Carta
pastoral – Maio de 2018 – ano III – 087
Série
“Alinhando a visão”
“Os
materiais da Casa de Deus parte 03”
Textos
para ler: 1Co 3.10-17; Mt 16.15-18; 2Tm 2.19-21
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Dando continuidade a esse
tema tão relevante para a edificação da Igreja, vamos meditar sobre os
materiais da construção, uma vez que falamos sobre o Construtor, o Alicerce e
os materiais; ouro, prata e pedras preciosas.
d) A madeira, a palha e o feno
Por outro lado,
madeira fala do homem e de sua natureza. A madeira contrasta com o ouro, que
aponta para a natureza de Deus. Palha é algo mais fugaz, pois fala das obras
humanas – a palha será queimada, assim, tudo o que é da carne será destruído.
“Toda a carne é
erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as
flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva.” Is
40.6,7
Madeira nos falam
do tipo de força da qual dispomos para fazer a obra de Deus. Muito do que é
feito é apenas humano e fruto de decisão, esforço próprio e capacidade humana.
Palha aponta para a obra humana – alguns trabalham exclusivamente confiados em
sua mente, inteligência, articulação, expressividade e habilidades; estes
edificam com palha. Feno representa a fraqueza do homem, a mortalidade e
inutilidade de sua vida natural. Edificar com feno é trabalhar confiado nas
emoções naturais – se há empolgação, trabalham; se não há, recusam-se a
colaborar.
Ora, o ouro, a prata
e as pedras preciosas normalmente não aparecem na superfície da terra; têm de
ser retirados das profundezas do solo. Já a madeira, a palha e o feno surgem na
superfície e podem ser obtidos facilmente. Assim, concluímos que tudo o que
procede das profundezas do coração, como resultado de uma obra espiritual, é
obra de Deus, mas tudo o que pode ser feito na carne procede do homem e não tem
valor algum. Infelizmente, muitos cristãos se tornam descuidados em suas ações,
vida e fé à medida que avançam na vida cristã. Quando olhamos o começo deles, os
primeiros anos fervorosos, frutíferos e gloriosos, e depois observamos em que
se tornaram, ficamos preocupados com nosso próprio futuro. Mas, podemos ficar
seguros de que o nosso Deus nunca muda e tudo aquilo que Ele faz não pode ser
desfeito ou removido. Se for obra de Deus, ela permanece. Paulo, porém, diz que
permanece o firme fundamento da obra: o Senhor conhece os que são seus. No
texto de 2 Timóteo 2.19-21, lemos que, numa casa, há utensílios de ouro e de
prata, e também de madeira e barro. Observe que a ênfase está no valor, não na
utilidade:
Se formos
honestos, concluiremos que os vasos de madeira e de barro são muito mais úteis
que os de ouro e prata, mas a questão não é a utilidade, e sim o valor. Muitas
obras feitas hoje são baratas e podem ser muito úteis para propósitos naturais,
mas são de pouco valor diante de Deus. É a eterna questão do fazer algo para
Deus e do gerar filhos para Deus. Quando fazemos coisas, estamos olhando a
utilidade, mas quando geramos filhos, estamos visando o valor e a preciosidade,
pois com o que compraremos um filho gerado? Ele vale mais que o mundo inteiro. Nesse
texto de 2 Timóteo, a simbologia é a mesma: o ouro e a prata se referem ao que
procede de Deus, tem Sua natureza e Seu selo. Madeira e barro falam da obra
humana, e o que é feito na capacidade natural. Precisamos contemplar o Senhor
para sermos iluminados. Precisamos orar com fé para receber revelação, colocar
de lado nosso ego e nossas preferências pessoais. Devemos cortar fora a carne e
tudo o que procede do nosso eu. Isto demanda tempo e custa caro, mas só tem
valor aquilo que custou caro para nós.
Com quais materiais
estamos edificando a Igreja? Abrangendo um pouco mais a reflexão – com quais
materiais estamos edificando nossa família? Relacionamentos? Vida profissional?
Que sejamos sábios construtores naquilo que o Senhor nos confiou par
edificarmos.
Em Cristo Jesus,
esperança da Glória. Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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