Carta
pastoral – Agosto de 2018 – ano III – 101
Série
“Alinhando a visão”
“Discipulado
04”
Textos
para ler: Mt 28.19-20; 1Co 11.1; 1Tm 4.12; Sl 1.1.
Queridos e amados
irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
O discipulado é
um relacionamento onde um discipulador capacita o discípulo, compartilhando com
ele os recursos que recebeu de Deus. Discipular é capacitar outros para uma
vida frutífera com Deus. O alvo do discipulador é levar seu discípulo a
desenvolver completamente o seu potencial em Deus.
1. Elementos de
um relacionamento de discipulado:
O discipulado possui
alguns elementos fundamentais que gostaria de enumerar.
a. Ser modelo
As pessoas sempre
se moldam para serem semelhantes a aqueles a quem elas admiram ou respeitam. O
discípulo é sempre “interesseiro”. Ele está inicialmente interessado em
adquirir os recursos e o conhecimento do seu discipulador. O discipulador deve
então se colocar como modelo de tudo aquilo que ele deseja edificar na vida do
seu discípulo. Ele deve ser o exemplo, não apenas quanto a sua santidade
pessoal, mas também quanto ao serviço na obra de Deus. Deve se relacionar,
pregar o evangelho, fazer discípulos, edificá-los, liderar GCEUs, etc.
Além disso, o
discipulador deve se lembrar constantemente que ele mesmo não possui
discípulos, o seu discipulado é para Cristo, ou seja, o discípulo na verdade
segue a Jesus, o discipulador é apenas um instrutor, um bom modelo para
inspirar seu discípulo a seguir a Cristo.
b. Atração
As pessoas
tentam viver de acordo com as expectativas das pessoas que elas admiram ou
respeitam. A atração é a chave de um discipulado eficiente. É essa atração que
estimula a pessoa a estar sempre perto do seu discipulador, aprendendo com ele.
Jacó, o
picareta, sempre procurava Labão porque os dois falavam a mesma língua e tinham
o mesmo jeito. Mas Maria, que era cheia do Espírito, procurou Isabel. E quando
as duas se encontraram algo dentro de Maria estremeceu, pelo poder da unção de
Deus. Quando Maria encontrou Isabel, a unção aumentou, mas quando Jacó se
encontrou com Labão, a carne se fortaleceu. Precisamos andar com quem aumenta a
nossa unção e não com quem desperta a nossa carne. Todos nós temos as duas
coisas. Todos temos um pouco de Jacó e outro tanto de Maria. Como Maria, todos
nós, crentes, carregamos a Jesus em nosso espírito; mas, como Jacó, trazemos muitas
heranças da nossa carne. Se procurarmos Labão, cairemos, mas se formos atrás de
Isabel, ficaremos cheios do Espírito. O relacionamento de discipulado é baseado
nesse princípio da atração. O discipulador, por ser alguém mais maduro na fé e
mais espiritual, exerce atração sobre discípulos cheios de fome e sede
espiritual.
c. Relacionamento
Nossa
personalidade é moldada em nossos relacionamentos. O discipulador não se
preocupa com o ensino acadêmico, mas em se relacionar com o discípulo.
Relacionamentos
são chaves em nossa vida. Nossa história é a história de nossos
relacionamentos. A sua vida depende das pessoas que você permite ao seu
derredor. As pessoas ao seu redor vão determinar as experiências que você terá
em Deus. As pessoas ao seu redor vão alimentar força ou fraqueza em você. Os
relacionamentos nunca são neutros em sua vida. Sendo assim, seu crescimento
espiritual depende dos seus relacionamentos. Existem alguns tipos de
relacionamentos que podem levá-lo para o vale em vez de ajudá-lo a escalar as
montanhas de Deus. Os relacionamentos são a chave da nossa vitória na guerra
espiritual. Nós não fazemos guerra sozinhos. Na batalha, precisamos de alguém
que vigie a nossa retaguarda. Essa pessoa é o seu discipulador. É ele que vai guarda-lo,
que vai adverti-lo dos perigos do caminho. Nossos relacionamentos falam de
nossa condição espiritual. Se temos relacionamentos saudáveis, então somos
estimulados a avançar, mas se nossos relacionamentos nos puxam para baixo,
então devemos renunciar a eles. Relacionamentos são chaves espirituais, por
isso devemos ser radicais com eles. Relacionamentos espirituais devem ser
alimentados e fortalecidos, mas amizade com gente rebelde e maledicente deve
ser cortada, mesmo que tais pessoas se passem por irmãos. Os seus
relacionamentos vão determinar força ou fraqueza em você.
Então escolha
bem aqueles que você aceita na sua intimidade. Bênçãos ou maldições vêm através
de pessoas que permitimos ao nosso lado.
Em Cristo Jesus,
esperança da Glória. Até a última casa!
Pr.
Luiz Antonio