Carta pastoral – Novembro de 2020 – ano V – 165
Série: “Jornada 12 em 4”
“Fortalecidos no Senhor”
Texto para ler: Genesis 28.20-22; 1Samuel 1.11
O mover que o Senhor tem realizado
no nosso meio, nesses dias da jornada 12 em 4, tem nos desafiados a
experimentar a vida abundante que Jesus tem para os seus discípulos e a
responder positivamente à grande comissão ele nos deu Mt 28.18-20. Em nós
mesmos, entretanto, não há capacidade para vivenciar isso. Precisamos do
Espírito Santo, do poder de Deus que em nós habita. Sem esse poder fracassamos
em nossas iniciativas. É necessário, então, que busquemos da parte de Deus,
poder espiritual. Aquele que se empenha em um objetivo o alcança, ou, de
maneira inversa, para se alcançar um objetivo é necessário empenho.
A Bíblia nos apresenta uma maneira
eficaz de buscarmos algo e encontrá-lo, através de um voto. Voto é uma promessa
feita a Deus, em que a pessoa se compromete a fazer uma determinada coisa se
receber algo dele. Vale aqui, entretanto, uma ressalva: fazer um voto não é
barganhar com Deus. Voto é uma maneira de nos incentivarmos na busca de um alvo
e, até mesmo, de mostrarmos a Deus o quanto queremos alcançar aquilo que
estamos buscando. Há exemplos bíblicos como Jacó e Ana, que fizeram votos a
Deus. Para alcançar o fortalecimento espiritual do qual necessitamos (e que,
com certeza, o Senhor deseja nos dar) podemos fazer a Deus um voto. Existe alguns
votos em que muitos tem alcançado fortalecimento espiritual através deles. A
nossa proposta hoje é que você possa viver essa experiência transformadora em
sua vida:
1.
Não
brinque com o pecado!
Todo e qualquer pecado presente em nosso dia-a-dia assim está porque nós o
escolhemos e permitimos. É claro que há pecados que nos são ocultos, que não
conseguimos discernir Sl 19.12. Entretanto, muitos dos pecados que
constantemente praticamos nos são
conscientes. O primeiro voto fala de tratarmos com seriedade esses pecados, confessando-os
a Deus e nos arrependendo deles. Arrependimento é uma mudança de atitude.
Jesus, ao perdoar uma mulher adúltera, lhe disse: “Eu também não a condeno.
Agora vá e abandone sua vida de pecado” Jo 8.11.
Eliminar os pecados que sabemos
fazer parte de nossas vidas é o compromisso do primeiro voto. E quanto àqueles que
nos são ocultos, oremos ao Senhor para que Ele nos sonde e nos revele Sl
139.23,24.
2.
Permita
que o Senhor seja sua defesa!
Defesa é um dos instintos do ser humano, seja a defesa dele mesmo ou de outra
pessoa que lhe seja importante. O ataque à sua reputação talvez seja o que mais
desperte no homem esse instinto. No Jardim do Éden, tanto Adão quanto Eva, ao
transferirem para outro a culpa pela desobediência, estavam tentando defender
sua reputação. Todos nós ao percebermos a possibilidade de
termos os nomes manchados, logo
corremos para que isso não aconteça. De fato, conforme Provérbios 22.1, “Mais
vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a
prata e o ouro”. Entretanto, a Bíblia também fala de um Deus que é o
vingador do seu povo Pv 23.11. Ele se levanta em favor dos seus contra
os adversários deles Ex 23.22. Sendo assim, não precisamos nos defender.
Nunca se defenda. Jesus, mesmo em meio a acusações injustas, ofensas e
agressões, não abriu a boca para defender-se Is 53.7; At 8.32. Devemos
entregar ao Senhor as ofensas e confiar que Ele cuidará delas. Esse é o segundo
voto.
3.
Não
faça nada que possa prejudicar alguém!
O orgulho, é o grande pecado da humanidade. Uma série de outros pecados são
frutos do orgulho. Um desses é a inveja. Quando o homem nota alguém com algo
que ele não tem, esse sentimento brota em seu coração. A partir daí, um próximo
passo que pode ser dado é uma ação no sentido de prejudicar o invejado. A
Bíblia é categoricamente contra isso. O segundo grande mandamento, conforme
Jesus, é amar ao próximo como a si mesmo Mt 22.39. Aquele que age para o
prejuízo do outro não o está amando e está em desobediência. Assim nos
diz a Palavra de Deus: “Não
matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento,
nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”. A Palavra de Deus proíbe
toda e qualquer ação que prejudique o outro.
4.
Dê
a Deus toda a Glória!
Gostamos de ser reconhecidos no que fazemos e receber elogios. Entretanto, o
que temos em nós que não tenhamos recebido de Deus? Jo 3.27; Tg 1.17. A
Bíblia afirma que Deus é o único digno de receber glória, honra e poder Ap
4.11. Paulo também diz em Rm 11.36: “A Ele, pois, a glória
eternamente. Amém!”. A nossa atitude, então, deve ser como a do salmista,
que diz:” Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” Sl
115.1. Isso não significa rejeitar elogios, mas reconhecer que toda a
glória pertence a Deus, pois tudo o que somos, temos e fazemos vem dele.
Quanto mais formos eficazes em cumprir esses votos, mais fortalecimento espiritual obteremos para cumprir os propósitos de Deus e sermos bem sucedidos naquilo que fizermos.
Em Cristo Jesus, esperança da Glória.
Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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