segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Carta Pastoral 100 - Discipulado 03


Carta pastoral – Agosto de 2018 – ano III – 100

Série “Alinhando a visão”

“Discipulado 03”

Textos para ler: Mt 28.19-20; Ef 4.11-12; Rm 12:6-8; At 20.27.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Dando continuidade à nossa reflexão sobre a capacitação ministerial na vida do discípulo, vamos falar sobre os outros dois itens necessários para a capacitação; edificar e enviar.

Edificar os discípulos:

A terceira responsabilidade de um discipulador é edificar os seus discípulos. Edificar é colocar dentro do edifício. Um tijolo edificado é aquele que foi completamente integrado na edificação. Ele possui um tijolo acima dele, possui outros ao lado e possui tijolos abaixo. Não é uma relação de superioridade ou inferioridade, mas uma relação de edificação. O discipulador é o tijolo acima, os tijolos ao lado são os companheiros de discipulado e os tijolos abaixo são nossos próprios discípulos. Tudo isso está vinculado e edificado junto. A igreja é um corpo, e nela não existem ministérios independentes. Os discípulos, desde o princípio de sua formação, devem aprender a atuar em equipe. Não há lugar para individualismo entre os servos do Senhor. Cada um complementa o outro naquilo que é bom para a edificação Ef 4.16.

Todo discípulo e líder de GCEU deve saber a quem está sujeito, ou quem é seu pastor ou discipulador. Por sua vez, o irmão mais velho deve saber quais são os irmãos que estão sob sua responsabilidade de edificar e capacitar. As relações devem ser claramente definidas e estabelecidas. Uma relação indefinida não permite uma edificação genuína. Alguns são discipuladores, mas seus discípulos não sabem que ele os discipula. Jesus sabia quais eram os seus “doze”. Os doze também sabiam. Timóteo, Tito, Lucas e Epafras tinham uma relação clara e comprometida com Paulo, que sabia que a formação de suas vidas estava sob sua responsabilidade. Estas relações não devem ser eternas, mas, enquanto não produzirem mudanças, devem ser claras e firmes.

O discipulado não precisa ser eterno porque certamente teremos muitos discipuladores no decorrer de nossa vida. Isso acontece por muitas razões: porque mudamos de cidade, porque aspiramos ao pastorado, ou por direção de Deus. Um exemplo bíblico é João Marcos. A Palavra de Deus nos mostram claramente que João Marcos esteve inicialmente sob o ministério de Barnabé At 12:25; 15:37-39, logo depois, de Paulo 2Tm 4:11, e finalmente foi discípulo de Pedro 1Pe 5:13.

Enviá-los, colocando-os em funções:

Dos dois objetivos do discipulado, certamente a capacitação ministerial do discípulo para que possa fazer a obra de Deus é o mais importante. Nosso propósito na IMW Santos Dumont é que todos os membros se disponham a ser um líder em treinamento. Porque somente a partir desse ponto ele pode exercitar tudo aquilo que tem aprendido e assumir responsabilidades. Para o desenvolvimento dos discípulos, é muito importante que eles sejam colocados em funções, dando-lhes responsabilidades específicas de acordo com seu nível de habilidade no momento. Isso é muito necessário para conhecê-lo e continuar completando sua capacitação. É muito importante ir promovendo os que são fiéis a posições de maior responsabilidade, para que se vejam obrigados a se esforçar na graça recebida e crescerem ainda mais.

A responsabilidade do discípulo

O discípulo deve estar atento para ver, ouvir e perguntar. O relacionamento espontâneo e constante entre o discípulo e o discipulador fará surgir oportunidades de ensino, exortação e treinamento. A atitude do discípulo é a chave para que ele cresça no discipulado.

Podemos dizer que existem três tipos básicos de discípulos: os passivos, os pródigos e os produtivos.

- Os discípulos passivos

Entram e saem do relacionamento livremente. Quando uma correção é aplicada, eles procuram outro discipulador que ainda não tenha descoberto suas falhas. Eles se distanciam quando seus discipuladores são atacados, difamados ou passam por dificuldades.

- Os discípulos pródigos

Estes buscam a credibilidade da posição de líder e não a correção. Eles usarão o nome e a influência de líder para manipular outros em algum relacionamento. Na verdade, eles querem o que o líder conseguiu e não o que ele aprendeu. Eles desejam reputação e reconhecimento, sem preparação e sem preço.

- O discípulo produtivo

É aquele que possui um coração de servo. Ele vê o discipulador como um presente de Deus, por isso ele procura não tomar decisões importantes sem ouvir o discipulador. Como verdadeiro discípulo, ele honra o seu discipulador.

Que possamos crescer nesse relacionamento de discípulo e discipulador, pois assim estaremos avançando no propósito que Deus tem ministrado aos nossos corações; uma igreja onde todos cuidam e edificam uns aos outros.

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!
                                                                                                        Pr. Luiz Antonio

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores