Carta
pastoral – Junho de 2018 – ano III – 090
Série
“Alinhando a visão”
“Os
cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Visão 02”
Textos
para ler: Jo 17; Ef 5.26-27; 1Co 3.1-4.
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Falando ainda
sobre Visão; para que possamos edificar apropriadamente, precisamos ter em
mente as três dimensões colocadas pelo Senhor em Sua oração, em João 17. Em
primeiro lugar, o Senhor ora para que a Igreja seja santificada Jo 17.15-17. Esse é o aspecto da qualidade
da edificação.
No meio
evangélico, existe uma discussão sobre o aspecto qualitativo e o aspecto quantitativo
da Igreja. Normalmente, os líderes tomam apenas esses dois aspectos e discutem
sobre qual dos dois é mais apropriado para trabalhar, como se devêssemos
escolher um dos dois. O Senhor mostra claramente que, antes de tudo, é preciso
haver santidade, e a santidade é o lado qualitativo da edificação. Porém,
depois de orar por santidade, o Senhor ora pela unidade da Igreja Jo
17.21-23. Isso foge completamente do nosso conceito natural.
O Senhor nos
mostra que o tipo de santidade que edifica a igreja é aquele que resulta em
unidade. O Senhor disse: “Santifica-os na verdade [...] a fim de que todos
sejam um” (Jo 17.17,21). Se formos santificados na verdade, o resultado é que
seremos um. Sem a unidade, não é possível edificar a igreja local. Precisamos
ter uma só mente e um só coração para ter alguma edificação. Mas o que poucos
percebem é que, quando somos santificados na verdade, espontaneamente
manifestamos unidade. A santidade religiosa que a maioria das pessoas conhece
diz respeito apenas a cumprir certas regras, como não adulterar, não beber, não
usar drogas ou fumar, não roubar e ser um bom cidadão. Esses preceitos podem ser
seguidos por qualquer pessoa e não resulta em unidade da Igreja. A verdadeira
santidade é aquela que mortifica o ego e libera o Espírito de Deus.
Uma vez que temos
unidade, o resultado será o crescimento numérico, a quantidade. Observe que o
Senhor disse que, se formos um, o mundo crerá. A equação da edificação é
baseada na oração do Senhor: “Santifica-os na verdade [...] a fim de que todos
sejam um [...] para que o mundo creia”. Veja as três dimensões presentes:
• Qualidade:
“[...] Santifica-os” (vv. 15-17).
• Unidade: “[...]
para que todos sejam um” (vv. 21-23).
• Quantidade:
“[...] para que o mundo creia” (vv. 21,23).
Qualidade produz
unidade, que produz quantidade. Essa é a equação da edificação. Tudo, porém,
começa com a santidade. A Igreja que o Senhor deseja edificar é um povo que
vive uma vida santa. De acordo com as Escrituras, o Senhor Jesus Cristo vai
levantar uma Igreja gloriosa e santa, sem mancha, nem ruga ou coisa semelhante.
Essa Igreja é edificada com ouro, prata e pedras preciosas, até que todos cheguemos
à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13). Em termos práticos, isso
significa uma Igreja integrada por famílias que vivem em paz e harmonia, com
maridos comprometidos, sábios e amáveis; esposas submissas de caráter fiel e
amoroso; e filhos respeitosos e obedientes.
Discípulos cujo
estilo de vida é amar, perdoar, servir, confessar suas faltas, obedecer,
sujeitar-se às autoridades, pagar seus impostos, ser sempre verdadeiro, confiar
em Deus, amar seu próximo, ajudar, compartilhar com os necessitados, chorar com
os que choram, alegrar-se com os que se alegram, ser um com os irmãos, devolver
bem por mal, sofrer as injustiças, dar graças sempre por tudo, vencer a
tentação, viver no gozo do Senhor, orar sem cessar, dar testemunho de Jesus
Cristo, ganhar outros para Cristo, fazer discípulos, ofertar seu dinheiro e
seus bens a serviço dos irmãos, e, sobre todas as coisas, amar a Deus com toda
a sua alma.
À medida que
progredimos em qualidade, progrediremos em unidade, e o resultado é o
crescimento em quantidade, porque a unidade é fruto da qualidade, assim como a
divisão é evidência de imaturidade e carnalidade. Os filhos de Deus, como
irmãos que são, devem formar uma só família aqui na terra, a família de Deus. Essas
dimensões podem ser vistas em outras partes do Novo Testamento (Ef 1.4-13; Ef
4.7,16). E também podemos percebê-las no próprio caráter de Deus. A visão da
Igreja é resultado da visão e revelação que temos de Deus.
Por que santidade?
Porque Deus é santo.
Por que unidade?
Porque Deus é um.
Porque quantidade?
Porque Deus é amor e deseja salvar a todos.
Essa visão precisa
encher o nosso coração. Não podemos ter apenas um conceito da visão, precisamos
receber a revelação. Quando a visão de Deus encher o seu coração, sua vida será
tocada em todas as áreas. A visão produzirá em você transformação, porque você
passará a vivê-la. A visão despertará fé em seu coração, capacitando-o a viver
por ela. A visão despertará a paixão pela edificação e produzirá o compromisso
que o levará a viver para ela. No fim, nós nos disporemos a fazer qualquer
sacrifício porque a visão da Casa de Deus nos encherá de tal forma que seremos
até mesmo capazes de morrer por ela.
Em Cristo Jesus,
esperança da Glória. Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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