Carta pastoral – Novembro
de 2019 – ano IV – 145
“A prova de Jesus”
Texto para ler Jo 21.15-18
Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Neste domingo tivemos a primeira
etapa da prova do ENEM e à noite no Culto de celebração, ouvimos uma mensagem muito edificante ministrada
pela Pra. Denise. O que me levou a refletir sobre os critérios que o Senhor
Jesus estabelece para sermos seus discípulos.
O texto lido descreve
que Jesus aplicou um teste de apenas uma questão para avaliar se Pedro estaria
apto para segui-lo e fazer a Sua vontade. Jesus aplicou uma só prova, de uma
única questão. Uma mesma pergunta, mas que exigia do candidato três respostas.
E como o foco de Jesus era diferente do nosso hoje em dia!
Sua preocupação maior não era com o conhecimento teológico de
Pedro, nem com o nível cultural, nem com o nível social ou educacional, ou
outras características pessoais. O que interessava a Jesus era o amor do líder.
Mas não podemos
pensar que para Jesus basta dizermos “Eu te amo”. Jesus não está à procura de
um amor poético, mas um amor provado, que considere na pratica três ações
fundamentais:
1.
Não existe amor sem obras!
Jesus disse a Pedro: “Se me amas, apascenta as minhas ovelhas”.
Ou seja, se me amas, você irá me servir. Lembre-se do contexto:
• A conversa
aconteceu logo após a ressurreição.
• 3 dias antes Pedro
o havia negado.
• Antes de seguir a
Jesus, Pedro era um pescador e agora decidiu voltar ao velho negócio.
• Quando Jesus
apareceu na praia, ele estava pescando.
Quantas vezes falhamos e o diabo nos induz a pensar que Deus não
nos aceitará mais? Mas o texto mostra que Jesus jamais desiste de um discípulo.
Ele só precisa saber se realmente nós o amamos.
Ele quer se relacionar com filhos que o amam de todo o coração e
que de fato sintam prazer em servi-lo. Até que ponto você o ama? Como pensa em
provar que o ama? Jesus já falou como: “Se me amas, apascenta as minhas
ovelhas”.
Não há como separar o
nosso amor a Deus do nosso amor pela obra de Deus. Não existe fé sem obras.
2.
Não existe obras sem compromisso
A insistência da pergunta de Jesus nos mostra que Ele queria ver
o nível de compromisso de Pedro com Jesus.
Em português, a pergunta é a mesma. Mas no original em grego ele
usa palavras diferentes para designar AMOR. Em português:
• Pedro, tu me amas
com amor ágape?
• Sim, Senhor, eu
gosto de Ti (com amor fileo = amor de amigos, natural)
• Mas é só este tipo
de amor que tens para me dar?
• Sim, Senhor, Tu
sabes de todas as coisas. Tu sabes que eu te amo e estou disposto a te amar do
teu jeito
Somos de uma geração
de pouco compromisso, e esta mentalidade tem afetado a nós como crentes. Muitos
querem vir à igreja, mas não querem assumir compromisso. E Deus não aceita esta
atitude. Ou o servimos até o final ou então nem devemos começar.
3.
Não existe comprometimento sem renúncia
Jesus adverte a Pedro que se prepare para uma vida de renúncia.
No início da nossa vida cristã fazemos só o que temos vontade. Quando
amadurecemos, nossa vontade passa a ser a de Deus. Outros nos guiarão. Às vezes
não queremos, mas iremos, porque esta é a vontade de Deus.
Amar a Deus é renunciar a sua vida e submeter-se a Ele. Amar é
abrir mão e viver para Ele. “Para mim o viver é Cristo”.
Muitos dizem que
querem servir a Deus, que são seus discípulos, e que até querem liderar, mas seu
amor não passa nem no teste de um jejum, de um tempo de oração, de uma simples
tarefa prática muitas vezes requerida.
Deus tem chamado
homens e mulheres que não tenham limites para com Ele. Que queiram se
relacionar com base no compromisso, e não em mero sentimentalismo ou emoção.
Onde não há compromisso, não haverá mover de Deus.
Em Cristo Jesus, esperança da glória.
Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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