terça-feira, 15 de agosto de 2023

Carta Pastoral 234 - Firmarei Nova Aliança

Carta pastoral – Agosto de 2023 – ano V

Série “Na Lente da Graça”

“Firmarei Nova Aliança”

Textos para ler: Jeremias 31.31; Hebreus 7.22

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A Antiga Aliança não era suficiente, pois dependia do desempenho das pessoas, e como elas eram imperfeitas e não conseguiam obedecer à Lei com perfeição o tempo todo, ela não poderia funcionar, e não funcionou. Por causa do pecado de Adão, o homem tinha uma natureza pecaminosa e, sendo assim, mesmo o melhor dos homens, nunca conseguiu cumprir as condições da Lei. Contudo, da mesma forma que a Antiga Aliança dependia do homem, a Nova Aliança depende de Cristo. Ele é o responsável e o fiador de uma aliança superior. Deus se comprometeu conosco, e a garantia dessa aliança de amor não é o nosso desempenho, mas Aquele que é o nosso representante e sua obra consumada na Cruz. Assim, devemos, de uma vez por todas, parar de nos relacionarmos com Deus baseados em nosso desempenho.

Entre as multiformes faces do caráter do Senhor reveladas a nós, a Bíblia nos mostra que Ele também é um Deus de alianças. E, da primeira à última linha das Escrituras, elas estão presentes. Desde o sopro de vida, que tornou o homem alma vivente, passando pelo olhar fixo de Abraão, enquanto era desafiado a contar as estrelas do céu, o Criador fez alianças com o seu povo através dos anos, desde o princípio até os dias de hoje, e é através delas que Ele também se relaciona conosco.

Uma aliança é um compromisso que une duas partes. Dessa forma estamos ligados a Deus não por um contrato, mas por uma aliança. Num contrato, as partes negociam entre si até chegarem acordo que, então, torna-se um compromisso; numa aliança, não há negociação: a parte mais forte oferece tudo o que é e possui à parte mais fraca, que pode aceitá-la ou rejeitá-la.

Ao falar sobre aliança, a Bíblia coloca o foco nas duas maiores: a Antiga e a Nova. Além de tocarem em cada mínimo aspecto da nossa vida até hoje, elas também são as que mais são mal interpretadas por muitos cristãos. E, por muitos não conseguirem compreendê-las e vivê-las em sua plenitude, uma grande mistura pode ser percebida na forma como se relacionam com Deus.

Eles creem que foram salvos pela Graça, mas ainda se relacionam tendo como base a Lei do Merecimento. E, por esse motivo, a vida cristã, que deveria ser algo abundante e feliz, se torna um fardo pesado e difícil de carregar.

A confusão causada pela mistura das alianças também se deve àqueles que pregam a lei do Antigo Testamento tentando equilibrar a Graça. Entenda: não estou dizendo que ele não faz parte da Palavra de Deus, entretanto, o Antigo Testamento deve ser ensinado para falar de Cristo como sombra enquanto, no Novo Testamento, pregamos Cristo como realidade.

Precisamos entender que toda a Bíblia é a Palavra de Deus, mas só podemos abrir o Antigo Testamento se tivermos a chave do Novo Testamento. O Velho Testamento aponta para a Lei, enquanto o Novo Testamento aponta para a Graça.

Portanto, não misture as duas alianças. Jesus disse que não podemos colocar o novo vinho (Graça), em odres velhos (Lei), pois certamente ele irá fermentar e os dois serão perdidos.

1.     Porque era necessário que Deus fizesse uma Nova Aliança?

2.     Qual a diferença entre Lei e Graça?

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

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