sexta-feira, 11 de maio de 2018

Carta Pastoral 087 - Os materiais da Casa de Deus parte 03


Carta pastoral – Maio de 2018 – ano III – 087

Série “Alinhando a visão”

“Os materiais da Casa de Deus parte 03”

Textos para ler: 1Co 3.10-17; Mt 16.15-18; 2Tm 2.19-21

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Dando continuidade a esse tema tão relevante para a edificação da Igreja, vamos meditar sobre os materiais da construção, uma vez que falamos sobre o Construtor, o Alicerce e os materiais; ouro, prata e pedras preciosas.

d) A madeira, a palha e o feno



Por outro lado, madeira fala do homem e de sua natureza. A madeira contrasta com o ouro, que aponta para a natureza de Deus. Palha é algo mais fugaz, pois fala das obras humanas – a palha será queimada, assim, tudo o que é da carne será destruído.

“Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva.” Is 40.6,7

Madeira nos falam do tipo de força da qual dispomos para fazer a obra de Deus. Muito do que é feito é apenas humano e fruto de decisão, esforço próprio e capacidade humana. Palha aponta para a obra humana – alguns trabalham exclusivamente confiados em sua mente, inteligência, articulação, expressividade e habilidades; estes edificam com palha. Feno representa a fraqueza do homem, a mortalidade e inutilidade de sua vida natural. Edificar com feno é trabalhar confiado nas emoções naturais – se há empolgação, trabalham; se não há, recusam-se a colaborar.

Ora, o ouro, a prata e as pedras preciosas normalmente não aparecem na superfície da terra; têm de ser retirados das profundezas do solo. Já a madeira, a palha e o feno surgem na superfície e podem ser obtidos facilmente. Assim, concluímos que tudo o que procede das profundezas do coração, como resultado de uma obra espiritual, é obra de Deus, mas tudo o que pode ser feito na carne procede do homem e não tem valor algum. Infelizmente, muitos cristãos se tornam descuidados em suas ações, vida e fé à medida que avançam na vida cristã. Quando olhamos o começo deles, os primeiros anos fervorosos, frutíferos e gloriosos, e depois observamos em que se tornaram, ficamos preocupados com nosso próprio futuro. Mas, podemos ficar seguros de que o nosso Deus nunca muda e tudo aquilo que Ele faz não pode ser desfeito ou removido. Se for obra de Deus, ela permanece. Paulo, porém, diz que permanece o firme fundamento da obra: o Senhor conhece os que são seus. No texto de 2 Timóteo 2.19-21, lemos que, numa casa, há utensílios de ouro e de prata, e também de madeira e barro. Observe que a ênfase está no valor, não na utilidade:

Se formos honestos, concluiremos que os vasos de madeira e de barro são muito mais úteis que os de ouro e prata, mas a questão não é a utilidade, e sim o valor. Muitas obras feitas hoje são baratas e podem ser muito úteis para propósitos naturais, mas são de pouco valor diante de Deus. É a eterna questão do fazer algo para Deus e do gerar filhos para Deus. Quando fazemos coisas, estamos olhando a utilidade, mas quando geramos filhos, estamos visando o valor e a preciosidade, pois com o que compraremos um filho gerado? Ele vale mais que o mundo inteiro. Nesse texto de 2 Timóteo, a simbologia é a mesma: o ouro e a prata se referem ao que procede de Deus, tem Sua natureza e Seu selo. Madeira e barro falam da obra humana, e o que é feito na capacidade natural. Precisamos contemplar o Senhor para sermos iluminados. Precisamos orar com fé para receber revelação, colocar de lado nosso ego e nossas preferências pessoais. Devemos cortar fora a carne e tudo o que procede do nosso eu. Isto demanda tempo e custa caro, mas só tem valor aquilo que custou caro para nós.

Com quais materiais estamos edificando a Igreja? Abrangendo um pouco mais a reflexão – com quais materiais estamos edificando nossa família? Relacionamentos? Vida profissional? Que sejamos sábios construtores naquilo que o Senhor nos confiou par edificarmos.

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                                                                                                               Pr. Luiz Antonio

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