domingo, 5 de agosto de 2018

Carta Pastoral 098 - Discipulado


Carta pastoral – Agosto de 2018 – ano III – 098

Série “Alinhando a visão”

“Discipulado”

Textos para ler: Mt 28.18-20; Jo 15.8; Jo 8.31-32; Cl 1.27.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Nesses próximos encontros, falaremos um pouco sobre discipulado. Estamos edificando uma igreja de discípulos, portanto é imprescindível conhecermos com propriedade “o que é ser discípulo”, por razões bastante práticas; Primeiro para que sejamos verdadeiros discípulos de Cristo e para não cairmos no perigoso erro de nos tornar dominadores e manipuladores de pessoas.

Em nosso trabalho de formar discípulos, devemos nos dedicar basicamente a duas coisas. Podemos dizer que estes são os dois objetivos do discipulado:

1 - A edificação da vida do discípulo para que tenha o caráter de Cristo.

2 - A capacitação ministerial do discípulo para que possa fazer a obra de Deus. Quando falo de edificar a vida e o caráter de um discípulo não estou falando de transformação de vida. A transformação de vidas compete a Deus. Transformar os pecadores nascidos de Adão em homens santos não é tarefa que nos compete, e sim a Deus. Só Ele pode mudar, transformar o homem orgulhoso, rebelde e egoísta em um novo homem, manso e humilde. Discipulado algum jamais poderia realizar esse milagre. Isso é obra do Espírito de Deus.

Somente pelo novo nascimento o nosso coração de pedra pode ser retirado. É pelo novo nascimento que nos tornamos novas criaturas. Mas não é só o novo nascimento que é obra do Espírito Santo, também o crescimento e a transformação de vidas à imagem de Cristo são operados pelo Espírito do Senhor 2Co 3:18.

Por isso é fundamental que cada discípulo tenha uma forte experiência com Deus, recebendo em sua vida, pela fé, a ação transformadora do Espírito Santo, e seja continuamente cheio do Espírito, pois sem isso a relação de discipulado terá muito pouco resultado.

1. A edificação da vida do discípulo

O primeiro objetivo de um relacionamento de discipulado é a edificação da vida do discípulo para que tenha o caráter de Cristo. O propósito de Deus é que todos os seus filhos cresçam até atingirem a estatura de Cristo. A vontade de Deus é que nosso caráter seja de tal forma transformado, que possamos expressar a Cristo em todas as áreas de nossa vida Ef 4.13.

Paulo também nos mostra que o seu alvo era apresentar seus filhos na fé perfeitos em Cristo. Assim, entendemos que é função e responsabilidade dos líderes cooperarem com o Espírito Santo na obra de crescimento e aperfeiçoamento dos santos. Nós fazemos isso por meio do discipulado Cl 1.27.

a. A responsabilidade do discipulador

Se a obra de transformação do discípulo é do Espírito Santo, então qual é o papel do discipulador nesse processo? Paulo afirma que “nós somos cooperadores de Deus” (I Co 3:9). É verdade que nem o que planta nem o que rega é alguma coisa; todavia, ainda assim, devemos plantar e regar.

Somos cooperadores de Deus. Existe uma parte da obra que é de Deus, mas existe outra obra que cabe a nós realizar. É Deus quem faz a parte misteriosa de dar o crescimento, mas somos nós que plantamos e regamos. Nossa ação nunca pode substituir a ação de Deus; assim também a ação de Deus não nos exime de nossa responsabilidade.

Qual é então a nossa responsabilidade na formação de um discípulo?

Creio que devemos observar os exemplos do Senhor e de Paulo, no Novo Testamento, e então fazer o mesmo.

- Estar com eles - Mc 3.14

- Ser exemplo – 1Co 11.1; 1Tm 4.12

- Amá-los – Jo 13.34

-Conhecê-los -  Jo 10.14

-Ensinar-lhes a Palavra de Deus – 2Tm 1.13

- Instruí-los – 2Tm 2.2

- Animá-los – 2Tm 1.3-7

- Corrigi-los – Tt 2.15

- Adverti-los e repreendê-los – 1Tm 5.20; 2Tm 4.2

- Orar por eles – 2Tm 1.3

- Honrá-los – Jo 12.26

- Ser amigo – Jo 15.15

- Enviá-los – Mt 28.19-20

Devemos discipular aqueles irmãos que estão sob nosso cuidado com toda diligência, responsabilidade, amor e autoridade. Precisamos ter o mesmo zelo que Paulo, a fim de apresentarmos nossos discípulos perfeitos em Cristo.

b. A responsabilidade do discípulo.

Devemos enfatizar que é responsabilidade do discípulo estar sujeito, ser transparente, tratável, fiel, sincero, servo e esforçado para corresponder em tudo o que lhe for pedido pelo discipulador.

Com esse relacionamento de discipulado vamos conduzir vidas ao crescimento espiritual e cuidar das vidas que o Senhor nos tem enviado.

Até a última casa!
                                                                                                         Pr. Luiz Antonio

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