terça-feira, 14 de novembro de 2017

Carta Pastoral 073 - A Cruz também foi por eles


Carta pastoral – Novembro de 2017 – ano II – 073

Série “Viver Cristo em tempos de crise”

“A Cruz também foi por eles”

Textos para ler: At 10.34-35; Jo 3.16; 1Tm 2.1-8;

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Neste domingo aconteceu um terremoto entre os países Irã e Iraque que deixou, até o momento, mais de 400 mortos, 7 mil feridos e cerca de 700 mil desabrigados. Foi o terremoto que matou mais pessoas esse ano. No entanto, pouco se ouviu falar dessa tragédia, os jornais não colocaram essa notícia nas capas, a televisão falou mais do ENEM e do futebol do que da dor de milhares de seres humanos. Esse é o mundo chamado globalizado, que para tudo por 2 ou 3 que morrem nos Estados Unidos e França, mas ignora os milhares que morrem na África e arredores.

Não somos diferentes da mídia, pois também temos níveis diferentes de misericórdia e compaixão. Nos compadecemos das pessoas de acordo com o vínculo, o conhecimento, o grau de amizade, familiaridade etc. Sempre queremos chamar a atenção das pessoas para o sofrimento à nossa volta mas quando se trata do sofrimento alheio, ignoramos. Reclamamos se não recebemos ajuda quando precisamos, mas nunca ajudamos quando podemos. Não visitamos quem está doente, mas sentimos quando não recebemos visita.  É por essas e outras que precisamos aprender com Jesus todos os dias e ser moldado por Ele constantemente.

Ele não faz acepção de pessoas At 10.34-35. A nossa cor, nacionalidade, posição social, etnia não faz diferença para o Senhor Deus. A Graça teve abrangência universal Ap 7.9-10. A misericórdia de Deus vai de encontro a samaritanos, etíopes, romanos e gadarenos. O seu amor é para conosco apesar das nossas imperfeições Rm 5.8. Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo, ou seja, antes de morarmos no Santos Dumont, Sir, Brasil, Irã ou Inglaterra Ele já nos amava. Deus não nos ama pelo nosso CEP, Ele nos ama por Cristo.       

Precisamos amar quem precisa Rm 5.20b. Todos nós precisamos ser amados, mas há aqueles que precisam ser amados, ajudados e cuidados. A viagem missionária que fizemos a Itinga nos mostrou que precisamos sair dos nossos limites de convivência para levar amor à quem não tem nada. Amar quem está do nosso lado agora com um bom perfume é fácil, e os que estão no asilo, no isolamento do hospital, na rua??? A Igreja só será de fato Igreja quando amar como Cristo a amou, GCEU só será de fato GCEU, quando olhar para fora e conseguir enxergar e ouvir o clamor dos desprezados.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ensine a ser de fato seguidor e imitador de Cristo. Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                                                                                                          Pr. Luiz Antonio

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