segunda-feira, 6 de março de 2017

Carta Pastoral 040 - Intimidade com Deus



Carta pastoral – Fevereiro de 2017 – ano II – 040                     
  Série “Crescendo no relacionamento com Deus”- Intimidade com Deus
Textos para ler: Sl 25.14; Pv 3.32
Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Ao refletir sobre os nossos dias, podemos perceber que há algo de errado com os relacionamentos entre as pessoas. As relações humanas têm sido muito superficiais e, também, efêmeras (de curta duração). À semelhança de um produto descartável, os relacionamentos têm tido uma vida útil curta. As pessoas têm sido cada vez mais rapidamente descartadas. A igreja, muitas vezes, tem refletido essa realidade, através de uma comunhão superficial entre os seus membros. Por se tratar também de um relacionamento, a relação com Deus também é afetada por essa tendência à superficialidade. Há muitos cristãos que, apesar de alguns anos de igreja, conhecem a Deus apenas de ouvir falar (cf. Jó 42.2). A prova disso é que mantêm os mesmos pensamentos e comportamentos que tinham quando estavam no mundo. Assim como a relação entre duas pessoas é prejudicada quando há superficialidade, o mesmo se dá no relacionamento entre uma pessoa e Deus. Se não tomarmos cuidado, podemos refletir em nossa espiritualidade o mesmo estilo de relacionamento que se encontra no mundo.
Tanto nas relações humanas quanto no relacionamento de uma pessoa com Deus, a intimidade é estabelecida a partir da prática de alguns importantes princípios. Na carta de hoje, nossa ênfase está na relação com Deus:
Para ser intimo é preciso ter tempo de convívio
Não tem como haver intimidade entre duas pessoas se elas não tiverem a oportunidade de passar tempo juntas. A intimidade é construída a partir de um tempo de convivência. Certamente, pessoas que se encontram todos os dias têm um nível de intimidade maior do que outras que se encontram apenas uma vez por semana. No relacionamento com Deus o mesmo acontece. Em Marcos 3.14, está escrito que Jesus escolheu doze dentre os seus muitos discípulos para estarem constantemente com Ele. O Senhor entendia a importância do tempo de convivência para o estabelecimento da intimidade. No que se refere a isso, a maneira prática que temos de nos tornar íntimos de Deus é separando em nossa agenda um tempo para estar com Ele. A isso chamamos de “momento a sós com Deus” ou “tempo devocional”. Sem isso, o crente não avança em seu relacionamento com Deus, ficando muito dependente das reuniões da igreja para crescer. Deus anseia ter esse tempo com cada um de nós para se revelar e se tornar conhecido. Não tem como: se não houver investimento de tempo, nossa intimidade com Deus não se desenvolverá. É necessário, então, separarmos um momento diário para estar com o Senhor. Não adianta duas pessoas passarem muito tempo juntas se não houver interação entre elas. Para que o nosso tempo de convivência e diálogo com o Senhor “funcione” bem é necessário santidade. Is 59.1-2; 1João 1.6. A comunhão com Deus não pode estar (e, de fato, não está) associada a uma vida de pecado.
Separe em sua agenda pelo menos 30 minutos diários para estar com Deus. Se essa é uma prática que você nunca vivenciou, comece com uma quantidade menor de tempo e vá aumentando-a gradativamente.
Desenvolva as habilidades de falar com Deus e ouvir sua voz. Isso acontece mediante a prática. Quanto mais você orar e buscar ouvir a voz de Deus, seja no momento de oração ou através da leitura da Bíblia, melhor você ficará nisso.
Trate o pecado com seriedade! Não brinque com o pecado e não dê oportunidade a ele. Fuja das tentações! Resista ao diabo! Submeta-se a Deus! E se, por acaso, você cair, não fique no chão se lamentando. Corra para o Senhor, confesse o seu pecado, receba o perdão e a purificação, e busque o arrependimento. Pior do que cair é permanecer caído. Até a última casa!                                                                  Pr. Luiz Antônio

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