terça-feira, 24 de novembro de 2020

Carta Pastoral 167 - A volta gloriosa de Cristo

Carta pastoral – Novembro de 2020 – ano V – 167

     Série: “Jornada 12 em 4”

“A volta gloriosa de Cristo”

Texto para ler: Atos 1.9-11

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Como você entende o futuro da humanidade? Pra onde ela caminha? Como você imagina que a história se desenrolará?

Para muitas pessoas, a história caminha sem rumo certo e a humanidade está à deriva, sem o comando de um “senhor deste navio”. Para muitos, a história é uma repetição de acontecimentos passados. Para outros, o planeta caminha para um desastre natural e social. Mas não é isso que o Cristianismo afirma. Segundo a revelação da Bíblia, a Palavra de Deus, a história caminha para uma consumação, para um desfecho final que se dará exatamente quando Cristo voltar.

A segunda vinda de Cristo é um dos assuntos mais enfatizados em toda a Bíblia. Há cerca de 300 referências sobre a primeira vinda de Cristo nas Escrituras e oito vezes mais sobre a sua volta em toda a Bíblia. Deste assunto tão amplo e algumas vezes controvertido, vamos apresentar alguns tópicos mais gerais e relevantes.

 

1.      A volta de Cristo será repentina. Será um evento surpresa! Ninguém poderá se preparar de última hora, e viver a vida sem considerar a volta de Cristo é loucura. Devemos estar sempre prontos.

• Sua volta será como um relâmpago. Mt 24.27

• Ninguém sabe o dia e a hora, nem os anjos de Deus. Só Ele mesmo sabe. Mt 24.36

         • Muita gente vai ser pega de surpresa. Mt 24.38-39. Jesus compara sua volta com a vinda de um ladrão a uma casa, de surpresa Mt 24.43-44.

2.      A volta de Jesus será vitoriosa Mt 24.31. Jesus virá para arrebatar a Igreja. Os anjos recolherão os escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Os eleitos de Deus serão chamados. O apóstolo Paulo afirma em 1 Ts 4.13-18 que quando Cristo vier, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, com corpos incorruptíveis, poderosos, gloriosos, semelhantes ao corpo ressuscitado de Cristo. Então, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim estarão para sempre com o Senhor. Aquele dia será de vitória. Todo sofrimento cessará para os cristãos e toda lágrima será enxugada. Então O ouviremos dizer: “Vinde benditos do meu Pai! Recebam como herança o reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” Mt 25.34.

3.      Muitos sinais acontecerão para sabermos que está próxima a volta de Cristo.

• O avanço da pregação do evangelho a todas as nações. Mt 24.14. A evangelização das nações é um sinal que deve preceder a segunda vinda de Cristo. Quando pregamos o evangelho estamos apressando o dia da vinda de Cristo.

• Um tempo de profunda angústia e dor em toda a terra Mt 24.9,10. Esse tempo é ilustrado com o tempo do cerco de Jerusalém, onde o povo foi encurralado pelos exércitos romanos e foram mortos à espada.

• O abandono da fé em Deus Mt 24.4,5,23-26. A segunda vinda será precedida por um abandono da fé verdadeira por muitos que seguirão seitas e falsas religiões.

• Uma enorme depravação moral, uma multiplicação da iniquidade Mt 24.12.

• O mundo vai estar sem referência moral, perdido e confuso, o que já está acontecendo: a corrupção, a violência, a desintegração da família, o colapso dos valores morais e espirituais, o movimento homossexual, as drogas, tudo se tornando aceito e normal.

• O anticristo vai se manifestar Mt 24.15. O anticristo é um homem, uma espécie de encarnação de Satanás, que vai agir na força e no poder de Satanás. Vai governar com mão de ferro. Vai perseguir cruelmente a igreja. Vai blasfemar contra Deus. Mas, no auge do seu poder, Cristo virá em glória e o matará com o sopro da sua boca.

• Muitas guerras em toda parte, muitos terremotos, fomes e epidemias Mt 24.6,7,29. Ao observarmos a nossa época, veremos que praticamente todos os sinais já são evidentes, e que a volta de Cristo está próxima, como lemos em Tg 5.8.

1.      A segunda vinda de Cristo tem propósitos bem definidos. Ele virá para recompensar os fiéis Mt 16.27, para julgar as nações Mt 25.31-32, para trazer à luz todas as coisas ocultas 1Co 4.5. Jesus virá para julgar aqueles que o traspassaram Mt 24.30. Ele virá julgar vivos e mortos 2Tm 4.1. Aqueles que escaparam da justiça dos homens não poderão escapar do tribunal de Cristo. Naquele dia o dinheiro não os livrará, o poder político não os ajudará. Eles terão que enfrentar o Cordeiro a quem rejeitaram. Naquele tribunal, os ímpios terão testemunhas que se levantarão: suas palavras os condenarão, suas obras os condenarão e até seus pensamentos os condenarão. Seus pecados escreverão sua sentença de morte eterna.

Todo ensino bíblico sobre a segunda vinda de Cristo tem como objetivos nos dar esperança, nos incentivar à perseverança e nos alertar para estarmos sempre preparados para este último grande evento mundial. Ele está avisando que já vem sem demora e que, assim como foi para o céu, voltará. Essa Palavra é verdadeira.

 

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

 

                                                                                                          Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Carta Pastoral 166 - O Mestre nos chama

 Carta pastoral – Novembro de 2020 – ano V – 166

     Série: “Jornada 12 em 4”

“O Mestre nos chama!”

Texto para ler: João 1.35-51

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

O texto acima é uma narrativa que nos apresenta Jesus chamando os seus primeiros discípulos. Foram eles: André, Pedro, Filipe e Natanael. Cada um deles teve uma experiência distinta quanto a esse chamado, ou seja, Jesus usou de diferentes abordagens para chamá-los. Um ponto, entretanto, foi comum a todos: eles foram chamados para seguir a Cristo e serem seus discípulos. Disso se trata a vida cristã!

Nos dias de hoje, semelhantemente, Jesus continua a chamar pessoas para segui-lo e serem seus discípulos, permanecendo o conteúdo desse chamado inalterado.

1.      Nos chama para segui-lo. Os versículos 35 a 37 nos dizem que dois dos discípulos de João Batista, ao ouvirem-no dizer que o homem que por eles passava era o Cristo, deixaram-no e passaram a seguir a Jesus. No versículo 37, Jesus, ao se encontrar com Filipe, disse-lhe: “Siga-me”.

O discipulado cristão é um chamado a seguirmos a Cristo. Isso implica, como ocorreu com os discípulos de João Batista, deixarmos nossos antigos mestres, para seguirmos a um novo. É necessário deixarmos as antigas ideias e práticas, para seguirmos a novas, de modo que uma grande mudança de comportamentos aconteça. Atender ao chamado do Cristo, então, gera transformações significativas na nossa vida.

2.      Nos chama à intimidade. Os versículos 38 e 39 nos dizem que Jesus, ao perceber que estava sendo seguido por aqueles dois discípulos de João Batista, perguntou-lhes: “O que vocês querem?”. Ao que eles também perguntaram: “Mestre, onde está hospedado?”. E Ele lhes disse: “Venham e verão”. Dito isso, eles foram à casa em que Jesus estava hospedado e ficaram com Ele por muitas horas.

Aqueles dois discípulos, após perguntarem, foram convidados para conhecer a casa e o quarto em que Jesus estava hospedado, ou seja, seu lugar mais íntimo.

O chamado à intimidade de Cristo, entretanto, não termina por aqui. Jesus não chama seus discípulos apenas para que eles o conheçam. Ele também os chama para serem conhecidos por Ele, de modo que haja uma via de mão dupla e a intimidade seja completa. Nos versículos 47 e 48, Jesus se encontra com Natanael e lhe diz algo a seu respeito. Natanael se assusta com isso e lhe pergunta: “De onde me conheces?”. Ao que Jesus responde: “Eu o vi quando você ainda estava debaixo da figueira, antes de Filipe o chamar”. Em outras palavras, Jesus poderia estar dizendo: “Eu o conheço e quero que você também me conheça, de modo que sejamos íntimos um do outro”. A isso, manifestando que estava mais íntimo de Jesus do que no início da conversa e que a via de mão dupla, de fato, estava acontecendo, Natanael responde: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”.

3.      Nos chama para compartilhar. Os versículos 40 a 42 nos dizem que Filipe, um daqueles dois discípulos, assim que se encontrou com seu irmão, Simão Pedro, lhe disse: “Achamos o Cristo”. Após isso, diz o texto: “E o levou a Jesus”. Algo semelhante acontece nos versículos 45 e 46. Filipe, aquele que foi chamado por Jesus a segui-lo, se encontra com Natanael e também lhe diz: “Achamos o Messias”. Após uma resposta duvidosa de Natanael, ele o desafia a vir e ver com os próprios olhos.

O discipulado cristão é um chamado a compartilharmos a Cristo. Assim como André e Filipe, nós, discípulos de Jesus, devemos dizer às pessoas: “Achamos o Messias! Achamos aquele que pode nos dar salvação e esperança!”. Assim como Filipe, devemos desafiar as pessoas a experimentarem a Cristo por si mesmas e concluírem se ele é mesmo ou não o Salvador.

4.      Nos chama para uma nova identidade. No versículo 42, Jesus, ao se encontrar com Pedro e olhar para ele, lhe diz: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas”.

O discipulado cristão é um chamado a uma nova identidade com Cristo. Ao se encontrar com Jesus, Pedro tem o seu nome alterado. O nome diz respeito à identidade de uma pessoa, ou seja, a como ela é chamada e conhecida. Pedro, então, ao se encontrar com Cristo, sofre uma grande transformação em sua pessoa. Ele não seria mais o mesmo. Não poderia ser mais chamado pelo mesmo nome. Esse é o chamado do discipulado cristão a cada um de nós!

5.      Nos chama para imitá-lo. No versículo 39, Jesus responde a André e ao outro discípulo de João Batista: “Venham e verão”. No versículo 46, Filipe, semelhantemente a Jesus, também diz a Natanael: “Venha e veja”.

O discipulado cristão é um chamado à imitação de Cristo. Assim como Filipe imitou a Jesus, ao dar uma mesma resposta que Ele, os discípulos atuais de Cristo também devem fazê-lo. Ser discípulo de Jesus é agir como ele agiria.

6.      Nos chama para experiências extraordinárias. Nos versículos 50 e 51, Jesus, finalizando esse texto, diz a Natanael: “Você crê porque eu disse que o vi debaixo da figueira. Você verá coisas maiores do que essa! (...) Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”.

O discipulado cristão é um chamado a experiências extraordinárias com o Cristo. Assim como a Natanael, Jesus continua a dizer a seus discípulos atuais que eles verão coisas grandes acontecerem! Os sinais e maravilhas que Cristo fez no passado continuam a ser realizados hoje!

O MESTRE TE CHAMA HOJE! E AÍ?

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

 

                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Carta Pastoral 165 - Fortalecidos no Senhor

Carta pastoral – Novembro de 2020 – ano V – 165

     Série: “Jornada 12 em 4”

“Fortalecidos no Senhor”

Texto para ler: Genesis 28.20-22; 1Samuel 1.11

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

O mover que o Senhor tem realizado no nosso meio, nesses dias da jornada 12 em 4, tem nos desafiados a experimentar a vida abundante que Jesus tem para os seus discípulos e a responder positivamente à grande comissão ele nos deu Mt 28.18-20. Em nós mesmos, entretanto, não há capacidade para vivenciar isso. Precisamos do Espírito Santo, do poder de Deus que em nós habita. Sem esse poder fracassamos em nossas iniciativas. É necessário, então, que busquemos da parte de Deus, poder espiritual. Aquele que se empenha em um objetivo o alcança, ou, de maneira inversa, para se alcançar um objetivo é necessário empenho.

A Bíblia nos apresenta uma maneira eficaz de buscarmos algo e encontrá-lo, através de um voto. Voto é uma promessa feita a Deus, em que a pessoa se compromete a fazer uma determinada coisa se receber algo dele. Vale aqui, entretanto, uma ressalva: fazer um voto não é barganhar com Deus. Voto é uma maneira de nos incentivarmos na busca de um alvo e, até mesmo, de mostrarmos a Deus o quanto queremos alcançar aquilo que estamos buscando. Há exemplos bíblicos como Jacó e Ana, que fizeram votos a Deus. Para alcançar o fortalecimento espiritual do qual necessitamos (e que, com certeza, o Senhor deseja nos dar) podemos fazer a Deus um voto. Existe alguns votos em que muitos tem alcançado fortalecimento espiritual através deles. A nossa proposta hoje é que você possa viver essa experiência transformadora em sua vida:

1.      Não brinque com o pecado! Todo e qualquer pecado presente em nosso dia-a-dia assim está porque nós o escolhemos e permitimos. É claro que há pecados que nos são ocultos, que não conseguimos discernir Sl 19.12. Entretanto, muitos dos pecados que

constantemente praticamos nos são conscientes. O primeiro voto fala de tratarmos com seriedade esses pecados, confessando-os a Deus e nos arrependendo deles. Arrependimento é uma mudança de atitude. Jesus, ao perdoar uma mulher adúltera, lhe disse: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” Jo 8.11.

Eliminar os pecados que sabemos fazer parte de nossas vidas é o compromisso do primeiro voto. E quanto àqueles que nos são ocultos, oremos ao Senhor para que Ele nos sonde e nos revele Sl 139.23,24.

2.      Permita que o Senhor seja sua defesa! Defesa é um dos instintos do ser humano, seja a defesa dele mesmo ou de outra pessoa que lhe seja importante. O ataque à sua reputação talvez seja o que mais desperte no homem esse instinto. No Jardim do Éden, tanto Adão quanto Eva, ao transferirem para outro a culpa pela desobediência, estavam tentando defender sua reputação. Todos nós ao percebermos a possibilidade de

termos os nomes manchados, logo corremos para que isso não aconteça. De fato, conforme Provérbios 22.1, “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro”. Entretanto, a Bíblia também fala de um Deus que é o vingador do seu povo Pv 23.11. Ele se levanta em favor dos seus contra os adversários deles Ex 23.22. Sendo assim, não precisamos nos defender. Nunca se defenda. Jesus, mesmo em meio a acusações injustas, ofensas e agressões, não abriu a boca para defender-se Is 53.7; At 8.32. Devemos entregar ao Senhor as ofensas e confiar que Ele cuidará delas. Esse é o segundo voto.

3.      Não faça nada que possa prejudicar alguém! O orgulho, é o grande pecado da humanidade. Uma série de outros pecados são frutos do orgulho. Um desses é a inveja. Quando o homem nota alguém com algo que ele não tem, esse sentimento brota em seu coração. A partir daí, um próximo passo que pode ser dado é uma ação no sentido de prejudicar o invejado. A Bíblia é categoricamente contra isso. O segundo grande mandamento, conforme Jesus, é amar ao próximo como a si mesmo Mt 22.39. Aquele que age para o prejuízo do outro não o está amando e está em desobediência. Assim nos

diz a Palavra de Deus: “Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”. A Palavra de Deus proíbe toda e qualquer ação que prejudique o outro.

4.      Dê a Deus toda a Glória! Gostamos de ser reconhecidos no que fazemos e receber elogios. Entretanto, o que temos em nós que não tenhamos recebido de Deus? Jo 3.27; Tg 1.17. A Bíblia afirma que Deus é o único digno de receber glória, honra e poder Ap 4.11. Paulo também diz em Rm 11.36: “A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!”. A nossa atitude, então, deve ser como a do salmista, que diz:” Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” Sl 115.1. Isso não significa rejeitar elogios, mas reconhecer que toda a glória pertence a Deus, pois tudo o que somos, temos e fazemos vem dele.

Quanto mais formos eficazes em cumprir esses votos, mais fortalecimento espiritual obteremos para cumprir os propósitos de Deus e sermos bem sucedidos naquilo que fizermos.

 

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

 

                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Carta Pastoral 164 - Mais do que paixão - Amor

Carta pastoral – Novembro de 2020 – ano V – 164

     Série: “Jornada 12 em 4”

“Mais do que paixão - Amor”


Texto para ler: João 14.21; Lucas 6.46-49

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Vivemos em uma época que valoriza muito os sentimentos e as experiências intensas. Isso se dá tanto no meio secular quanto no religioso. Os jovens têm buscado programas que lhes proporcionem grandes quantidades e diferentes qualidades de emoções. Muitos, tanto jovens quanto adultos, têm se entregado às drogas em geral, na busca de sensações

que lhes deem alívio e prazer. As propagandas têm ressaltado o bem-estar que os produtos e serviços oferecidos podem proporcionar aos seus consumidores. Na igreja, eventos que ofereçam grandes e diferentes emoções são buscados. Os cultos que proporcionam sensações de alívio e bem-estar são os melhores e mais procurados.

Uma das consequências dessa atual tendência é uma visão distorcida do conceito de amor. O amor tem sido e definido como um forte sentimento de uma pessoa por outra, ou de uma pessoa por algo. Declarações como “eu te amo” são consideradas verdadeiras e sinceras se motivadas e envolvidas por intensas emoções. Os casais de namorados, incendiados pelo fogo da emoção, baseiam o relacionamento nesse sentimento e querem experimentar tudo o que ela o pode oferecer. Quando a emoção acaba, julga-se que o namoro também acabou e a solução é procurar por outro relacionamento, onde as mesmas e novas experiências possam ser vivenciadas. Com os casais casados acontece o mesmo. Quando a emoção diminui ou se vai, conclui-se ser o fim do casamento e relações extraconjugais ou o divórcio são alternativas procuradas. Na igreja, durante os momentos de louvor e adoração dos cultos, motivados pela música e emocionados, os fiéis declaram sua paixão por Jesus, dizendo-lhe que Ele é o amado de suas almas. Entretanto, não é assim que a Bíblia define o amor. Para Jesus, o amor não é um sentimento e não se manifesta principalmente através de emoções, mas é uma atitude, e uma atitude de obediência. É sobre isso que iremos refletir hoje:

1.       Ter os mandamentos. Para se viver uma vida de obediência e, consequentemente, amar verdadeiramente a Cristo é necessário, primeiramente, ter os seus mandamentos. O verbo ter, nesse contexto, significa se apossar da vontade de Deus registradas nas Escrituras Sagradas, através de uma profunda, constante e interessada busca por elas. É ler e estudar a Bíblia, procurando conhecer as ordenanças de Deus para seus filhos. Assemelha-se a ir a um supermercado com um carrinho de compras e, chegando a uma banca, tomar posse de seus produtos e colocá-los no carrinho. A ação é tirar as palavras das páginas bíblicas e colocá-las na mente, ou seja, ter conhecimento de cada uma delas.

Vale ressaltar que não recebemos mandamentos do Senhor apenas através da Bíblia. O nosso Deus é um Deus que fala. Em nossa caminhada diária, ouvimos sua voz nos dando diversas orientações e ordens. Cabe a nós ouvi-las com muita atenção e não as perder! Você tem lido a Bíblia à procura de mandamentos para obedecer? Enquanto lê a Bíblia ou ouve uma mensagem, sente-se confrontado em seu estilo de vida e desafiado a mudanças práticas? Você já teve a experiência de sentir o Espírito Santo conduzindo-o a uma atitude ou ação diferente durante sua leitura bíblica?

2.      Guardar os mandamentos. Ter os mandamentos é apenas o primeiro passo do processo de obediência. Há um segundo: o guardar. Esse verbo, nesse versículo, tem o sentido de obedecer, cumprir. Após tomar ciência das vontades divinas, a próxima ação é realizá-las.

Continuando a ilustração acima, assemelha-se a, chegando em casa com a sacola de compras cheia com os produtos do supermercado, ingeri-los, buscando deles a energia necessária para as atividades do dia-a-dia. Estando de posse dos mandamentos do Senhor, devemos nos apropriar ainda mais deles, deixando que eles caiam em nossos corações e interfiram em nossa maneira de viver. Eles devem fazer parte de nós e gerar a energia que vai impulsionar e motivar atitudes em obediência à vontade de Deus.

A ênfase de Jesus sempre foi à prática de sua Palavra nos mínimos detalhes de nossas vidas. O texto de Lucas 6.46-49 nos mostra essa verdade. No conceito de Jesus, é correto alguém chamá-lo de Senhor e não fazer o que Ele ordena?

Amar a Deus é obedecê-lo e isso passa pelo processo de ter e guardar os seus mandamentos. A partir disso, três tipos de pessoas podem ser identificados; aqueles que não têm e, consequentemente, não guardam os mandamentos; aqueles que têm, mas não guardam os mandamentos e aqueles que têm e guardam os mandamentos. Em qual dos três grupos você se encontra? Em qual deles gostaria de estar?

O nosso amor a Deus não é manifestado apenas nos cultos dominicais ou de semana, levantamos as mãos e dizemos a Deus que o amamos. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”. O amor a Deus é demonstrado prioritariamente quando obedecemos aos seus mandamentos. Falar que amamos não é suficiente. Atitudes se fazem necessárias. Quanto a isso, Jesus disse o seguinte: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” Mt 7.21.

 

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

 

                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

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