segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Carta Pastoral 236 - A nossa parte é CRER

Carta pastoral – Agosto de 2023 – ano V

Série “Na Lente da Graça”

“A nossa parte é CRER”

Textos para ler: Ex 6.7; Jr 31.34                    

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Deus mesmo cumprirá todas as cláusulas estabelecidas na Nova Aliança; então, qual é a parte do homem nessa história? Ele não precisa fazer coisa alguma, apenas CRER. O justo viverá pela fé. Na última semana, meditamos na primeira cláusula: Ele diz que vai escrever suas leis em nosso coração; hoje, nós temos no nosso coração o desejo de fazer a sua vontade. Agora, precisamos meditar nas outras três cláusulas da Nova Aliança!

1.     Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo - Esta é uma afirmação poderosa, pois, se estivermos doentes, Ele será o nosso Deus e nós teremos a cura; se estivermos necessitados, Ele será o nosso Deus e nós teremos plena provisão. Se Deus é o seu Deus, Aquele que veio em carne e abriu os olhos dos cegos, purificou leprosos, ressuscitou mortos... você será completamente suprido(a). Na Antiga Aliança, mesmo sendo o Deus deles, o povo tinha que ficar distante. Na Nova Aliança, estamos mais do que próximos: temos esse Deus residente habitando dentro de nós, e Ele é tudo aquilo que precisamos! Se você tem uma montanha de dívidas, o Cristo que multiplicou pães e peixes multiplicará as suas finanças; se você está perturbado e não consegue dormir a noite, o Cristo que é o Príncipe da Paz te envolverá! Na Antiga Aliança, pregamos o que o pecador tem que fazer para Deus, mas na Nova Aliança pregamos o que o Salvador quer fazer por eles. Mas, não há o que devemos fazer? Sim: CRER. O que o Salvador espera é que você apenas creia nele.

2.     Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, dizendo: "Conhece ao Senhor” – Assim, na Nova Aliança, não precisamos conhecer o nosso Pai através de outros, pois todos o conhecerão intimamente. O conhecimento de Deus que temos acesso hoje é intuitivo, está dentro de nós, no espírito. Não importa se somos jovens ou velhos, cultos ou iletrados, todos podemos conhecer a Deus, pois esse conhecimento é espiritual. Talvez, alguns irmãos novos na fé ainda não consigam transmitir o conhecimento que possuem no espírito para a mente, mas, com o tempo, eles conseguirão. Todos nós conhecemos, até mesmo um novo convertido, dentro dele, no espírito, já conhece. O cristianismo tem essa característica extraordinária: não precisamos de nenhum treinamento para perceber Deus e senti-lo, porque todos nós já o conhecemos.

3.     Dos seus pecados jamais me lembrarei - Esta cláusula faz todas as anteriores acontecerem. É isso que precisa ser anunciado ao corpo de Cristo: através da morte de Jesus, Deus não nos trata mais como na Antiga Aliança. Nela, além de não esquecer o pecado, Ele diz que o visitaria até a terceira e quarta geração. Mas, graças a Jesus Cristo, em que temos uma Nova Aliança, Ele diz que não lembrará nunca mais dos nossos pecados! Deus não trata os seus filhos de acordo com o pecado, pois para aquele que crê na obra de seu Filho primogênito, o pecado não é mais um problema. Todos os heróis da fé de Hebreus 11 cometeram grandes falhas; no entanto, todas as conquistas deles são mencionadas no texto, mas os pecados não. Por quê? Porque os céus não registram os pecados dos crentes da Nova Aliança.

É maravilhoso estar na presença de alguém que não se lembra dos seus erros, das suas falhas e dos seus pecados, não é? Deus é assim. Ele não registra os seus erros, porque isso foi mudado pelo sangue de Jesus. A única forma de cair em maldição na Nova Aliança é não acreditando que os seus pecados estão perdoados. Por isso, nunca se esqueça: Deus não te trata com base nos seus erros, mas nos acertos do Filho Dele.

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Carta Pastoral 235 - De dentro para fora

Carta pastoral – Agosto de 2023 – ano V

Série “Na Lente da Graça”

“De dentro para fora” 

Textos para ler: Hebreus 8. 7-12

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

É preciso lembrar que a Nova Aliança foi estabelecida por Jesus há mais de dois mil anos. Assim, você e eu já nascemos inseridos na Nova Aliança, não em uma fase de transição. Porém, igrejas que ainda não entendem esse conceito fazem com que as pessoas vivam com um pé na Nova Aliança e o outro na Antiga. Nesse texto, o autor de Hebreus está descrevendo as cláusulas da Nova Aliança, e é interessante notar que o próprio Deus diz que a Antiga Aliança tinha defeito, porque o seu povo é imperfeito e não conseguiria cumpri-la. Agora, Deus estabeleceu uma Nova Aliança, e Ele mesmo diz que cumprirá todas as exigências dela, e não haverá condições impostas ao seu povo a não ser crer e receber.

Imagine que você tem um filho que não suporta comer brócolis, e só come quando é obrigado ou ameaçado. Agora, imagine também que você tem o poder de colocar dentro do seu filho o desejo e prazer por comer brócolis. Deus tem esse poder.

Na Antiga Aliança, Ele dizia: "Comerás brócolis. Se não comer, apanharás". O que a Lei faz? No máximo, nos obriga a comer. Mas, por dentro, algo mudou? Não, apenas comemos, para não sermos amaldiçoados. Já na Nova Aliança, o Senhor mudou a história; não é mais apenas uma questão de comer por obrigação, mas, dentro de nós, passa a nascer um desejo real por aquilo. Agora, eu pergunto: uma vez que você tem o desejo dentro de si, se importará com o mandamento "comerás brócolis"? Ele continua existindo, mas não comemos porque é uma ordenança, e sim, porque gostamos e temos prazer.

Na Antiga Aliança, o homem fazia as coisas por obrigação; na Nova Aliança, Deus imprimiu em nosso coração a sua vontade. Na Antiga Aliança, não matamos porque a Lei proíbe; na Nova Aliança, não matamos porque essa não é mais a nossa natureza, que agora é a natureza do amor. Deus não precisa nos proibir de roubar, Ele já colocou dentro de nós a generosidade; hoje, a vontade de Deus, a sua Lei, é parte da nossa natureza, e apenas devemos viver de acordo com ela.

A Antiga Aliança apenas educa, domestica, adestra, mas a Nova Aliança nos transforma de dentro para fora, mudando verdadeiramente a nossa identidade e natureza. Você não deve nem por um instante pensar que hoje obedecemos a Deus baseados na obrigação, ou por medo da punição: nós obedecemos porque temos um novo coração. O problema da Lei é que ela não muda o interior, apenas toca a aparência, e Deus não quer que sejamos mudados apenas por fora, Ele quer filhos transformados em sua natureza.

Neste novo pacto, a obediência é um fruto e não a raiz. A raiz é a fé, e porque cremos corretamente, obedecemos. O nosso prazer é agradar o nosso Pai. E, além da sua vontade não ser pesada, Ele mesmo nos capacita com a sua graça a fazer aquilo que Ele nos chamou para fazer.

1.     O que significa ter a Lei de Deus escrita no coração?

2.     Como nosso comportamento é afetado quando vivemos debaixo da Nova Aliança?

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Carta Pastoral 234 - Firmarei Nova Aliança

Carta pastoral – Agosto de 2023 – ano V

Série “Na Lente da Graça”

“Firmarei Nova Aliança”

Textos para ler: Jeremias 31.31; Hebreus 7.22

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A Antiga Aliança não era suficiente, pois dependia do desempenho das pessoas, e como elas eram imperfeitas e não conseguiam obedecer à Lei com perfeição o tempo todo, ela não poderia funcionar, e não funcionou. Por causa do pecado de Adão, o homem tinha uma natureza pecaminosa e, sendo assim, mesmo o melhor dos homens, nunca conseguiu cumprir as condições da Lei. Contudo, da mesma forma que a Antiga Aliança dependia do homem, a Nova Aliança depende de Cristo. Ele é o responsável e o fiador de uma aliança superior. Deus se comprometeu conosco, e a garantia dessa aliança de amor não é o nosso desempenho, mas Aquele que é o nosso representante e sua obra consumada na Cruz. Assim, devemos, de uma vez por todas, parar de nos relacionarmos com Deus baseados em nosso desempenho.

Entre as multiformes faces do caráter do Senhor reveladas a nós, a Bíblia nos mostra que Ele também é um Deus de alianças. E, da primeira à última linha das Escrituras, elas estão presentes. Desde o sopro de vida, que tornou o homem alma vivente, passando pelo olhar fixo de Abraão, enquanto era desafiado a contar as estrelas do céu, o Criador fez alianças com o seu povo através dos anos, desde o princípio até os dias de hoje, e é através delas que Ele também se relaciona conosco.

Uma aliança é um compromisso que une duas partes. Dessa forma estamos ligados a Deus não por um contrato, mas por uma aliança. Num contrato, as partes negociam entre si até chegarem acordo que, então, torna-se um compromisso; numa aliança, não há negociação: a parte mais forte oferece tudo o que é e possui à parte mais fraca, que pode aceitá-la ou rejeitá-la.

Ao falar sobre aliança, a Bíblia coloca o foco nas duas maiores: a Antiga e a Nova. Além de tocarem em cada mínimo aspecto da nossa vida até hoje, elas também são as que mais são mal interpretadas por muitos cristãos. E, por muitos não conseguirem compreendê-las e vivê-las em sua plenitude, uma grande mistura pode ser percebida na forma como se relacionam com Deus.

Eles creem que foram salvos pela Graça, mas ainda se relacionam tendo como base a Lei do Merecimento. E, por esse motivo, a vida cristã, que deveria ser algo abundante e feliz, se torna um fardo pesado e difícil de carregar.

A confusão causada pela mistura das alianças também se deve àqueles que pregam a lei do Antigo Testamento tentando equilibrar a Graça. Entenda: não estou dizendo que ele não faz parte da Palavra de Deus, entretanto, o Antigo Testamento deve ser ensinado para falar de Cristo como sombra enquanto, no Novo Testamento, pregamos Cristo como realidade.

Precisamos entender que toda a Bíblia é a Palavra de Deus, mas só podemos abrir o Antigo Testamento se tivermos a chave do Novo Testamento. O Velho Testamento aponta para a Lei, enquanto o Novo Testamento aponta para a Graça.

Portanto, não misture as duas alianças. Jesus disse que não podemos colocar o novo vinho (Graça), em odres velhos (Lei), pois certamente ele irá fermentar e os dois serão perdidos.

1.     Porque era necessário que Deus fizesse uma Nova Aliança?

2.     Qual a diferença entre Lei e Graça?

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Carta Pastoral 233 - A Presente Verdade

Carta pastoral – Agosto de 2023 – ano V

Série “Na Lente da Graça”

“A Presente Verdade”

Texto para ler: 2Pe 1.12

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

"Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade"

O apóstolo Pedro afirma estar sempre pronto para lembrar aos irmãos a verdade atual, para que nela eles sejam confirmados. O interesse de Pedro não era pregar temas ou assuntos diferentes, e sim, lembrar, ensinar e exortar o tempo todo a respeito da presente verdade.

O apóstolo Paulo, da mesma forma, também não tinha vergonha de escrever a respeito das mesmas coisas, pois sabia que isso representa segurança e proteção espiritual. Fl 3.1

Existe uma verdade presente, e Pedro diz que devemos estar firmados e confirmados nela. A verdade do passado foi atual em algum momento, mas agora não é mais. Hoje, existe uma verdade que é presente, e é nela que devemos estar firmados.

Conforme nos foi escrito, a Lei foi dada por meio de Moisés, mas mil e quinhentos anos depois, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo!"

Dessa forma, a presente verdade a que Pedro se refere é a Nova Aliança. Durante muitos anos, os profetas foram levantados para pregar a respeito do problema de ignorar a Lei e quebrá-la; eles anunciavam toda maldição que isso traria porque essa era a verdade atual naquele momento. Mas, quando Cristo veio mudou-se a dispensação e recebemos uma nova verdade atual!

No entanto, o problema é que somos seduzidos ainda por verdades que, apesar de bíblicas, não são mais do presente, verdades que não são para agora, não são atuais. É possível vivermos na Nova Aliança com a mentalidade da Antiga Aliança, e isso gera uma série de problemas espirituais.

Por isso, para começar essa jornada com você, minha primeira pergunta para reflexão é: você conhece os fundamentos da Nova Aliança? Você está firmado na presente verdade? É isso que buscaremos fazer juntos ao longo dessas semanas. Desfrute desse tempo com o coração aberto para questionar, aprender, reaprender e absorver as verdades do Espírito para esse ano. Meu desejo é que todos sejamos edificados e firmados na presente verdade que encontramos em Cristo, e nela tenhamos a fonte da alegria e satisfação da nossa vida.

·       Qual expressão Pedro usou para descrever a mensagem de Deus para sua geração?

·       Você está firmado na presente verdade?

PENSE SOBRE ISSO

A presente verdade a que Pedro se refere é a Nova Aliança. Durante muitos anos os profetas foram levantados para pregar a respeito do problema de ignorar a lei e quebrá-la. Eles anunciavam toda maldição que isso traria porque essa era a verdade atual naquele momento. Mas quando Cristo veio, mudou-se a dispensação e recebemos uma nova verdade atual. O problema é que somos seduzidos ainda por verdades que, apesar de bíblicas, não são do presente, verdades que não são para agora, não são atuais.

Ore para que por meio da Sua graça Deus te conduza a viver firmado na presente verdade.

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

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