Carta
pastoral – Fevereiro de 2017 – ano II – 040
Série “Crescendo no relacionamento com
Deus”- Intimidade com Deus
Textos
para ler: Sl 25.14; Pv 3.32
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Ao refletir sobre os
nossos dias, podemos perceber que há algo de errado com os relacionamentos
entre as pessoas. As relações humanas têm sido muito superficiais e, também,
efêmeras (de curta duração). À semelhança de um produto descartável, os
relacionamentos têm tido uma vida útil curta. As pessoas têm sido cada vez mais
rapidamente descartadas. A igreja, muitas vezes, tem refletido essa
realidade, através de uma comunhão superficial entre os seus membros. Por se
tratar também de um relacionamento, a relação com Deus também é afetada por
essa tendência à superficialidade. Há muitos cristãos que, apesar de alguns
anos de igreja, conhecem a Deus apenas de ouvir falar (cf. Jó 42.2). A prova
disso é que mantêm os mesmos pensamentos e comportamentos que tinham quando
estavam no mundo. Assim como a relação entre duas pessoas é
prejudicada quando há superficialidade, o mesmo se dá no relacionamento entre
uma pessoa e Deus. Se não tomarmos cuidado, podemos refletir em nossa
espiritualidade o mesmo estilo de relacionamento que se encontra no mundo.
Tanto nas relações
humanas quanto no relacionamento de uma pessoa com Deus, a intimidade é
estabelecida a partir da prática de alguns importantes princípios. Na carta de
hoje, nossa ênfase está na relação com Deus:
Para
ser intimo é preciso ter tempo de convívio
Não tem como haver
intimidade entre duas pessoas se elas não tiverem a oportunidade de passar
tempo juntas. A intimidade é construída a partir de um tempo de convivência.
Certamente, pessoas que se encontram todos os dias têm um nível de intimidade
maior do que outras que se encontram apenas uma vez por semana. No
relacionamento com Deus o mesmo acontece. Em Marcos 3.14, está escrito que
Jesus escolheu doze dentre os seus muitos discípulos para estarem
constantemente com Ele. O Senhor entendia a importância do tempo de convivência
para o estabelecimento da intimidade. No que se refere a isso, a maneira
prática que temos de nos tornar íntimos de Deus é separando em nossa agenda um
tempo para estar com Ele. A isso chamamos de “momento a sós com Deus” ou “tempo
devocional”. Sem isso, o crente não avança em seu relacionamento com Deus,
ficando muito dependente das reuniões da igreja para crescer. Deus anseia ter
esse tempo com cada um de nós para se revelar e se tornar conhecido. Não tem
como: se não houver investimento de tempo, nossa intimidade com Deus não se
desenvolverá. É necessário, então, separarmos um momento diário para estar com
o Senhor. Não adianta duas pessoas passarem muito tempo juntas se não houver
interação entre elas. Para que o nosso tempo de convivência e diálogo com o
Senhor “funcione” bem é necessário santidade. Is 59.1-2; 1João 1.6.
A comunhão com Deus não pode estar (e, de fato, não está) associada a uma vida
de pecado.
Separe
em sua agenda pelo menos 30 minutos diários para estar com Deus.
Se essa é uma prática que você nunca vivenciou, comece com uma quantidade menor
de tempo e vá aumentando-a gradativamente.
Desenvolva
as habilidades de falar com Deus e ouvir sua voz.
Isso acontece mediante a prática. Quanto mais você orar e buscar ouvir a voz de
Deus, seja no momento de oração ou através da leitura da Bíblia, melhor você
ficará nisso.
Trate o pecado com seriedade! Não brinque com o
pecado e não dê oportunidade a ele. Fuja das tentações! Resista ao diabo!
Submeta-se a Deus! E se, por acaso, você cair, não fique no chão se lamentando.
Corra para o Senhor, confesse o seu pecado, receba o perdão e a purificação, e
busque o arrependimento. Pior do que cair é permanecer caído. Até a última
casa!
Pr. Luiz Antônio
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