segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Carta Pastoral 138 - O propósito é crescer e amadurecer


Carta pastoral – Agosto de 2019 – ano IV – 138



O propósito é crescer e amadurecer





Texto para ler Ef 4.10-16.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Se há algo bem notório na igreja é a diversidade. O corpo de Cristo é constituído por membros, que por sua vez são dotados de dons. Mas com que propósito? Vimos neste texto de Efésios que o próprio Cristo distribuiu dons à igreja “com vista (com a intenção, com o propósito) ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”. Os dons que recebemos tem o propósito de nos aperfeiçoar para servirmos ao corpo com a finalidade de edifica-lo. “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13).

Ser aperfeiçoado é ser maduro, e ser maduro é:

1)     Conhecer a vontade de Deus pra nós no exercício do nosso serviço ao corpo. (Ef 4.12) É interessante perceber que os nossos dons são instrumentos de Cristo, o cabeça do corpo, para edificar o corpo, mas também de aperfeiçoar, amadurecer cada um dos seus membros mediante seu próprio serviço ao corpo. Glória a Deus! Cristo conheceu a vontade do Pai para Ele, para o seu ministério. (Hebreus 4.14-16)

Ele foi o sumo sacerdote que ofereceu e foi oferecido como oferta agradável a Deus e nos deu livre acesso ao trono da graça, para recebermos misericórdia afim de que nossos pecados fossem perdoados.

2)     Seguir a verdade em amor. (Ef. 4.13) Ter prazer na lei do Senhor, meditar nela dia e noite afim de que sejamos bem nutridos e regados, para que não sejamos levados por nenhum vento de doutrina (Salmo1.1-3). E pela prática da Palavra tenhamos discernimento do bem e do mal (Hebreus 5.13 e 14).

3)     Viver em comunhão desfrutando da unidade. (Ef. 4.15 e 16) Em I Coríntios 3.11, Paulo considera as dissensões como sinal de imaturidade cristã. Ele considera a igreja de Corinto como uma igreja que não conseguia amadurecer, uma igreja que se alimentava de leite, pois não sabia se relacionar com todos. Se relacionavam apenas com quem possuía “afinidades”. “Eu sou de Paulo! Eu sou de Apolo!” Não entendiam que todos cooperavam para o crescimento da Igreja.

Conclusão

Que venhamos a crescer para deixarmos os rudimentos da fé para que nos sejam reveladas “coisas grandes e ocultas” que ainda não conhecemos.

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Carta Pastoral 137 - O encontro com o Grande EU SOU


Carta pastoral – Agosto de 2019 – ano IV – 137

“O encontro com o Grande EU SOU”




Texto para ler Ex 3.7-14.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Quando vemos Moisés se sentindo pequeno diante da missão dada por Deus a ele, não dá pra imaginar que se tornaria o grande líder que se tornou à frente. Na verdade, se sentir pequeno diante do que Deus nos delega a fazer é a realidade de todos nós, pois Deus sempre nos dará uma missão maior que a nossa capacidade, pois a suficiência reside nEle e não em nós.

Diante de um início de vida tão difícil como teve Moisés, achar justificativas para não aceitar a missão era mais que natural, mas o encontro com o Senhor trouxe algumas revelações que mudaram radicalmente sua vida. As experiencias vividas por Moises nesse encontro revelaram a ele quem era o Deus que o estava chamando para a missão.

1.    A sarça que ardia e não se consumia Ex 3.2-3. A primeira experiência que impacta Moises foi a visão de uma sarça que ardia em chamas, mas o fogo não a consumia. Sarça é um tipo espinheiro do deserto, era algo que Moises convivia a quarenta anos em que pastoreava o rebanho de seu sogro. Mas aquela cena atraiu a atenção de Moises. O que na verdade ele via era sua própria imagem e uma mensagem de Deus ao seu coração. “Essa sarça é você Moises! Todos fogem de você, mas quando meu fogo arder em sua vida, todos irão em sua direção, serão atraídos a você”. Que verdade poderosa para nós hoje! Se tivermos o fogo de Deus ardendo em nós, atrairemos as multidões, os perdidos, os oprimidos até nós que os conduziremos a Cristo. Que possamos permitir que esse fogo arda em nossa vida!

2.    Tire as sandálias de teus pés Ex 3.4-5. Quando Moises vai em direção à sarça, é surpreendido com a voz Senhor lhe dizendo que não podia se aproximar daquele jeito, era preciso tirar as sandálias. Começava ali o tratamento de Deus em sua vida, pois a visão que Moises tinha de Deus era a que recebera no Egito. Ele cresceu vendo um povo profano adorar seus deuses, mas agora ele é impactado com o Deus verdadeiro que não aceita que se chegue diante dEle de qualquer maneira, pois Ele é santo. Deus mostra pra Moises e para nós, qual é o nível de relacionamento quer manter conosco. A grande tragédia na vida de muitos, é não compreender essa verdade. Querem estar e fazer a obra do Senhor sem tirarem a sujeira de seu passado de pecado. Deus enviou seu Filho Jesus Cristo para nos purificar de todo o pecado e nos colocar diante dEle em santidade.

3.    O bordão que se transforma em serpente Ex 4.2-4. Outra experiência surpreendente foi o bordão que se transformou em serpente quando Moises lançou no chão. Bordão simboliza ministério, chamado, e ele precisa estar na mão, em atividade, pois se abrirmos mão dele, se transforma em perigo e tormenta para nós. Quantos que lançaram o ministério no chão e hoje estão sendo perseguidos pelo inimigo. Mas o Senhor mandou Moises pegar a serpente pela cauda e quando ele pegou, se tornou em bordão novamente. Isso mostra que retomar o ministério é difícil como pegar uma cobra pela cauda, mas tem que ter coragem. Então! Está disposto a reassumir seu chamado?

4.    Mete a mão no peito Ex 4.6-7. Por fim, Deus manda Moises meter a mão peito, e quando ele tira a mão, estava leprosa. Deus estava mostrando a Moises que precisamos sempre olhar para dentro de nós e ver o quanto somos pecadores e carecemos de sua Graça. Mas Ele manda Moises meter a mão no peito novamente, pois a vida com Ele é uma vida de nova chance. Em Deus, sempre temos a oportunidade de recomeçar.

A cada manhã, as misericórdias do Senhor se renovam sobre nós e temos a oportunidade de começar a missão que Ele nos confiou. Que as experiências de Moises possam ser úteis para sermos bem-sucedidos no ministério que o Senhor nos deu assim como ele foi.

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!
                                                                          Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Carta Patoral 136 - A perda da alma


                                                                                Carta pastoral – Agosto de 2019 – ano IV – 136

“A perda da alma”



Texto para ler Mt 16.26.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

O Senhor nos conduz a refletir sobre esta afirmação de Jesus de uma maneira mais abrangente, pois de alguma maneira nós estamos no encargo de “ganhar o mundo”, ainda que seja de maneira errada. Existem três aspectos diferentes de ganhar, em qual estamos inseridos?

·        Ganhar por possessão – há aqueles que querem ganhar para TER, possuir, pra guardar, seja material, afetivo ou espiritual. O que ganha é só seu, o prazer não está no processo da conquista, mas em saber que tem algo guardado, acumulado.

·        Ganhar por concorrência – há aqueles que querem ganhar para concorrer com outro, pra mostrar que tem mais que o outro, que é melhor que o outro. Seu foco não está no que ganha, mas no que outro tem, para ter melhor do que ele.

·        Ganhar por conquista – mas há aqueles que querem ganhar pra conquistar, pra vencer, pra ser abençoado. Entenderam que em Cristo somos mais que vencedores, e que nasceu pra ganhar.

Em qual destes aspectos você se identifica? Medite sobre isso!

Outro fator que Jesus nos chama a atenção é o preço que se paga por ganhar o mundo. Ele vai dizer que não adianta nada ganhar o mundo todo e perder a alma.

Quando falamos em perder a alma, entendemos que se trata de perder a salvação, perder o direito de morar nas mansões celestiais com o Senhor. Mas podemos sugerir que também se perde a alma no aspecto presente e no sentido mais literal da palavra alma.

Alma é o centro do nosso ser, onde se concentra nossos pensamentos, vontades e emoções. E muitos na busca por ganhar o mundo, estão perdendo justamente essas funcionalidades.

·      Pensamento – é preocupante o quanto estamos perdendo a capacidade de pensar, de criar, de inovar, de inventar, de raciocinar. Estamos nos tornando apenas consumidores do que um grupo pequeno cria. Até a música evangélica brasileira está empobrecendo de compositores. A meditação e estudo da Palavra perdeu espaço para as mensagens motivacionais da internet (muitas vezes de pessoas sem referência). Deus nos deu uma mente capaz de pensar, de aprender com Ele e ser um instrumento nas mãos dEle.

·      Vontade – outra ação que está se perdendo é a vontade. As pessoas estão dominadas pela fadiga e o cansaço de tal maneira que perderam o estímulo e a atitude. Só fazem o que são obrigadas a fazer ou se alguém as “empurrar”. Quantos só vão no GCEU ou no culto se alguém insistir. Na verdade, suas vontades estão mal direcionadas, pois quando se trata de coisas supérfluas, dedicam todo empenho e esforço. Precisamos ter atitude para conquistar, nos erguer e fazer a obra do Senhor.

·      Emoções – e por fim, a maior de todas as perdas da alma; a emoção. Nós somos seres humanos que temos (e precisamos ter) sentimentos. Sentimos saudade, tristeza, alegria, aborrecimento, medo, paixão etc. Estes sentimentos precisam estar bem dosados em nós, mas o que não podemos é ignorá-los nem os reprimir. A busca por ganhar o mundo não pode nos roubar a alegria da vida, o prazer de estar ao lado de quem amamos. A vida não é só pagar boletos e cumprir horários. Somos gente que precisa se emocionar com as coisas da vida; vibrar, festejar, perder, ganhar, sorrir, chorar, mas acima de tudo, VIVER.

Que possamos recuperar nossa alma em todos os sentidos da palavra e prosseguir conquistando o mundo para Cristo.

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Carta Pastoral 135 - O cantico de Moisés


Carta pastoral – Agosto de 2019 – ano IV – 135


“O cântico de Moisés”
Texto para ler Salmos 90.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Se a sua jornada fosse descrita em uma música, como seria essa música?

O salmo noventa é uma canção de Moisés e descreve um pouco da sua visão do mundo e de sua relação com Deus. Mas ao contrário daquilo que poderíamos sugerir, nela, ele não exalta os seus feitos e conquistas, mas se coloca na sua condição pobre mortal e engrandece à Deus como soberano Senhor.

São muitos os pontos que poderíamos destacar deste texto que nos traz revelação, mas vamos nos ater em apenas alguns:

1.    Precisamos ter uma visão mais abrangente da ação de Deus vs 1. Moises inicia sua canção declarando o cuidado de Deus de geração em geração, ou seja, muito antes dele existir, Deus já estava agindo em seu favor na vida de seus antepassados. Por vezes, só temos a visão de Deus por aquilo que estamos vivendo no momento e esquecemos do que Ele já fez por nós no passado, coisas que nem mesmo sabemos.

2.    Precisamos nos atentar para a brevidade da vida vs 3-10. A vida é muito breve e precisamos viver de modo que o nosso tempo seja mais objetivo. Como perdemos o precioso tempo de nossas vidas em coisas fúteis, improdutivas e destrutivas. Que possamos dedicar a nossa vida em fazer a vontade do Senhor e estar ao lado de pessoas especiais que o Ele nos presenteou. Não existe nada melhor do que adorar ao Senhor, ouvir a voz do Senhor, abraçar pessoas, conversar, trocar experiencias de vida, mas infelizmente, o tempo de vida de muitos está descendo pelo ralo da internet, da mágoa e da ganancia.

3.    Precisamos entender que nada está oculto diante dos olhos do Senhor vs 8. As vezes nos comportamos como se pudéssemos esconder nossos atos de alguém. Por mais que ocultemos por um tempo do homem, de Deus nada podemos ocultar. Ele vê todas as coisas, sabe todas as coisas, conhece até as intenções do nosso coração. Esse fato muda de forma significativa a nossa vida, pois diante disso, a nossa conduta deve ser a mais correta e transparente possível, sabendo que não vale a pena querer esconder erros, pois nada ficará oculto sem que seja revelado.

4.    Precisamos estar dispostos a aprender constantemente vs 12. Moises, ainda na sua velhice estava disposto a aprender. Todos nós temos algo a aprender com alguém. Não podemos achar que já sabemos demais ou que pelo fato de termos alguns diplomas, o que não tem, não possa nos ensinar alguma coisa. Há uma distinção entre conhecimento e sabedoria; conhecimento é o resultado de estudo e esforço, sabedoria é fruto de uma caminhada cheia de obstáculos que foram superados. Quando vimos para o GCEU, temos que ter um coração ensinável, temos que ter humildade para ouvir o irmão e aprender o que Deus está nos ensinando através da vida dele.

Assim como Moisés, que a canção da nossa vida seja uma canção onde Deus é centro e nós apenas seus servos dispostos a fazer a sua vontade.  

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

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