Carta
pastoral - Julho de 2016 – ano I – 024
Carta Pastoral
Texto
para ler: Mt 5. 21-26
Queridos e amados irmãos
que estão reunidos no GCEU, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e
sua família.
Como falamos na última
carta, este capítulo de Mateus se coloca como um dos textos mais amedrontadores
para aqueles que vivem um cristianismo medíocre. O texto que lemos é o início
da explicação mais prática do que é cumprir a lei e como a nossa justiça deve
exceder a dos escribas e fariseus.
Jesus nos mostra o quanto
somos transgressores da lei, mesmo aquelas que pensamos jamais ter
transgredido. Ele nos faz refletir que matar alguém não é só atentar contra a
sua integridade física. Matamos uma pessoa, quando a consideramos morta dentro
do nosso coração. “Encolerizar contra seu irmão” é dá início ao assassinato.
Todo crime contra a vida começa com a ira; seja ela de forma súbita ou
alimentada a longo prazo. Matamos uma pessoa quando a consideramos excluída da
nossa vida. A palavra Raca significa “cabeça oca, não faz parte de nós”. Como
somos propensos a excluir irmãos do nosso convívio por ele não ter o mesmo
nível intelectual, social ou até espiritual que nós. Precisamos fazer uma
profunda reflexão sobre o nosso comportamento em relação aos irmãos com
necessidades especiais, irmãos que vieram das drogas e bebidas, da
prostituição, da homossexualidade, que são mães solteiras, que foram presidiários
etc. Quantas pessoas são mortas na igreja por serem excluídas por causa do
preconceito, da desconfiança e da zombaria. A outra palavra é Louco, que embora
seja usada hoje em uma conotação menos agressiva no nosso idioma, naquele tempo
significava “vá para o inferno, desgraçado, descrente”. Quando não pregamos o
evangelho para alguém (por omissão), privamos as pessoas de conhecerem o plano
de salvação e somos participantes de situações que levam pessoas a saírem da
presença de Deus, estamos dizendo a essa pessoa “vá para o inferno”.
Assim como Jesus mostra a
punição para aqueles que matam das mais diversas formas, ele apresenta uma
forma de consertar o dano causado a alguém – a RECONCILIAÇÃO. Reconciliar é
mais que perdoar de forma interior, é ir até a pessoa. É buscar reconstruir o
relacionamento que foi fragmentado pela ofensa. Jesus nos ensina que quando não
buscamos a reconciliação, nosso culto não é aceito por Deus. Perdão e
reconciliação é o remédio poderoso para curar as feridas da alma, para
“ressuscitar” vidas que foram golpeadas pela ira e preconceito. Todos nós
estamos sujeitos a matar irmãos, como Jesus apresenta, mas todos nós também
temos a capacidade reconciliarmos uns com os outros. Devemos fazer isso
depressa pois o dia do julgamento está chegando. Vamos fazer isso hoje!
Já pensou o quanto o
Reino de Deus, a sociedade e a igreja Wesleyana ganhará se nós buscarmos
cumprir esse mandamento? Que o Senhor nos capacite a cada dia a amar mais,
perdoar mais e aprender com Jesus por meio de sua rica palavra.
Em Cristo Jesus,
esperança da Glória. Até a última casa!
Pr. Luiz Antônio
Nenhum comentário:
Postar um comentário