Carta pastoral – Agosto de 2023 – ano V
Série “Na Lente da Graça”
“Firmarei Nova Aliança”
Textos para ler: Jeremias 31.31; Hebreus 7.22
Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
A Antiga Aliança não era suficiente,
pois dependia do desempenho das pessoas, e como elas eram imperfeitas e não
conseguiam obedecer à Lei com perfeição o tempo todo, ela não poderia
funcionar, e não funcionou. Por causa do pecado de Adão, o homem tinha uma
natureza pecaminosa e, sendo assim, mesmo o melhor dos homens, nunca conseguiu
cumprir as condições da Lei. Contudo, da mesma forma que a Antiga Aliança
dependia do homem, a Nova Aliança depende de Cristo. Ele é o responsável e o
fiador de uma aliança superior. Deus se comprometeu conosco, e a garantia dessa
aliança de amor não é o nosso desempenho, mas Aquele que é o nosso
representante e sua obra consumada na Cruz. Assim, devemos, de uma vez por
todas, parar de nos relacionarmos com Deus baseados em nosso desempenho.
Entre as multiformes faces do caráter
do Senhor reveladas a nós, a Bíblia nos mostra que Ele também é um Deus de
alianças. E, da primeira à última linha das Escrituras, elas estão presentes.
Desde o sopro de vida, que tornou o homem alma vivente, passando pelo olhar
fixo de Abraão, enquanto era desafiado a contar as estrelas do céu, o Criador
fez alianças com o seu povo através dos anos, desde o princípio até os dias de
hoje, e é através delas que Ele também se relaciona conosco.
Uma aliança é um compromisso que une
duas partes. Dessa forma estamos ligados a Deus não por um contrato, mas por
uma aliança. Num contrato, as partes negociam entre si até chegarem acordo que,
então, torna-se um compromisso; numa aliança, não há negociação: a parte mais
forte oferece tudo o que é e possui à parte mais fraca, que pode aceitá-la ou
rejeitá-la.
Ao falar sobre aliança, a Bíblia coloca o foco nas duas maiores: a Antiga e a Nova. Além de tocarem em cada mínimo aspecto da nossa vida até hoje, elas também são as que mais são mal interpretadas por muitos cristãos. E, por muitos não conseguirem compreendê-las e vivê-las em sua plenitude, uma grande mistura pode ser percebida na forma como se relacionam com Deus.
Eles creem que foram salvos pela
Graça, mas ainda se relacionam tendo como base a Lei do Merecimento. E, por
esse motivo, a vida cristã, que deveria ser algo abundante e feliz, se torna um
fardo pesado e difícil de carregar.
A confusão causada pela mistura das
alianças também se deve àqueles que pregam a lei do Antigo Testamento tentando
equilibrar a Graça. Entenda: não estou dizendo que ele não faz parte da Palavra
de Deus, entretanto, o Antigo Testamento deve ser ensinado para falar de Cristo
como sombra enquanto, no Novo Testamento, pregamos Cristo como realidade.
Precisamos entender que toda a Bíblia
é a Palavra de Deus, mas só podemos abrir o Antigo Testamento se tivermos a
chave do Novo Testamento. O Velho Testamento aponta para a Lei, enquanto o Novo
Testamento aponta para a Graça.
Portanto, não misture as duas
alianças. Jesus disse que não podemos colocar o novo vinho (Graça), em odres
velhos (Lei), pois certamente ele irá fermentar e os dois serão perdidos.
1. Porque era necessário que Deus fizesse uma Nova Aliança?
2. Qual a diferença entre Lei e Graça?
Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer
Discípulos. Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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