terça-feira, 5 de novembro de 2019

Carta Pastoral 145 - A prova de Jesus


Carta pastoral – Novembro de 2019 – ano IV – 145



“A prova de Jesus”





Texto para ler Jo 21.15-18


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Neste domingo tivemos a primeira etapa da prova do ENEM e à noite no Culto de celebração, ouvimos uma mensagem muito edificante ministrada pela Pra. Denise. O que me levou a refletir sobre os critérios que o Senhor Jesus estabelece para sermos seus discípulos.

O texto lido descreve que Jesus aplicou um teste de apenas uma questão para avaliar se Pedro estaria apto para segui-lo e fazer a Sua vontade. Jesus aplicou uma só prova, de uma única questão. Uma mesma pergunta, mas que exigia do candidato três respostas. E como o foco de Jesus era diferente do nosso hoje em dia!

Sua preocupação maior não era com o conhecimento teológico de Pedro, nem com o nível cultural, nem com o nível social ou educacional, ou outras características pessoais. O que interessava a Jesus era o amor do líder.

Mas não podemos pensar que para Jesus basta dizermos “Eu te amo”. Jesus não está à procura de um amor poético, mas um amor provado, que considere na pratica três ações fundamentais:

1.       Não existe amor sem obras!

Jesus disse a Pedro: “Se me amas, apascenta as minhas ovelhas”. Ou seja, se me amas, você irá me servir. Lembre-se do contexto:

• A conversa aconteceu logo após a ressurreição.

• 3 dias antes Pedro o havia negado.

• Antes de seguir a Jesus, Pedro era um pescador e agora decidiu voltar ao velho negócio.

• Quando Jesus apareceu na praia, ele estava pescando.

Quantas vezes falhamos e o diabo nos induz a pensar que Deus não nos aceitará mais? Mas o texto mostra que Jesus jamais desiste de um discípulo. Ele só precisa saber se realmente nós o amamos.

Ele quer se relacionar com filhos que o amam de todo o coração e que de fato sintam prazer em servi-lo. Até que ponto você o ama? Como pensa em provar que o ama? Jesus já falou como: “Se me amas, apascenta as minhas ovelhas”.

Não há como separar o nosso amor a Deus do nosso amor pela obra de Deus. Não existe fé sem obras.

2.       Não existe obras sem compromisso

A insistência da pergunta de Jesus nos mostra que Ele queria ver o nível de compromisso de Pedro com Jesus.

Em português, a pergunta é a mesma. Mas no original em grego ele usa palavras diferentes para designar AMOR. Em português:

• Pedro, tu me amas com amor ágape?

• Sim, Senhor, eu gosto de Ti (com amor fileo = amor de amigos, natural)

• Mas é só este tipo de amor que tens para me dar?

• Sim, Senhor, Tu sabes de todas as coisas. Tu sabes que eu te amo e estou disposto a te amar do teu jeito

Somos de uma geração de pouco compromisso, e esta mentalidade tem afetado a nós como crentes. Muitos querem vir à igreja, mas não querem assumir compromisso. E Deus não aceita esta atitude. Ou o servimos até o final ou então nem devemos começar.

3.       Não existe comprometimento sem renúncia

Jesus adverte a Pedro que se prepare para uma vida de renúncia. No início da nossa vida cristã fazemos só o que temos vontade. Quando amadurecemos, nossa vontade passa a ser a de Deus. Outros nos guiarão. Às vezes não queremos, mas iremos, porque esta é a vontade de Deus.

Amar a Deus é renunciar a sua vida e submeter-se a Ele. Amar é abrir mão e viver para Ele. “Para mim o viver é Cristo”.

Muitos dizem que querem servir a Deus, que são seus discípulos, e que até querem liderar, mas seu amor não passa nem no teste de um jejum, de um tempo de oração, de uma simples tarefa prática muitas vezes requerida.

Deus tem chamado homens e mulheres que não tenham limites para com Ele. Que queiram se relacionar com base no compromisso, e não em mero sentimentalismo ou emoção. Onde não há compromisso, não haverá mover de Deus.

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                       Pr. Luiz Antonio

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