terça-feira, 17 de outubro de 2023

Carta Pastoral 241 - O Monte Sinai

Carta pastoral – Outubro de 2023 – ano V

Série “Na Lente da Graça”

“O Monte Sinai”

Textos para ler: Hb 12.18-24; Ex 20.19                            

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Sião simboliza a Graça de Deus, enquanto o Sinai representa a Lei. O monte Sinai representa aqueles que confiam em si mesmos, na sua justiça própria, mas os que confiam no Senhor e na justificação que procede da cruz são como o monte Sião.

A Lei traz condenação, mas a Graça diz que os nossos pecados estão perdoados; não existe mais dívida em nosso nome lá no céu, fomos justificados pela fé. Este é o monte Sião. É por isso que os que confiam no Senhor não podem ser abalados.

"E ao clangor da trombeta, e ao som de palavras tais, que quantos o ouviram suplicaram que não se lhes falasse mais." A vontade de Deus era fazer de Israel uma nação de sacerdotes, mas quando o povo viu o monte Sinai sacudido por terremotos trovões, relâmpagos e fogo, eles ficaram aterrorizados. Então, o que disseram a Moises? "Fale você com Deus, ouça a sua palavra, depois venha e conte-nos."

O povo pediu a Moisés para representá-los diante de Deus, porque não se sentiam em condições de exercer o sacerdócio. Assim também, todos os que vivem na Lei estão buscando alguém para servir de intermediário entre eles e Deus; um claro sinal de alguém que vive na Lei é que ele sempre está procurando quem possa falar com Deus por ele. Ele pensa que Deus não o ouvirá porque ele é muito pecador, então, procura alguém mais "santo e ungido" para apresentar suas necessidades diante de Deus.

Entenda: não estou dizendo que não devemos orar uns pelo outros, mas nunca devemos fazer de ninguém um intermediário entre nós e Deus; essa é a base da Velha Aliança, e nós não vivemos mais nela. Na Velha Aliança, existia uma classe clerical, mas no Novo Testamento, todos fomos feitos sacerdotes diante do Senhor! Todos podem ouvir de Deus, desde o menor até o maior.

A visão de que cada crente é um ministro somente pode ser praticada por quem vive na luz do Evangelho; os que vivem no monte Sinai estão sempre procurando por intermediários, porque eles se sentem indignos diante de Deus. Por isso, louvo ao Senhor que a mensagem do Evangelho nos alcançou e a sua verdade nos libertou.

A Graça salva o pior de nós, mas a Lei condena o melhor de nós. Aqueles que andam pela Lei possuem essa sensação constantemente, estão sempre com medo e com receio de serem desqualificados. Estão sempre inseguros sobre o seu estado espiritual diante de Deus. Mas, graças a Jesus, hoje esse tempo terminou! Nunca foi o propósito de Deus que o homem vivesse debaixo da Lei dada no monte Sinai: Deus mudou de monte.

Alguns acham que a maneira certa de se relacionar com Deus é sentindo-se aterrorizado e trêmulo; era assim no Velho Testamento, mas já não é assim na Nova Aliança. Paulo diz que "não recebemos o espírito de escravidão, para vivermos, outra vez, aterrorizados, mas recebemos o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai"!

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

 

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

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