Carta pastoral – ano VI
Série: “Juntos Somos Melhores”
“Somos chamados para Juntos alcançar outros 05”
Textos para ler: Rm 12.16; 2Co 5.20
Queridos e amados irmãos, que a Graça
e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Essa é a mensagem que devemos transmitir ao mundo,
mas se só temos amigos cristãos ficamos limitados na tarefa de compartilhar as
Boas Novas. Por outro lado, Jesus entendeu que sua missão era buscar o perdido
e por isso fez amizade com aqueles que precisavam ser amigos de Deus.
A Bíblia diz que quando os fariseus viram Jesus em
companhia de pessoas sem reputação, perguntaram: "Por que o mestre de
vocês come com publicanos e 'pecadores'?". Ouvindo isso, Jesus disse:
"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Vão
aprender o que significa isto: 'Desejo misericórdia, não sacrifícios. Pois eu
não vim chamar justos, mas pecadores." Mt 9.11-13. Jesus sabia qual
era seu propósito e isto o permitiu ficar à vontade em companhia dos não cristãos.
Não se preocupava quando era acusado de ser amigo de pecadores Lc 19.7, porque
ele estava fazendo exatamente o que o Pai o havia enviado para fazer: persuadir
homens e mulheres a se reconciliar com Deus 2 Co 5.20.
Da mesma forma, Jesus quer que sejamos seus
representantes, falando aos que ainda estão fora de sua família. Apesar disso,
há ninhos cristãos tão isolados e desconectados dos não cristãos que raramente
têm uma conversa significativa com um deles. Quanto mais tempo de vida cristã
temos, mais nos isolamos dos não cristãos; e, quanto mais isolados deles, mais
incomodados nos sentimos em sua companhia. No fim, não temos mais amizade com
quem Jesus quer que alcancemos.
Jesus entende que nosso testemunho aos não cristãos
começa com amizade: conquistamos o direito de compartilhar o evangelho por meio
do relacionamento. A questão é: pessoas não se importam com quanto você sabe,
até que saibam quanto você se importa. Os não cristãos, como muitos de nós,
estão buscando amizades profundas, verdadeiras e incentivadoras.
O apóstolo Paulo disse que devemos tentar achar um
"ponto em comum" com os não cristãos, para que assim possamos falar
de Cristo: "Faço tudo isso por causa do evangelho, para ser coparticipante
dele" 1 Co 9.23. Buscar, um ponto em comum, expressa uma atitude de
amizade, na qual nos concentramos no que é positivo, naqueles afastados da fé.
Quando Jesus começou a falar com a mulher perto do
poço Jo 4.4-26, procurou um ponto em comum em vez de condená-la. Como
resultado, ela não apenas se reconciliou com Deus, mas também levou seus amigos
e familiares à presença de Jesus. Vemos nesse acontecimento um exemplo de que
nossa amizade com os não cristãos requer entendermos as diferenças entre
amá-los e amar o que fazem.
Em Jo 3.16, lemos: "Porque Deus tanto amou o
mundo que deu o seu Filho Unigênito...". Fica claro que Deus ama as
pessoas do mundo, mas isso não é o mesmo que amar os valores do mundo. A Bíblia
diz: "Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor
do Pai não está nele" 1 Jo 2.15.
A construção de amizades requer:
* Cortesia: "O
seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como
responder a cada um" Cl 4.6.
* Frequência: passe
tempo com os não cristãos a fim de fazer amizade com eles.
* Autenticidade:
"O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é
bom" Rm 12.9.
Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a
última casa!
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