domingo, 24 de junho de 2018

Carta Pastoral 093 - Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Estratégia


Carta pastoral – Junho de 2018 – ano III – 093

Série “Alinhando a visão”

“Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Estratégia”

Textos para ler: Ef 4. 7-16; Rm 12.3-8; 1Co 12.4-31.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Em Efésios 4.7-16, é apresentada a estratégia de Deus para a edificação da visão de Deus. Nesse texto, a figura dominante é a Igreja como corpo. Cristo é a cabeça, e cada filho de Deus é um membro ou uma parte desse corpo. O objetivo da cabeça é a edificação do corpo. Esse objetivo inclui as três dimensões – qualidade, unidade e quantidade. Veja que, no verso 8, Paulo diz que os cinco ministérios foram dados com vistas ao aperfeiçoamento dos membros. Essa é a dimensão da qualidade. Depois, no verso 13, ele diz que essa obra é até que cheguemos à unidade da fé. Veja que, depois do aperfeiçoamento (qualidade), vem a unidade da fé. Como resultado, Paulo diz, no verso 16, que o corpo efetua o seu próprio aumento. Essa é a dimensão da quantidade, o crescimento numérico. Veja que os três aspectos caminham juntos: qualidade, que gera unidade, que gera quantidade.

O plano da cabeça é usar todos os membros para edificação do corpo. Nessa obra de edificação, uma é a parte da cabeça, outra, a dos ministérios, e outra a função dos membros.

A cabeça tem a função de governar o corpo, dar a ele vida, dar crescimento (Ef 4.15,16), dar dons a cada membro para sua função (Ef 4.7,8) e constituir uns como apóstolos, outros como profetas e outros como evangelistas, pastores e mestres. Tudo isso é função da cabeça, e não nossa.

O objetivo dos cinco ministérios é o mesmo que o de Cristo: a edificação do corpo. O plano deles é o mesmo que o de Cristo: usar todos os membros do corpo. E a função deles está indicada no verso 12: “[...] o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.

A palavra aperfeiçoar pode ser traduzida como “treinar, capacitar ou equipar”. No grego, a palavra usada é katartismos, que significa: treinar, ordenar, aparelhar, guarnecer, equipar, prover de, preparar, formar um todo, governar, dirigir, restaurar, reparar, colocar em seu lugar. Katartismos é um substantivo, por isso antigas versões da Bíblia a traduzem da seguinte maneira: “para a perfeição dos santos”.

A função dos cinco ministérios é aperfeiçoar (Katartismos), treinar os santos para a obra do ministério visando à edificação do corpo. Esse aperfeiçoamento dos santos implica ordenar, relacionar, colocar cada um no seu lugar e organizar os santos para que entrem em ação e desempenhem seu ministério na edificação do corpo de Cristo.

Na estratégia de Deus, toda a Igreja é um seminário, cada irmão é um seminarista, e os cinco ministérios são as matérias que cada seminarista deve dominar. O alvo é que cada um cumpra seu ministério na edificação do corpo.

Cada membro do corpo precisa funcionar. Cada um é importante e tem uma função porque cada membro recebeu de Cristo um dom (v. 7), e por isso é ministro do Senhor (v. 13).

Cada membro tem o ministério de trabalhar na edificação do corpo, e, nesse trabalho de edificar, cada um precisa ser edificado no corpo e vinculado por meio de relacionamentos firmes para desempenhar seu ministério.

Qual a sua função como membro desse corpo? Qual dos cinco ministérios você mais se identifica? Só pode ser membro do corpo se tiver função. Perceba que no corpo humano, nenhuma parte do corpo pode ser amputada ou inutilizada sem deixar o corpo deficiente. Assim também, a estratégia de Deus para a Igreja é que todos os membros estejam ativos no corpo. E o GCEU é um importante instrumento dessa estratégia, pois faz com que cada membro desenvolva o seu ministério e os dons são exercidos entre os irmãos.

Em Cristo Jesus, a cabeça da Igreja. Até a última casa!

                                                                                                              Pr. Luiz Antonio

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Carta Pastoral 092 - Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Relacionamentos


Carta pastoral – Junho de 2018 – ano III – 092

Série “Alinhando a visão”

“Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Relacionamentos”

Textos para ler: Mc 3.13-14; Ef 4.16; Fl 2.2-8; Gl 5.19-21.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A terceira coisa que Jesus fez ao iniciar Seu ministério foi construir relacionamentos firmes com doze discípulos. Para isso, assumiu a responsabilidade de estar com eles para formar e ensinar com Seu exemplo e Sua palavra, e eles fizeram o compromisso de sujeitar-se ao Senhor e ser Seus discípulos Mc 3.13-14.

A obra de Deus se faz com base em relacionamentos firmes de amor, comunhão e compromisso. Sem compromisso, nossos relacionamentos se tornam apenas algo natural incapaz de produzir edificação.

Nossos relacionamentos na igreja acontecem em três níveis:

• Com pessoas mais experientes em sujeição e compromisso.

• Com iguais em sujeição mútua (2Tm 2.2).

• Com mais novos no evangelho em responsabilidade (Ef 5.21; 1Pe 5.5).

Todos os membros do corpo devem ter relacionamentos firmes com irmãos mais velhos e mais experientes na caminhada cristã, com irmãos do mesmo nível de crescimento espiritual e com os mais novos na fé. Todos nós precisamos de um Paulo, de um Barnabé e de um Timóteo em nossas vidas. Em outras palavras, precisamos de um discipulador, de um companheiro de jugo e de um discípulo.

Nossos relacionamentos, porém, não devem ser frios e superficiais. Nossas relações, tanto com irmãos mais experientes como com iguais e ainda com os mais novos, devem ter como base a atitude do Senhor Jesus descrita em Filipenses 2.2-8.

Lendo o texto, a primeira atitude que percebemos é a atitude de unidade.

Paulo diz: “[...] sejais unidos de alma” (v. 2). Na edificação da Igreja, somente relacionamentos que promovem a unidade realmente edificam. A segunda atitude é a atitude de humildade. Paulo disse: “[...] considere o outro maior” (v. 3,8). A terceira atitude é de submissão. O Senhor Jesus, sendo Deus, não usurpou ser igual a Deus (v. 7). Ele assumiu uma atitude de servo, não de Senhor. O verso 7 diz que Ele se esvaziou e assumiu a forma de servo.

E, por fim, precisamos demonstrar uma atitude de amor sacrificial, e não de egoísmo. O alvo final do Senhor foi morrer na cruz por obediência. Somente com base no Espírito de Cristo em nós, é possível construir relacionamentos para chegar à verdadeira unidade e edificação do corpo.

Onde há relacionamentos fortes, ali o Senhor ordena a benção e vida. Perceba que as obras da carne descritas em Gl 5.19-21, em sua maioria, são males que destroem relacionamentos (inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas). Crentes carnais são dominados por essas obras e têm grande dificuldade em estabelecer relacionamentos fortes.

O Senhor deseja nos libertar das obras da carne e nos fazer frutificar pelo Espírito Santo. Em Cristo Jesus, nosso exemplo. Até a última casa!

                                                                                                            Pr. Luiz Antonio

domingo, 10 de junho de 2018

Carta Pastoral 091 - Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Oração


Carta pastoral – Junho de 2018 – ano III – 091

Série “Alinhando a visão”

“Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Oração”

Textos para ler: Lc 6.12; 1Tm 2.1-4; At 4.29-31.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A oração é o segundo ingrediente indispensável para a edificação da Casa de Deus. Jesus tinha visão ao iniciar Seu ministério, mas a primeira coisa que fez depois de ser batizado e ungido pelo Espírito Santo no rio Jordão foi ir ao deserto para orar por quarenta dias. Ele foi orar e jejuar. Podemos ver facilmente nos evangelhos como a oração era uma parte integrante do ministério do Senhor. Cada manhã, Ele iniciava o dia orando (Mc 1.35), e, às vezes, passava a noite orando (Lc 6.12). Por que Ele orava se era o Filho de Deus? Se o próprio Senhor reconhecia que precisava orar, então nenhum de nós pode abrir mão da oração.

A oração é completamente imprescindível, porque não podemos edificar a Casa de Deus por nós mesmos. Somos absolutamente incapazes de realizar a visão (qualidade, unidade e quantidade). Somente Deus é poderoso e capaz de edificar a Igreja (Ef 3.20). Sabemos também que Deus o fará tão somente se Lhe pedirmos em oração (Mt 18.18,19). O Novo Testamento nos mostra os motivos pelos quais devemos orar. Evidentemente, devemos orar a respeito de todas as coisas e nem preciso dizer que cada um deve sempre orar por suas necessidades pessoais. Mas a intercessão principal deve ser pela realização do propósito eterno de Deus.

Todavia, existem alguns exemplos bíblicos de motivos de oração que não devemos esquecer:

• Santidade, unidade e quantidade (Jo 17).

• A extensão do Reino, necessidades materiais, confissão e proteção do mal (Mt 6.9-13).

• Envio de obreiros (Mt 9.38).

• Pelas autoridades e por todos os homens (1Tm 2.1-4).

• Por espírito de sabedoria e de revelação (Ef 1.16-19).

• Para que sejamos cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.14-21).

• Por intrepidez e graça na evangelização (Ef 6.18-20).

• Para que haja cooperação entre a Igreja e o Senhor (At 4.29-31).

Temos na oração, o instrumento fundamental e necessário para progredirmos no propósito de edificação da Casa de Deus. Que possamos lançar mão dessa indispensável prática em nossa vida cristã.

“Falar aos homens a respeito de Deus é uma grande coisa; mas falar a Deus a favor dos homens é ainda maior. Quem não aprendeu a falar com Deus em favor dos homens, não pode falar bem e com real sucesso aos homens de Deus.” E. M. Bounds

Vamos para um momento de oração agora. Melhor que estudar sobre oração, é orar. “A oração não é o mínimo que podemos fazer, pode ser o máximo”. Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                                                                                                          Pr. Luiz Antonio

sábado, 2 de junho de 2018

Carta Pastoral 090 - Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Visão 02


Carta pastoral – Junho de 2018 – ano III – 090

Série “Alinhando a visão”

“Os cinco itens indispensáveis na edificação da Igreja – Visão 02”

Textos para ler: Jo 17; Ef 5.26-27; 1Co 3.1-4.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Falando ainda sobre Visão; para que possamos edificar apropriadamente, precisamos ter em mente as três dimensões colocadas pelo Senhor em Sua oração, em João 17. Em primeiro lugar, o Senhor ora para que a Igreja seja santificada Jo 17.15-17. Esse é o aspecto da qualidade da edificação.

No meio evangélico, existe uma discussão sobre o aspecto qualitativo e o aspecto quantitativo da Igreja. Normalmente, os líderes tomam apenas esses dois aspectos e discutem sobre qual dos dois é mais apropriado para trabalhar, como se devêssemos escolher um dos dois. O Senhor mostra claramente que, antes de tudo, é preciso haver santidade, e a santidade é o lado qualitativo da edificação. Porém, depois de orar por santidade, o Senhor ora pela unidade da Igreja Jo 17.21-23. Isso foge completamente do nosso conceito natural.

O Senhor nos mostra que o tipo de santidade que edifica a igreja é aquele que resulta em unidade. O Senhor disse: “Santifica-os na verdade [...] a fim de que todos sejam um” (Jo 17.17,21). Se formos santificados na verdade, o resultado é que seremos um. Sem a unidade, não é possível edificar a igreja local. Precisamos ter uma só mente e um só coração para ter alguma edificação. Mas o que poucos percebem é que, quando somos santificados na verdade, espontaneamente manifestamos unidade. A santidade religiosa que a maioria das pessoas conhece diz respeito apenas a cumprir certas regras, como não adulterar, não beber, não usar drogas ou fumar, não roubar e ser um bom cidadão. Esses preceitos podem ser seguidos por qualquer pessoa e não resulta em unidade da Igreja. A verdadeira santidade é aquela que mortifica o ego e libera o Espírito de Deus.

Uma vez que temos unidade, o resultado será o crescimento numérico, a quantidade. Observe que o Senhor disse que, se formos um, o mundo crerá. A equação da edificação é baseada na oração do Senhor: “Santifica-os na verdade [...] a fim de que todos sejam um [...] para que o mundo creia”. Veja as três dimensões presentes:

• Qualidade: “[...] Santifica-os” (vv. 15-17).

• Unidade: “[...] para que todos sejam um” (vv. 21-23).

• Quantidade: “[...] para que o mundo creia” (vv. 21,23).

Qualidade produz unidade, que produz quantidade. Essa é a equação da edificação. Tudo, porém, começa com a santidade. A Igreja que o Senhor deseja edificar é um povo que vive uma vida santa. De acordo com as Escrituras, o Senhor Jesus Cristo vai levantar uma Igreja gloriosa e santa, sem mancha, nem ruga ou coisa semelhante. Essa Igreja é edificada com ouro, prata e pedras preciosas, até que todos cheguemos à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13). Em termos práticos, isso significa uma Igreja integrada por famílias que vivem em paz e harmonia, com maridos comprometidos, sábios e amáveis; esposas submissas de caráter fiel e amoroso; e filhos respeitosos e obedientes.

Discípulos cujo estilo de vida é amar, perdoar, servir, confessar suas faltas, obedecer, sujeitar-se às autoridades, pagar seus impostos, ser sempre verdadeiro, confiar em Deus, amar seu próximo, ajudar, compartilhar com os necessitados, chorar com os que choram, alegrar-se com os que se alegram, ser um com os irmãos, devolver bem por mal, sofrer as injustiças, dar graças sempre por tudo, vencer a tentação, viver no gozo do Senhor, orar sem cessar, dar testemunho de Jesus Cristo, ganhar outros para Cristo, fazer discípulos, ofertar seu dinheiro e seus bens a serviço dos irmãos, e, sobre todas as coisas, amar a Deus com toda a sua alma.

À medida que progredimos em qualidade, progrediremos em unidade, e o resultado é o crescimento em quantidade, porque a unidade é fruto da qualidade, assim como a divisão é evidência de imaturidade e carnalidade. Os filhos de Deus, como irmãos que são, devem formar uma só família aqui na terra, a família de Deus. Essas dimensões podem ser vistas em outras partes do Novo Testamento (Ef 1.4-13; Ef 4.7,16). E também podemos percebê-las no próprio caráter de Deus. A visão da Igreja é resultado da visão e revelação que temos de Deus.

Por que santidade? Porque Deus é santo.

Por que unidade? Porque Deus é um.

Porque quantidade? Porque Deus é amor e deseja salvar a todos.

Essa visão precisa encher o nosso coração. Não podemos ter apenas um conceito da visão, precisamos receber a revelação. Quando a visão de Deus encher o seu coração, sua vida será tocada em todas as áreas. A visão produzirá em você transformação, porque você passará a vivê-la. A visão despertará fé em seu coração, capacitando-o a viver por ela. A visão despertará a paixão pela edificação e produzirá o compromisso que o levará a viver para ela. No fim, nós nos disporemos a fazer qualquer sacrifício porque a visão da Casa de Deus nos encherá de tal forma que seremos até mesmo capazes de morrer por ela.

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                    

                                                                                                                Pr. Luiz Antonio

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