Carta pastoral – Outubro de 2020 – ano V – 162
Série: “Jornada 12 em 4”
“Paixão pela Volta de Jesus”
Texto para ler: Mateus 24.6-8; Romanos 13.11-14
Você está ciente do
tempo em que estamos vivendo?
Como está sua vida
cristã: estagnada e adormecida ou em uma busca intensa pelos valores do Reino
de Deus?
Você tem estado comprometido com práticas que não estão de
acordo com o caráter de Jesus ou tem vivido na luz?
Muitos
acontecimentos que têm marcado o início do presente século, podem fazer-nos
crer que estamos vivendo os chamados últimos dias.
A orientação dada por Jesus
para seus discípulos tendo em vista “guerras e rumores de guerras”, “nação contra
nação, reino contra reino” e “terremotos e pestes” é: – Não se assustem!
Certamente isso irá acontecer, pois é necessário que assim seja. Isso,
entretanto, não significa que o fim do mundo chegou.
Quanto ao tempo, Jesus disse
que ele mesmo desconhece o dia e a hora, estando esse conhecimento restrito a
Deus Pai Mc 13.32,33. Até aqui, temos bons motivos para não ficarmos
alarmados e preocupados com os acontecimentos apocalípticos. Todas essas razões
poderiam ser resumidas em uma só: não é certo quando Cristo voltará. Apesar de
a Bíblia falar de fatos que sinalizarão e apontarão para essa volta, não é
possível prever com precisão quando ela se dará. A única certeza que podemos
ter é que “o momento de sermos salvos está mais perto agora do que quando
começamos a crer” Rm 13.11. Assim, os últimos dias, ao invés de
provocar medo, devem gerar uma tomada de atitude.
Uma das preocupações que o
cristão deveria ter, não é com quando acontecerá a volta de Cristo, mas, sim,
em viver uma vida segundo os padrões do Reino que já está presente e que há de
vir em plenitude. É sobre isso que Paulo fala em Romanos 13.11-14, o que iremos
refletir hoje.
Paulo
inicia esse texto dizendo que os cristãos romanos conheciam o tempo em que
estavam vivendo. Que tempo era esse?
1.
A salvação está cada vez mais perto Rm
13.11. Diz respeito ao momento da salvação futura estar cada vez mais
próximo na medida em que o tempo passa. Essa salvação futura refere-se à
glorificação a ser experimentada pelos cristãos na volta de Cristo. A Bíblia
diz que os mortos em Cristo serão ressuscitados e ganharão um corpo livre do
pecado e da possibilidade de corrupção. Os cristãos que estiverem vivos serão
arrebatados e também receberão esse corpo glorificado 1Ts 4.16,17; 1Co
15.35-58. Certamente, a cada dia que passa, nos aproximamos ainda mais
disso.
2.
O Noite está findando e o Dia chegando Rm
13.12. Nessa frase, Paulo
utiliza-se de uma metáfora para afirmar esse entendimento. Assim como a noite
(marcada pelas trevas) antecede o dia (iluminado pelo sol), havendo, durante a
noite, uma certeza e expectativa pela chegada do dia, assim também, a história
humana, manchada pelo pecado, está para dar lugar a uma época de plenitude do
Reino de Deus entre os homens. Por mais que Cristo não tenha voltado
conforme as expectativas dos primeiros cristãos e de outros ao longo do tempo,
com isso em mente, Paulo fez importantes exortações, as quais têm grande
relevância para nós hoje. O apóstolo chama os romanos (e também a nós) a se
despertarem do sono. – Acordem e estejam alerta para o fato de que estamos cada
vez mais próximos da volta do Senhor. Essa chamada tem o objetivo de fazer com
que os cristãos abandonem uma atitude de comodismo, passividade e sonolência
quanto à vida cristã e assumam uma postura de mudança, ação e santidade. Para
Paulo, os discípulos não deveriam ficar adormecidos e estagnados em um padrão
de vida que ainda não estava perfeitamente de acordo com os valores do Reino. A
busca por santidade deveria ser uma constante em suas vidas. Se
os cristãos serão os cidadãos do Reino que há de vir em plenitude, o qual é
comparado ao dia, eles devem abandonar o que compete às trevas, ou pecado, e se
apropriarem do que diz respeito à luz, ou seja, uma vida digna do Reino e de
seu Senhor.
Viver na luz é não agir conforme o padrão do mundo (o que é
vergonhoso e desonroso), mas procurar viver segundo o modelo de Cristo.
A
volta de Cristo e os últimos dias não devem provocar em nós temor e
preocupação, mas, sim, uma busca mais intensa por uma vida conforme os valores
do Reino de Deus. Devemos estar atentos ao tempo em que estamos vivendo e nos
despertar para uma vida de mais seriedade e compromisso com o Senhor.
Em Cristo Jesus, esperança da Glória.
Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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