Carta
pastoral – Novembro de 2018 – ano III – 112
Série
“Fundamentos da nossa Fé”
“Jesus
Cristo, Deus e homem”
Textos
para ler: Fl 2.5-11.
Queridos
e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Às vezes, quando enfrentamos dificuldades, temos a tendência
de dizer: “ninguém entende como me sinto!”. No fundo, todos nós ansiamos por alguém que nos
compreenda, que saiba como nos sentimos e que nunca nos abandone nos momentos
difíceis.
Quando Jesus deixou a glória do céu para nascer em uma manjedoura
e viver como ser humano, de que ele abriu mão?
Que tipo de dor e sofrimento você acha que ele experimentou em
termos emocionais, físicos, espirituais e nos relacionamentos, durante a sua
vida na terra?
O apóstolo João diz que o Verbo se fez carne e habitou entre nós.
Jesus, a segunda Pessoa da Trindade, o criador do universo, se fez carne Jo 1.14, esvaziou-se, deixou sua
glória, veio ao mundo e tornou-se servo. Ele habitou entre nós. Foi semelhante
a nós em tudo, exceto no pecado. Sofreu fome e sede. O Filho do Altíssimo,
concebido pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem, nasceu pobre, numa
família pobre, em uma cidade pobre. Nasceu num berço simples, cresceu numa casa
simples e trabalhou numa carpintaria. Por esvaziar-se de si mesmo, deixar a sua
glória e nascer como ser humano, podemos entender que, como nós, Jesus:
1. Enfrentou os desafios
dos relacionamentos humanos. Afinal, ele nasceu dentro de uma família. Ele teve pais, irmãos e
irmãs. Sabia o que era ser bebê, criança, adolescente e adulto. Ele sabia o que
era ter amigos, como Pedro, Tiago, João, Lázaro, Marta e Maria. Por isso, ao
dizermos que “ninguém me entende”, precisamos aprender a acrescentar “como
Jesus”. Ele passou por tudo que nós podemos passar e nos entende. Por isso,
quando buscamos a Cristo por causa de problemas de relacionamento, ele cuida de
nós 1 Pe 5.7.
2. Ele enfrentou o
fardo do trabalho diário. Será que lembramos que Jesus foi carpinteiro por mais tempo do
que foi mestre ou pregador? Ele passou no mercado de trabalho um período maior
do que no templo. Na época, ser carpinteiro significava ter talento, ter qualificação
especializada e muitos calos nas mãos. Isso significa que ele sofreu na pele o
cansaço de um longo dia de trabalho, a frustração de ter uma ferramenta
quebrada e pelas desavenças na hora de receber por um trabalho executado. Jesus
sabe muito bem o que significa conviver com as várias insatisfações, tentações,
pressões e lutas que acompanham a nossa vida profissional. Ele sabe, porque
esteve lá. Precisamos deixar que Jesus permaneça ao nosso lado no local de
trabalho. Precisamos buscá-lo no meio de um dia super atarefado e com humildade
receber a sua ajuda, porque Ele compreende a nossa luta.
3. Ele entende a dor e o
sofrimento. Ele foi ridicularizado, muito criticado e rejeitado. Até a
ressurreição, nem os próprios irmãos acreditavam nele. Um dos seus discípulos o
traiu por dinheiro e os outros o abandonaram na hora mais difícil. E conheceu a
dor física muito de perto. Foi esbofeteado, esmurrado, açoitado e torturado.
Foi tentado em tudo. Ele é mesmo familiarizado com o sofrimento. Por isso,
apesar de todos os sentimentos de rejeição, dor, inferioridade, precisamos
saber que temos um Salvador cheio de compaixão que nos entende e nos conforta
quando ninguém mais consegue fazer isso.
O Espírito Santo foi a fonte de todo o poder de Jesus durante o
seu ministério terreno, por isso Jesus enviou-nos o Espírito Santo para estar
conosco, nos transformar e nos encher do poder do alto.
Devemos expressar nossa gratidão por tudo o que Jesus fez por nós
ao vir à terra como homem, reconhecendo-o como nosso único Senhor e Salvador,
vivendo de um modo digno do que ele é e realizou por nós, adorando-o sem temor
e assumindo publicamente o testemunho de sermos discípulos e servos dele.
Por receber
tanto amor da parte de Jesus, devemos levar o seu amor a quem sofre. Até a
última casa!
Pr.
Luiz Antonio
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