Carta
pastoral – Julho de 2017 – ano II – 058
Série “Crescendo no relacionamento com o próximo”
– “Ser mais que bom. Ser benigno”
Textos
para ler: Ef 4.30-5.2; Pv 3.27-28; Fl 4.8-9; Gl 5.22-23; 1Co 13.1-13
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
O apóstolo Paulo, em sua
carta aos Efésios nos convoca a sermos benignos uns para com os outros. Ser benigno
é ter uma disposição interior de bondade e amabilidade. É ser bom de dentro
para fora. Para entendermos melhor o que o Senhor requer de nós para lhe
agradarmos, vamos refletir em detalhes e tirar algumas conclusões a respeito de
benignidade:
1. Ser benigno não é só fazer o bem.
A Bíblia fala de um jovem rico que se aproximou de Jesus dizendo fazer obras de
caridade, mas foi confrontado com suas atitudes pois eram ações apenas
exterior. Ele não ajudava as pessoas porque se compadecia delas, ele ajudava
porque queria alcançar os seus benefícios mas o seu amor estava naquilo que ele
possuía. Nem toda prática do bem tem a motivação certa. Paulo fala de pessoas
que até pregavam o evangelho por inveja e porfia e outros davam ofertas com
tristeza de coração e constrangimento (Fl
1.15; 2Co 9.7). Vemos que é possível pecar fazendo o bem. Todo ato de
bondade sem que haja um coração benigno é mera falsidade de ação (1Co 13.3)
2. Ser benigno não é ser bobo.
Você já viveu a situação de se sacrificar para ajudar alguém e depois sentir-se
triste por achar que não foi reconhecido pela pessoa. Esse é um dos motivos
pelos quais as pessoas têm dificuldade de ajudar os outros, e alguns só ajudam
quando entendem que o retorno é garantido. Deus requer de nós um coração alegre
em fazer o bem independente se o outro é merecedor. Quem é benigno não faz por
ingenuidade ou preocupado que o chamem de bobo, faz porque tem um coração
bondoso e cheio de amor pelo próximo, além de ser grato a Deus pelo muito que
Ele já lhe deu. Agora é importante frisar que algumas vezes, ajudamos mais
quando dizemos NÃO do que quando falamos EU FAÇO PRA VOCÊ. Devemos sempre
ajudar no que for preciso e possível, mas devemos estar atentos para que a
ajuda não torne o outro acomodado. Em algumas situações podemos exercer a
bondade ensinando e não agindo: “ao invés de te dar o peixe, vou te ensinar a
pescar”.
3. Ser benigno é ser bondoso.
Ser benigno é um desejo, uma intenção sincera que nasce em nosso coração de
fazer o bem ao próximo, com nossos atos e palavras. Esse desejo não é espontâneo,
nem intencional, mas fruto de uma intimidade com Deus e tem a ver com o caráter
e a moral de um cristão que leva a sério seu compromisso com Deus. Ser benigno
é ser alguém que, de coração sincero, tem a disposição de pensar em coisas boas
que possam ser feitas em favor do próximo, antes mesmo de praticá-las (Fl 4.8). Um bom caráter se concretiza
na prática de suas intenções. A benignidade deve se completar na ação da
bondade, da gentileza, da consideração, da utilidade, mesmo quando não houver possibilidade
de retribuição.
Vejam alguns meios de
demonstrar benignidade e discutam no GCEU, de que forma podemos realizar uma
dessas ações essa semana em grupo:
·
Levar animo e apoio para aqueles que estão
passando por um momento difícil.
·
Distribuir alimentos, roupas ou
medicamentos aos necessitados.
·
Visitar pessoas doentes ou em condição de
isolamento social.
·
Ajudar irmãos com dificuldade em se
integrar à igreja.
·
Ensinar alguém a fazer algo que você saiba
(pintar, bordar, tocar instrumento, etc) “ensinar a pescar”
Ao agirmos com
benignidade revelaremos ao mundo a bondade de Deus (Mt 5.16). Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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