Carta pastoral – ano VI
Série: “Juntos Somos Melhores”
Textos para ler: 1Pe 4.9
Queridos e amados irmãos, que a Graça
e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Coração aberto nos leva a ter lares abertos.
A hospitalidade não é só uma opção para os cristãos.
É um mandamento (Is 58.6-9; Lc 14.12-14). Recebemos a ordem de praticar a
hospitalidade - considerando desde o exemplo do patriarca Abraão, que viu se
aproximar dele três visitantes santos Gn 18, até o sábio conselho deixado pelo
apóstolo Paulo Rm 12.13.
Para determinadas pessoas, a hospitalidade é algo tão
natural como respirar. Para outros, a prática é uma conquista. Para todos, é um
dom a ser cultivado (I Pe 4.9). Muitos entre nós receberam esta ferramenta
notável para exercer o ministério - o milagre de um lar cristão. Se os cristãos
abrissem suas casas e praticassem a hospitalidade como determinado pelas Escrituras,
poderíamos modificar a estrutura da sociedade de forma significativa.
Poderíamos desempenhar um papel importante na redenção espiritual, moral e
emocional. Pense no impacto que a igreja teria na sociedade se apenas quatro ou
cinco famílias de cada congregação cuidassem de algumas crianças, nutrindo-as
com amor e levando-as a Cristo. Se uma área urbana possuísse umas cem igrejas,
400 ou 500 crianças, no mínimo, acabariam sendo envolvidas.
Muitas pessoas que dizem seguir a Cristo não
compreendem as bases do que é hospitalidade. Acabamos por permitir que a
sociedade imponha sobre nós o seu modelo.
A sociedade diz: "Quero impressionar você com
minha bela casa, com a decoração e com a maravilhosa comida que sei
preparar". A hospitalidade, no entanto, diz: "Esta casa, na
verdade, não é minha. É uma dádiva do meu Mestre. Sou seu servo e a uso como
ele deseja". A hospitalidade não tenta impressionar, mas servir. A
sociedade privilegia as coisas materiais: "Assim que eu terminar minha
casa, decorar a sala de visitas e deixar tudo em ordem e arrumado, vou começar
a receber pessoas"; "Fulano e Ciclano estão vindo, preciso
comprar isso e aquilo antes que cheguem". A hospitalidade privilegia
as pessoas: "Não temos cadeiras, mas podemos nos sentar no chão".
A sociedade: "Tudo isto é meu - os quartos, os enfeites... Olhem, por
favor, podem admirar'. A hospitalidade sussurra: "O que é meu é
seu" At 2.44. Ela deixa o orgulho de lado e não se preocupa se outras
pessoas virem nossa humanidade.
A igreja de hoje precisa mergulhar em hospitalidade
não egoísta, amorosa e cheia de aceitação. Se não desenvolvermos um verdadeiro
espírito de aceitação em nossas igrejas-família, a hospitalidade que
oferecermos ao mundo será hipócrita. Quando nosso lar e nossa igreja forem o
que Deus pretende que sejam, será natural abrirmos as portas para os que nos
rodeiam.
É espantoso saber que muito poucos cristãos já tiveram
acesso à vida de seus vizinhos, que são parte da herança que nosso Pai deseja
que administremos. Poucos entre nós estão tentando encontrar meios de servi-los
e estender-lhes misericórdia. Frequentemente, nosso cristianismo oficial e
nossos compromissos nos tornam menos acessíveis, em vez de mais disponíveis
Se os cristãos, começassem a praticar a
hospitalidade, poderíamos desempenhar papéis significativos na redenção da
nossa sociedade. Não existe melhor lugar para tratar de redenção da sociedade
do que um lar cristão que deseja servir; quanto mais lidarmos com o cativo, o
cego, o oprimido, mais nos conscientizaremos de que, neste mundo sem abrigo, um
lar cristão é um milagre que deve ser compartilhado.
Em resumo, é o que podemos oferecer quando abrimos
nossa casa com o verdadeiro espírito de hospitalidade: ABRIGO E CURA.
Como podemos exercer a hospitalidade hoje? O que
podemos fazer para que mais pessoas sejam alcançadas?
Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a
última casa!
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