemos o texto bíblico, duas palavras me chamam a atenção; a comida e a pressa. Vamos refletir sobre essas duas expressões:

1.      Mudando a nossa dieta – comida está presente em toda a bíblia, desde o Éden, onde o pecado entrou no mundo através do comer do fruto, a páscoa, onde deveriam comer todo o cordeiro, a Ceia do Senhor e por fim as bodas do Cordeiro na consumação dos séculos, onde estaremos sentados à mesa com Cristo. Comida tem um significado espiritual, pois se trata de tudo aquilo que interiorizamos, tudo aquilo que trazemos para dentro do nosso interior. Há uma expressão que afirma que nós somos aquilo que comemos, o que também é realidade na vida espiritual. Se nos alimentarmos das coisas do mundo, ficaremos intoxicados com o mal, mas se nos alimentarmos da palavra de Deus, seremos fortalecidos no Senhor. Diante dessa verdade, o Senhor nos convoca a mudar nossa dieta para uma alimentação saudável de coisas espirituais. Temos acesso a tanto conteúdo que edifica, como louvores, cartas pastorais, estudos bíblicos, livros, pregações e filmes evangélicos. Só se alimenta mal quem quer e não tem visão espiritual, porque comida boa temos de sobra.

2.      Comam apressadamente porque o Egito não é o seu lugar – Satanás na sua astúcia tem enganado vidas, fazendo-os acreditar que são livres, quando na verdade são escravos neste mundo. Até mesmo muitos crentes, gostam tanto do Egito (este mundo) que perderam toda a expectativa da terra prometida (a nova Jerusalém). Este mundo não é o nosso lugar, estamos aqui de passagem para um propósito, o nosso desejo e esperança está no encontro com o Senhor nas mansões celestiais. Que possamos levar essa mensagem de libertação para todos aqueles que estão presos no mundo de pecado.

3.      Comam apressadamente porque o inimigo vem destruindo – o Diabo nestes dias não tem poupado em seus ataques. Tem destruído, desde crianças até famílias inteiras com seus dardos inflamados. Mas o que é mais grave é o fato de muitos estarem desapercebidos de sua fúria. Seu propósito é roubar, matar e destruir. Precisamos nos revestir de armas espirituais para combater contra o nosso inimigo, pois ele tem grande fúria contra nós.

4.      Comam apressadamente pois o Senhor tem urgência em realizar seus propósitos em nós – o que o Senhor mais deseja é ver seus filhos desfrutando de uma vida dentro de sua vontade. O maior interessado em nos abençoar é o nosso Deus, mas nós tardamos o seu agir em nossas vidas quando demoramos a nos posicionar em direção à sua vontade. Levante-se hoje para o que Deus quer realizar em sua vida! Não temos tempo a perder.

5.      Comam apressadamente pois o Senhor já providenciou tudo que precisamos – a Páscoa significa justamente essa verdade; tudo que nós precisamos para uma vida liberta, abençoada, com propósito, Jesus nos garantiu no Calvário. Sua morte e ressurreição é a nossa garantia de que nada pode nos prender no Egito, pois o nosso libertador já nos comprou da escravidão. O pecado não tem mais poder sobre nós pois o Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo.

Como é bom refletir sobre a Páscoa e concluir que Cristo nos libertou para sermos verdadeiramente livres. Melhor que isso é levar essa mensagem para todos aqueles que se encontram em trevas e na escravidão do pecado.

Em Cristo Jesus, nosso Cordeiro pascal. Até a última casa!
                                                                          Pr. Luiz Antonio

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Carta Pastoral 122 - Caminho da verdade


Carta pastoral – Abril de 2019 – ano IV – 122


Série: No caminho de Jesus



“Caminho da verdade”




Texto para ler. Marcos 15.16-39.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A caminhada com Cristo nos confronta a viver uma vida pautada na verdade. Não há nada oculto diante dos olhos do Senhor, pois Ele sonda o nosso interior e mesmo aquilo que aparenta ser bom em nós, é revelado a sua verdadeira essência.

A passagem bíblica lida, no verso 21 relata um homem chamado Simão, que foi constrangido a levar a cruz de Jesus. O que parece ter sido uma atitude louvável, na verdade traz consigo fatores que devemos refletir de modo profundo e sincero.

1.      Tinha Jerusalém, mas Jerusalém não o tinha. Simão, embora sendo judeu, não habitava em Israel, mas em Cirene na África. Ele tinha Jerusalém como sua cidade, vinha todos os anos participar da festa da páscoa, mas Jerusalém não o tinha como habitante. Essa mesma realidade ocorre em muitos contextos; filhos que têm os pais para os sustentar, mas pais que não têm os filhos quando precisam deles na velhice. Maridos que têm a esposa para as obrigações de casa, mas esposas que não têm o marido quando precisam, ou vice-versa. O mesmo acontece na igreja; pessoas que têm a igreja quando precisam de ajuda, seja material ou espiritual, mas a igreja não os tem quando precisam.

2.      Teve uma ação, mas sem motivação. Simão não levou a cruz porque se compadeceu de Jesus, levou porque o obrigaram. Ele não tinha motivação que brotava do seu interior. Sua ação vinha de fontes externas. Muitas pessoas são assim na obra de Deus; só fazem alguma coisa quando aquilo que fizer lhe der algum retorno. Não fazem em gratidão por aquilo que Deus já fez, mas por interesse ou por pressão.

3.      Estava no Mover, mas o Mover não estava nele. Simão estava presente no cenário mais importante da história humana. No lugar que marcou pra sempre toda a humanidade, mas o que acontecia ali não era de seu menor interesse. Ele apenas passava ali por especulação. Essa é a triste realidade de muitos; estão no meio do mover de Deus mas não são atraídos por ele, estão na igreja mas não se comportam como igreja, estão no GCEU mas a unção do GCEU não impacta sua vida. São apenas expectadores e especuladores sem interesse em fazer parte do que o Senhor está promovendo.

4.      Recebeu uma cruz, mas não recebeu Cristo. Simão carregou uma cruz antes de conhecer o Homem da cruz. Quando medito nesse fato, vejo quantas pessoas recebem uma religião sem conhecer a Cristo, recebem doutrinas humanas e passam a carregar uma cruz pesada na vida religiosa sem conhecer a Jesus que nos dá um jugo suave e um fardo leve Mt 11.29. Quem conhece e recebe a Cristo, entende que todo peso do pecado Ele mesmo levou sobre si para que possamos viver em liberdade e novidade de vida.

O Senhor está trazendo um novo tempo para nossa igreja, onde, não só estaremos nela, mas ela estará em nosso coração. Onde uma força interior nos motivará a fazer sua vontade. Onde estaremos no mover e o mover estará em nós marcando nossas vidas e daqueles que estão à nossa volta. Onde seguiremos Jesus sem o peso da religiosidade fria e sem vida.

Que o caminho da verdade revele onde precisamos ser transformados!

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa! 
                                                                                            Pr. Luiz Antonio

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Carta Pastoral 121 - Lidando com as perdas da vida


Carta pastoral – Abril de 2019 – ano IV – 121

“Lidando com as perdas da vida”




Texto para ler: 2Sm 19.1-7.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Sabemos que a nossa vida é constituída de perdas. Todos nós, indistintamente passamos por perdas e tragédias no percurso da vida. O que nos difere é como lidamos com as tragédias que a vida nos impõe. É importante atentarmos para o fato de que Deus sempre nos provê uma compensação diante das perdas. É necessário enxergarmos as compensações de Deus em nossa vida.

Também é importante nos desprendermos de projetos que já morreram, para avançarmos naqueles que Deus tem preparado para nós. O texto lido relata o lamento de Davi pela morte de seu filho Absalão, após ter guerreado contra ele. Absalão era um projeto de Davi que Deus não aprovou. Quantos projetos em nossa vida que insistimos, e, no entanto, Deus já reprovou.

Quando adotamos um estilo de vida de lamentação por perdas que nos sobrevêm:

1.      Perdemos a visão e a alegria das conquistas que o Senhor nos dá verso 2. Deus deu de volta a Davi o trono que Absalão havia roubado, sua família que estava em perigo, amigos que deram a vida por ele, sua honra de volta, mas apesar de tudo que Deus fez, ele chorava por uma perda que o próprio Deus tinha permitido. Quantas vezes na nossa caminhada, choramos o “leite derramado” e ignoramos as grandezas que Deus está fazendo no presente.

2.      Envergonhamos e desonramos os fiéis que estão conosco verso 5-6. Davi foi confrontado por Joabe, pois o seu lamento trouxe vergonha para aqueles que lutaram por ele. Por causa de um infiel, ele desprezou os fieis que Deus colocou ao seu lado. Na nossa jornada não é diferente, nos prendemos a quem nos traz decepção e desonramos quem traz inspiração.

3.      Contaminamos os que estão à nossa volta com espírito de desanimo verso 3. Os valentes de Davi ficaram acovardados, diante do seu lamento. É assim que ocorre com líderes que só sabem lamentar, com pais que só lamentam. Seus liderados e seus filhos são contaminados pelo desanimo e não conseguem avançar na vida.

Mas o Senhor nos confronta a tomar uma atitude diante das perdas da vida - verso 7. Em primeiro lugar, se levante agora! O lamento é uma condição de prostração, de derrota. Quando nos prolongamos na reclamação, a tendência é permanecer nessa condição por muito tempo, por isso a palavra Senhor é que nos levantemos depressa, sem demorar, agora. Segundo, saia do lugar de prostração! Há uma tendência natural de quem vive no lamento, ser cercado de pessoas na mesma condição. Não é esse o lugar que Deus nos quer, portanto saia do meio de gente carnal para viver o sobrenatural. E por fim, assuma a posição que Deus te escolheu para estar! Ele te escolheu pra ser um vencedor apesar das perdas que a vida nos proporciona. Levante-se para o chamado de Deus na sua vida e não haverá tempo para lamúrias e lamentações.

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa! 

                                                                                            Pr. Luiz Antonio

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Carta Pastoral 120 - Caminho do Teste

 Carta pastoral – Abril de 2019 – ano IV – 120

Série “No Caminho de Jesus”

“Caminho do Teste”




Texto para ler: Lc 9.51-56.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Nossa vida é constituída de testes! Desde os primeiros dias de vida somos submetidos a testes dos mais diversos. Hoje em dia por exemplo, as crianças fazem os testes do pezinho, olhinho, ouvido... entre outros. Os testes atestam a qualidade de algo. Tudo que é de boa qualidade, foi submetido a vários tipos de testes.

Na vida cristã, também somos testados a todo tempo, afim de que se testifique o nível de relacionamento temos com Deus e seus propósitos. No texto acima, vemos o Senhor Jesus propondo alguns níveis de teste aos discípulos e a nós, para que possamos refletir sobre nossa conduta cristã.

1.      O teste do foco. No verso 51 vemos Jesus manifestando o firme propósito de ir a Jerusalém. Por mais que sua popularidade crescia na região da Galiléia, Ele entendia que sua missão se consolidaria em Jerusalém. Aprendemos com o mestre que por mais que façamos aqui na terra, nossa vida e ministério só terá sentido se chegarmos no céu (a Nova Jerusalém). De nada adianta, realizarmos grandes feitos nesse mundo, se o nosso foco e a nossa expectativa não estiverem no encontro com o Senhor no céu. Não podemos perder esse foco. Nenhum interesse nesse mundo pode nos distrair ou tirar de nós o desejo de ir para as mansões celestiais.

2.      O teste da preparação.  No verso 52, os discípulos entram em uma aldeia de samaritanos e não são recebidos por eles. Eles têm que lidar com a rejeição, por se tratar de um povo inimigo. Um dos maiores desafios para nós cristãos é lidar com rejeição. Uma vez que decidimos seguir a Jesus, precisamos ter o entendimento que seremos rejeitados por esse mundo que está na contramão dos princípios de Cristo. Muitos crentes não conseguem ter uma vida consolidada na presença de Deus por não saberem lidar com a rejeição e acabam buscando agradar ao mundo. O Apóstolo Tiago diz que aquele que deseja ser amigo de Deus será naturalmente, inimigo do mundo.

3.      O teste da coerência. Um fato, no mínimo curioso ocorre no verso 54, pois os discípulos, diante da rejeição dos samaritanos, desejam pedir que fogo desça do céu para os consumir. Mas se voltarmos alguns versos, vamos nos deparar com esses mesmos discípulos não conseguindo expulsar o demônio de um jovem, nem alimentando a multidão faminta. Vemos que para algumas coisas eles se mostravam sem fé e poder, mas para aquilo que lhes interessavam, estavam determinados. A incoerência é presente na vida de muitos crentes. São cheios de fé para receber bênçãos pessoais, mas quando têm que ajudar alguém, se dizem incapacitados. Não veem dificuldade para gastar tempo e dinheiro com coisas supérfluas e pessoais, mas para fazer a obra de Deus nunca têm tempo nem dinheiro. Precisamos ser coerentes naquilo que pregamos e aquilo que vivemos.

Poderíamos discorrer sobre outros níveis de teste que o próprio texto nos apresenta, mas por hora é o bastante para refletirmos sobre o nosso FOCO, PREPARAÇÃO e COERÊNCIA no nosso viver diário na presença de Deus. Sendo aprovados nesses três, já poderemos disfrutar de uma vida frutífera e equilibrada no corpo de Cristo.

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!  

                                                                                            Pr. Luiz Antonio


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