Carta pastoral – Novembro
de 2019 – ano IV – 147
“As visões de um cego”
Texto para ler Mc 10.46-52
Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua
vida e sua família.
Quem nunca se deparou com alguém deficiente que tenha a habilidade de fazer
coisas melhor que outro sem deficiência.
Quando olhamos o cego Bartimeu, e
fazemos uma reflexão do texto bíblico, percebemos que ele teve visões antes
mesmo de ser curado por Jesus. E essas visões que teve, talvez falte em nós
para que sejamos abençoados por Deus.
1. A visão sincera e
real de quem ele era e de sua situação. O fato de Bartimeu estar à beira do
caminho na entrada da cidade mostra que ele tinha o entendimento que precisava
de ajuda e que tinha de estar onde alguém o pudesse ajudar. Quantos não têm a
capacidade de se enxergar, de ver sua necessidade e buscar ajuda. Enganam a si
próprio e tentam maquiar sua real condição.
2. A visão do ele
tinha a seu favor. Bartimeu conseguia “enxergar” o potencial que tinha nos ouvidos e na
boca e usou seu potencial para ir em busca do milagre. Ele ouviu falar de Jesus
e o gritou quando estava passando. O que você tem a seu favor? Qual potencial você
precisa usar para alcançar o milagre?
3. A visão exata de
quem era Jesus. O cego conseguiu ver o que os doutores da lei não viam – que Jesus era
o Messias prometido, a raiz de Jessé. Ele não via a Jesus apenas como um
milagreiro qualquer, mas como o enviado por Deus e prometido desde os tempos
antigos pelos profetas. A visão que temos de Jesus, interfere na relação que
temos com Ele. Como temos visto Jesus?
4. A visão de que sua
necessidade era maior que as adversidades. Bartimeu gritou por Jesus mesmo que
as pessoas que estavam
à sua volta tentavam o impedir, mandando que se calasse. Ele tinha a visão de sua necessidade era maior que as dificuldades. Ele estava focado no ele precisava e não no que os outros pensavam a seu respeito. A preocupação com as dificuldades tem impedido muitos de alcançar o que Deus tem para realizar em sua vida.
à sua volta tentavam o impedir, mandando que se calasse. Ele tinha a visão de sua necessidade era maior que as dificuldades. Ele estava focado no ele precisava e não no que os outros pensavam a seu respeito. A preocupação com as dificuldades tem impedido muitos de alcançar o que Deus tem para realizar em sua vida.
5. A visão do que era
prioridade. Ao ouvir que agora era Jesus quem o chamava, Bartimeu não continuou
prostrado, ele sabia que para alcançar o milagre, era preciso se levantar e
abandonar o que lhe prendia na vida de miséria. Ele tinha a visão do que era
prioridade naquele momento. Quantos querem receber de Jesus o milagre, mas
ainda não entenderam que a prioridade é se levantar e abandonar o que lhe
prende no passado para viver coisas novas.
6. A visão do que era
a sua necessidade. A pergunta de Jesus ao cego tem o propósito de nos ensinar que
precisamos ter foco naquilo que buscamos. Se Jesus te perguntasse agora – Que
queres que eu te faça? Qual seria a sua resposta? Você pediria algo que é
necessário ou algo supérfluo, algo para atender algum capricho? Quantos estão
em busca de vaidades como bens materiais enquanto não têm a certeza da
salvação, ou que a família está perecendo.
7. A visão do era
essencial. Imagine comigo, alguém que não enxergava e agora recupera as vistas
por um milagre! Quantas coisas para ver, para conquistar, recuperar o tempo
perdido. Mas para Bartimeu, o essencial era seguir a Jesus pelo caminho. Melhor
que o milagre, era o dono do milagre. Conheço muitos que por causa do milagre,
perderam o dono dele. Se afastaram de Jesus depois que conquistaram a benção. Precisamos
entender que seguir a Jesus é a maior riqueza que pode existir. Nenhuma cura se
compara à grandeza de saber que você caminha com Jesus ao seu lado.
De fato, precisamos
ter a visão que o cego teve para viver os propósitos de Deus em nossa vida. Que
o Senhor possa abrir nossa visão para a realidade do que somos e do que temos a
fim de que sejamos instrumentos em suas mãos para sua Glória!
Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio