Carta
pastoral – Agosto de 2018 – ano III – 098
Série
“Alinhando a visão”
“Discipulado”
Textos
para ler: Mt 28.18-20; Jo 15.8; Jo 8.31-32; Cl 1.27.
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Nesses próximos
encontros, falaremos um pouco sobre discipulado. Estamos edificando uma igreja
de discípulos, portanto é imprescindível conhecermos com propriedade “o que é
ser discípulo”, por razões bastante práticas; Primeiro para que sejamos verdadeiros
discípulos de Cristo e para não cairmos no perigoso erro de nos tornar
dominadores e manipuladores de pessoas.
Em nosso trabalho
de formar discípulos, devemos nos dedicar basicamente a duas coisas. Podemos
dizer que estes são os dois objetivos do discipulado:
1 - A edificação
da vida do discípulo para que tenha o caráter de Cristo.
2 - A capacitação
ministerial do discípulo para que possa fazer a obra de Deus. Quando falo de
edificar a vida e o caráter de um discípulo não estou falando de transformação
de vida. A transformação de vidas compete a Deus. Transformar os pecadores
nascidos de Adão em homens santos não é tarefa que nos compete, e sim a Deus.
Só Ele pode mudar, transformar o homem orgulhoso, rebelde e egoísta em um novo
homem, manso e humilde. Discipulado algum jamais poderia realizar esse milagre.
Isso é obra do Espírito de Deus.
Somente pelo novo
nascimento o nosso coração de pedra pode ser retirado. É pelo novo nascimento
que nos tornamos novas criaturas. Mas não é só o novo nascimento que é obra do
Espírito Santo, também o crescimento e a transformação de vidas à imagem de
Cristo são operados pelo Espírito do Senhor 2Co 3:18.
Por isso é
fundamental que cada discípulo tenha uma forte experiência com Deus, recebendo
em sua vida, pela fé, a ação transformadora do Espírito Santo, e seja
continuamente cheio do Espírito, pois sem isso a relação de discipulado terá
muito pouco resultado.
1. A edificação da
vida do discípulo
O primeiro
objetivo de um relacionamento de discipulado é a edificação da vida do
discípulo para que tenha o caráter de Cristo. O propósito de Deus é que todos
os seus filhos cresçam até atingirem a estatura de Cristo. A vontade de Deus é
que nosso caráter seja de tal forma transformado, que possamos expressar a
Cristo em todas as áreas de nossa vida Ef
4.13.
Paulo também nos
mostra que o seu alvo era apresentar seus filhos na fé perfeitos em Cristo.
Assim, entendemos que é função e responsabilidade dos líderes cooperarem com o
Espírito Santo na obra de crescimento e aperfeiçoamento dos santos. Nós fazemos
isso por meio do discipulado Cl 1.27.
a. A
responsabilidade do discipulador
Se a obra de
transformação do discípulo é do Espírito Santo, então qual é o papel do
discipulador nesse processo? Paulo afirma que “nós somos cooperadores de Deus”
(I Co 3:9). É verdade que nem o que planta nem o que rega é alguma coisa;
todavia, ainda assim, devemos plantar e regar.
Somos cooperadores
de Deus. Existe uma parte da obra que é de Deus, mas existe outra obra que cabe
a nós realizar. É Deus quem faz a parte misteriosa de dar o crescimento, mas
somos nós que plantamos e regamos. Nossa ação nunca pode substituir a ação de
Deus; assim também a ação de Deus não nos exime de nossa responsabilidade.
Qual é então a
nossa responsabilidade na formação de um discípulo?
Creio que devemos
observar os exemplos do Senhor e de Paulo, no Novo Testamento, e então fazer o
mesmo.
- Estar com eles -
Mc 3.14
- Ser exemplo – 1Co
11.1; 1Tm 4.12
- Amá-los – Jo 13.34
-Conhecê-los - Jo 10.14
-Ensinar-lhes a Palavra de Deus – 2Tm 1.13
- Instruí-los – 2Tm
2.2
- Animá-los – 2Tm
1.3-7
- Corrigi-los – Tt
2.15
- Adverti-los e
repreendê-los – 1Tm 5.20; 2Tm 4.2
- Orar por eles –
2Tm 1.3
- Honrá-los – Jo 12.26
- Ser amigo – Jo 15.15
- Enviá-los – Mt 28.19-20
Devemos discipular
aqueles irmãos que estão sob nosso cuidado com toda diligência, responsabilidade,
amor e autoridade. Precisamos ter o mesmo zelo que Paulo, a fim de
apresentarmos nossos discípulos perfeitos em Cristo.
b. A
responsabilidade do discípulo.
Devemos enfatizar
que é responsabilidade do discípulo estar sujeito, ser transparente, tratável,
fiel, sincero, servo e esforçado para corresponder em tudo o que lhe for pedido
pelo discipulador.
Com esse
relacionamento de discipulado vamos conduzir vidas ao crescimento espiritual e
cuidar das vidas que o Senhor nos tem enviado.
Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
Nenhum comentário:
Postar um comentário