Carta
pastoral – Agosto de 2018 – ano III – 100
Série
“Alinhando a visão”
“Discipulado
03”
Textos
para ler: Mt 28.19-20; Ef 4.11-12; Rm
12:6-8; At 20.27.
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Dando continuidade à
nossa reflexão sobre a capacitação ministerial na vida do discípulo, vamos
falar sobre os outros dois itens necessários para a capacitação; edificar e
enviar.
Edificar os
discípulos:
A terceira
responsabilidade de um discipulador é edificar os seus discípulos. Edificar é
colocar dentro do edifício. Um tijolo edificado é aquele que foi completamente
integrado na edificação. Ele possui um tijolo acima dele, possui outros ao lado
e possui tijolos abaixo. Não é uma relação de superioridade ou inferioridade,
mas uma relação de edificação. O discipulador é o tijolo acima, os tijolos ao
lado são os companheiros de discipulado e os tijolos abaixo são nossos próprios
discípulos. Tudo isso está vinculado e edificado junto. A igreja é um corpo, e
nela não existem ministérios independentes. Os discípulos, desde o princípio de
sua formação, devem aprender a atuar em equipe. Não há lugar para
individualismo entre os servos do Senhor. Cada um complementa o outro naquilo
que é bom para a edificação Ef 4.16.
Todo discípulo e
líder de GCEU deve saber a quem está sujeito, ou quem é seu pastor ou
discipulador. Por sua vez, o irmão mais velho deve saber quais são os irmãos
que estão sob sua responsabilidade de edificar e capacitar. As relações devem
ser claramente definidas e estabelecidas. Uma relação indefinida não permite
uma edificação genuína. Alguns são discipuladores, mas seus discípulos não
sabem que ele os discipula. Jesus sabia quais eram os seus “doze”. Os doze
também sabiam. Timóteo, Tito, Lucas e Epafras tinham uma relação clara e
comprometida com Paulo, que sabia que a formação de suas vidas estava sob sua
responsabilidade. Estas relações não devem ser eternas, mas, enquanto não
produzirem mudanças, devem ser claras e firmes.
O discipulado não
precisa ser eterno porque certamente teremos muitos discipuladores no decorrer
de nossa vida. Isso acontece por muitas razões: porque mudamos de cidade,
porque aspiramos ao pastorado, ou por direção de Deus. Um exemplo bíblico é
João Marcos. A Palavra de Deus nos mostram claramente que João Marcos esteve
inicialmente sob o ministério de Barnabé At
12:25; 15:37-39, logo depois, de Paulo 2Tm
4:11, e finalmente foi discípulo de Pedro 1Pe 5:13.
Enviá-los,
colocando-os em funções:
Dos dois objetivos
do discipulado, certamente a capacitação ministerial do discípulo para que
possa fazer a obra de Deus é o mais importante. Nosso propósito na IMW Santos
Dumont é que todos os membros se disponham a ser um líder em treinamento.
Porque somente a partir desse ponto ele pode exercitar tudo aquilo que tem
aprendido e assumir responsabilidades. Para o desenvolvimento dos discípulos, é
muito importante que eles sejam colocados em funções, dando-lhes
responsabilidades específicas de acordo com seu nível de habilidade no momento.
Isso é muito necessário para conhecê-lo e continuar completando sua
capacitação. É muito importante ir promovendo os que são fiéis a posições de
maior responsabilidade, para que se vejam obrigados a se esforçar na graça
recebida e crescerem ainda mais.
A responsabilidade
do discípulo
O discípulo deve
estar atento para ver, ouvir e perguntar. O relacionamento espontâneo e
constante entre o discípulo e o discipulador fará surgir oportunidades de
ensino, exortação e treinamento. A atitude do discípulo é a chave para que ele
cresça no discipulado.
Podemos dizer que
existem três tipos básicos de discípulos: os passivos, os pródigos e os
produtivos.
- Os discípulos
passivos
Entram e saem do
relacionamento livremente. Quando uma correção é aplicada, eles procuram outro
discipulador que ainda não tenha descoberto suas falhas. Eles se distanciam
quando seus discipuladores são atacados, difamados ou passam por dificuldades.
- Os discípulos
pródigos
Estes buscam a
credibilidade da posição de líder e não a correção. Eles usarão o nome e a
influência de líder para manipular outros em algum relacionamento. Na verdade,
eles querem o que o líder conseguiu e não o que ele aprendeu. Eles desejam
reputação e reconhecimento, sem preparação e sem preço.
- O discípulo
produtivo
É aquele que
possui um coração de servo. Ele vê o discipulador como um presente de Deus, por
isso ele procura não tomar decisões importantes sem ouvir o discipulador. Como
verdadeiro discípulo, ele honra o seu discipulador.
Que possamos
crescer nesse relacionamento de discípulo e discipulador, pois assim estaremos
avançando no propósito que Deus tem ministrado aos nossos corações; uma igreja
onde todos cuidam e edificam uns aos outros.
Em Cristo Jesus, esperança
da Glória. Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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