Carta
pastoral – Outubro de 2017 – ano II – 071
Série
“Viver Cristo em tempos de crise”
“Escravidão”
Textos
para ler: Jo 8.34; Pv 5.22; 2Pe 2.19; Rm 8.15; Jo 8.32; Jo 8.36
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
O Ministério do Trabalho
se envolveu em uma grande polemica essa semana, quando alterou as regras que
determinam o que é trabalho escravo no Brasil. O assunto tem gerado debates e
críticas até de órgãos internacionais.
É bem verdade que
trabalho escravo sempre existiu e não são as regras que irão impedir ou
estabelecer a sua existência. Se olharmos para a remuneração e condições de
trabalho da maioria dos brasileiros e o quanto sofrem nos transportes públicos,
vemos uma condição de escravidão.
Mas o que deve nos levar
a uma reflexão profunda é outro tipo de escravidão que atinge todos níveis
sociais da humanidade. Uma escravidão bem pior que a física e que nenhuma carta
de alforria é capaz de destituí-.la. Vejamos alguns aspectos dessa escravidão:
1. Escravidão mascarada Jo 8.33-34.
A mais terrível escravidão que o homem pode experimentar é a do pecado, porém,
ela se expressa como liberdade. A pessoa dominada pelo pecado acredita que o
fato de poder fazer o que a sua carne deseja está livre, mas na verdade está
preso nos seus desejos impuros 2Pe 2.19. É a triste realidade de muitos;
escravos dos vícios, da sexualidade deturpada, do orgulho, do ódio e de
demônios. Até mesmo aquilo que é bom pode se tornar instrumento de Satanás para
escravizar como o dinheiro, a beleza, a comida, a tecnologia, a paixão etc.
2. Escravidão religiosa Rm 8.15.
Muitos, embora tenham sido libertos do pecado e dos domínios do Diabo, não
perderam a essência de escravo. Quando se deixa a escravidão mas não deixa de
ser escravo, a pessoa é escravizada em outros aspectos. Escravo da religião,
escravo de líderes, de doutrinas e de denominações. Um exemplo clássico é o
povo hebreu, que saiu do Egito mas o sentimento de escravo ainda os dominava
pois o Egito não havia saído de dentro deles. Quem recebe a verdadeira
libertação em Cristo se torna FILHO. Nosso relacionamento com Deus a partir de
então deve ser de filho e não de escravo Jo
8.36.
3. Cristo nos libertou Jo 8.32.
O preço pela nossa libertação foi pago na cruz do calvário. Aleluia! Hoje não
somos mais escravizados e nem escravos, somos Filhos e herdeiros de Deus.
Precisamos viver essa liberdade, proclamar essa liberdade Is 61.1 e manifestar essa liberdade ao mundo através de nossas
vidas. O inimigo sempre buscará meios para nos fazer escravos, mas no nosso
interior a voz do Senhor falará mais alto: “VOCÊ É MEU FILHO!”.
Em Cristo Jesus,
esperança da Glória. Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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