terça-feira, 29 de setembro de 2020

Carta Pastoral 159 - Santidade Como Estilo de Vida

Carta pastoral – Setembro de 2020 – ano V – 159

     Série: “Jornada 12 em 4”

“Santidade como Estilo de vida”

Texto para ler: João 14.21,23; Romanos 8.28-29

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Em sua opinião, o que é santidade? O que é ser santo? É possível ao ser humano comum ser santo?

Por causa da cultura religiosa de nosso país, muitos de nós, ao ouvir a palavra “santo” pensam nos homens e mulheres que foram canonizados pela Igreja Católica e em suas imagens. Assim, o conceito de santidade é o de algo acessível apenas a pessoas extraordinárias e especiais, que estão em um patamar acima dos seres humanos comuns. Aos meros mortais resta apenas se inspirar nesses homens e mulheres para tentar, a duras penas e com muitos fracassos, ser pessoas melhores.

Esse pensamento, entretanto, não é bíblico. Não são esses os conceitos que a Bíblia tem para “santo” e “santidade”. Nela, “santo” tem o sentido de “separado” e “santidade”, de “separação”. Separado do quê? Separação para quê? Separado do pecado e separação para Deus. Assim, os conceitos de “pecado” e de “Deus” estão intimamente ligados aos de “santo” e “santidade”. Eu me torno santo à medida que me separo do pecado. Pecado é a transgressão voluntária da Lei. É quando o ser humano, por sua livre escolha, desobedece à vontade do Senhor. Eu me torno santo à medida que me disponho a obedecer à vontade do Pai e me separo para ele. O grande propósito e motivação para a santidade é Deus e o experimentar de sua presença. Eu me separo do pecado para estar com Deus. Eu tenho Santidade como Estilo de Vida porque tenho paixão por Deus.

A paixão por Deus é o grande incentivo para sermos santos. Contudo, o que é santidade, de maneira concreta? Qual o perfil de uma pessoa santa? A Bíblia responde a essa pergunta em Rm 8.28-29:

1.       Santidade é ser como Jesus. Os que amam a Deus se tornam conformes à imagem de seu Filho. Assim, santidade é algo concreto e tem um perfil definido. Ser santo é ser como Jesus. Agir com santidade é agir como Jesus agiria. O apóstolo Pedro também escreve sobre isso em 1 Pedro 2.21. Ser santo é seguir os passos de Jesus. O escritor Charles Sheldon incentiva todos aqueles que estão buscando santidade a se perguntar antes de qualquer ação: “Em meus passos, o que faria Jesus?”

2.      Santidade é propósito de Deus para seus filhos. “Chamados”, “propósito” e “predestinou” são termos usados para declarar que Deus chamou os seus filhos para serem santos, estabelecendo a santidade como um dos propósitos para a vida deles. O que isso quer dizer? Propósito é sinônimo de destino. Mas para onde? Para quê? O propósito está relacionado ao sentido da vida. Assim, se santidade é propósito do Pai para seus filhos, a vida de um filho de Deus só terá sentido se for santa. Um filho de Deus só terá uma vida cheia de significado se estiver caminhando em direção à santidade. Sem santidade a vida perde o seu sentido e fica vazia.

3.      Santidade é integral, ou seja, do corpo e do espírito. Purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito. Santidade não diz respeito apenas ao que é espiritual. O pecado não afeta apenas o nosso espírito. A santidade também diz respeito ao corpo. Gênesis 2.7 declara que o Senhor criou o ser humano com parte material, o pó da terra, e imaterial, o fôlego de vida. Ele não despreza o corpo em favor do espírito nem vice-versa. Seu desejo é que nós tenhamos uma santidade integral, que envolva o corpo, a alma e o espírito.

4.      Santidade se desenvolve em um processo. Purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade. Santidade é algo que não se adquire em um único momento, em um estalar de dedos. Ela se desenvolve em um processo, é aperfeiçoada à medida que perseveramos em deixar o pecado e obedecer a Deus. Não devemos cultivar expectativas erradas quanto à santidade, esperando alcançá-la de uma vez por todas em uma reunião do GCEU ou por meio de uma oração. Ela não é instantânea. A santidade é uma estrada que se percorre com perseverança.

5.       Santidade se dá pelo temor a Deus. Purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. Para sermos santos devemos temer a Deus. O temor a Deus não nos motiva à santidade colocando em nós medo do castigo divino caso pecarmos. Definitivamente, não! O temor a Deus nos leva à santidade alertando-nos das trágicas consequências do nosso pecado e nos apontando o melhor caminho a seguir. O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, ensina o Livro de Provérbios. O temor do Senhor nos capacita a fazer boas escolhas.

 Santo não é alguém extraordinário ou especial, que merece adoração e devoção dos demais, mas sim uma pessoa comum que, apaixonada por Deus, decide obedecer à sua vontade e viver de modo agradável a Ele.

 Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                                                                                                            Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Carta Pastoral 158 - Paixão pelos perdidos

 Carta pastoral – Setembro de 2020 – ano V – 158

     Série: “Jornada 12 em 4”

“Paixão pelos Perdidos”

 Texto para ler: Isaías 6.8; João 11.33-35 

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Qual sentimento lhe vêm ao coração quando você está dentro de um carro, parado em um semáforo, e uma criança ou um adulto carente se aproxima pedindo dinheiro?

Quais pessoas com grandes problemas e necessidades você encontrou em seu caminho no dia de hoje?

São muitas as pessoas ao nosso redor que estão perdidas e carentes. Jovens pedindo dinheiro em um semáforo e, para tanto, fazendo malabarismos circenses. Um homem deitado sobre papelões e coberto por uma fina manta embaixo da marquise de um luxuoso edifício comercial. Uma mulher com síndrome do pânico que, por causa das limitações da doença, não pôde cursar o último ano da faculdade, continuar a trabalhar e mal consegue sair de casa. Um marido que não sabe mais o que fazer para ajudar a esposa que está perturbada emocional e espiritualmente. Basta abrir bem os olhos para notar os muitos problemas e necessitados que há na nossa cidade.

O que sentimos quando vemos cenas como essas? Repulsa e rejeição? Dó e pena? Desprezo e desdém? E o que Deus sente? Quais sentimentos passam pelo coração do Todo-Poderoso ao ver a humanidade perdida? Ele é insensível e fica indiferente? Ou é sensível e se emociona?

Se temos paixão por Deus ou queremos ser apaixonados por ele, temos de ser tocados pelo que lhe toca o coração. O Pai não é insensível e indiferente à humanidade perdida e seus problemas. Quando ele a vê é tocado em suas emoções. João 11.33-35 declara que Jesus agitou-se no espírito, ficou perturbado e finalmente chorou ao ver que o seu amigo Lázaro estava morto.

Um grande clamor de Deus foi registrado pelo profeta Isaías, ao compadecer-se pelo perdido povo de Israel: Então ouvi a voz do Senhor conclamando: Quem enviarei? Quem irá por nós? Isaías 6.8.

1. Paixão pelos perdidos está no coração de Deus. A história da ressurreição de Lázaro e o clamor divino ouvido pelo profeta Isaías nos mostram que o coração de Deus está cheio de amor e paixão pelos perdidos. Jesus, ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor, Mateus 9.36. Ele também disse aos seus discípulos: A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita, Mateus 9.37-38. Jesus compara as multidões de perdidos a um grande campo pronto para a colheita. Entretanto, são poucos os trabalhadores. São poucos os que se dispõem a ir às grandes multidões de perdidos para lhes oferecer a paz e a segurança do evangelho. O número de trabalhadores é insuficiente para tanta demanda. Em Rm 10.14-15 o apóstolo Paulo faz uma série de questionamentos ao tratar desse mesmo tema: Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? O que responder a tão inquietantes perguntas?

2. Paixão pelos perdidos pede prontidão para ir. Quando o Senhor perguntou, Quem enviarei? Quem irá por nós? Isaías respondeu, Eis-me aqui. Envia-me. Isaías, homem de Deus, tinha paixão pelo Senhor e por isso, paixão pelos perdidos. Ele se apresentou prontamente como resposta ao chamado do Senhor. Se estivesse com Paulo quando ele fez aquela série de perguntas, Isaías certamente teria respondido: Eis-me aqui. Envia-me. Eu irei. Paixão pelos perdidos não é apenas um sentimento no coração, mas também uma disposição para agir.

3. Paixão pelos perdidos pede aproximação e envolvimento. Quando Jesus viu as multidões, percebeu a sua aflição e ele foi tomado por uma grande compaixão. A paixão pelos perdidos pede, além da prontidão para ir, aproximação e envolvimento. Devemos ir ao encontro do perdido, devemos aproximar-nos dele, envolvendo-nos com ele e suas necessidades. Não há como ter paixão pelo perdido e manter distância dele. Jesus pôde ver as multidões e perceber a sua aflição porque estava no meio delas.

4. Paixão pelos perdidos pede compaixão. Paixão e compaixão são sentimentos distintos, apesar de próximos. Jesus teve compaixão das multidões porque se importava com elas. O que isso quer dizer? A paixão pelos perdidos levou Jesus a experimentar em si mesmo a dor e o sofrimento das multidões. Ele teve empatia por elas, enxergou a situação pelo seu ponto de vista.

5. A paixão pelos perdidos pede oração. Jesus orientou seus discípulos a orar ao Pai pedindo mais trabalhadores, pois era grande a multidão de perdidos e poucos os que estavam dispostos a ir. De fato, no Reino de Deus, nada acontece sem o poder da oração, tampouco a salvação dos perdidos. A paixão pelos perdidos deixa de ser apenas um sentimento e passa a ser uma atitude quando intercedemos pela sua salvação. Em Gênesis 18.16-33, Abraão rogou ao Senhor para não destruir Sodoma e Gomorra, como estava planejado, por causa dos justos que viviam ali. Pediu-lhe para poupar os ímpios por amor aos justos.

 

Essa paixão vem do coração de Deus. Por sermos apaixonados pelo Pai, também nos tornamos apaixonados pelos perdidos. Isso, no entanto, não deve ficar restrito ao coração, temos de agir. Como? Dispondo-nos a ir onde estão os perdidos, aproximando-nos e envolvendo-nos com eles. Como Jesus, devemos ter compaixão e interceder por eles. Por fim, todas essas ações, além de outras, são motivadas por paixão e por valores corretos. Qual é o valor de uma alma para Jesus? Uma alma vale mais do que o mundo inteiro, declara o Mestre, em Lucas 9.25.

Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

                                                                                                            Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Carta Pastoral 157 - Paixão por Deus

 Carta pastoral – Setembro de 2020 – ano V – 157

     Série: “Jornada 12 em 4”

“Paixão por Deus”

Texto para ler: Isaías 55.6  

 Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Você já foi correspondido em uma paixão? E quando não foi correspondido, como você reagiu?

Hoje iremos meditar sobre “Paixão por Deus”, que trata de avivamento espiritual. O objetivo principal é despertar no coração de cada um de nós uma paixão que se propaga como o fogo em um incêndio, contagiando a todos.

Estar apaixonado por Deus é uma experiência muito próxima ao de se apaixonar por alguém. Uma das principais características da paixão é o desejo de se estar com a pessoa amada. Isso é algo muito forte e quando isso não é possível, ficamos pensando ou sonhando com ela o tempo todo. O sujeito apaixonado anseia intensamente passar tempo com o objeto de sua paixão.

Quem está apaixonado por Deus quer passar tempo com ele. Em linguagem bíblica, aquele que tem paixão por Deus dedica-se intensamente a buscá-lo até o encontrar. Seria isso possível? De acordo com a Bíblia Sagrada, sim.

1.      Buscar a Deus é real e possível. É possível buscar a Deus e achá-lo, afirma o profeta. Ele está perto para ouvir o clamor dos seres humanos, pois ele está acessível. Buscar a Deus é algo que requer fé, já que sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem se aproxima de Deus precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam, Hebreus 11.6. Nada melhor do que crer que o Senhor está perto e que podemos achá-lo.

Por que Deus está perto e se deixa encontrar? Porque ele é apaixonado pelo ser humano e deseja estar com ele. Antes de nos apaixonarmos por Deus, ele já estava apaixonado por nós. A iniciativa da conquista foi dele. Nós amamos porque ele nos amou primeiro, é o que se lê em 1 João 4.19. Deus é quem está nos buscando e não nós a ele. Gênesis 3.8-9 narra como o homem e a mulher se esconderam da presença do Senhor. No entanto, ele lhes perguntou e continua a perguntar-nos hoje: “Onde está você?”. Tiago responde a essa questão ao escrever: Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês. O Pai deseja esse encontro e já deu o primeiro passo.

2.    Buscar a Deus é uma oportunidade passageira. Por duas vezes Isaías 55.6 apresenta a palavra “enquanto”. Busquem ao Senhor enquanto é possível achá-lo. Clamem por ele enquanto está perto. Qual a mensagem contida nessa palavra? Chegará um tempo em que buscarão ao Senhor, mas não será encontrado; clamarão por ele, mas ele não estará por perto para ouvir. Hoje é possível buscar a Deus, pois ele está acessível. Mas essa oportunidade passará. Quando será isso?

Não há como definir esse tempo, em termos de calendário. O que podemos afirmar com certeza é que a oportunidade para se buscar a Deus findará quando o Senhor Jesus voltar a Terra. Vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor. Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam, nos adverte Jesus, em Mateus 24.42-44. A oportunidade para buscar a Deus irá passar repentinamente. Por isso, não podemos perdê-la, deixando-a para depois, adiando-a para amanhã. O tempo para buscarmos ao Senhor e o encontrarmos é hoje. Ele está à nossa procura agora. Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, nos alerta Hebreus 3.7. Se buscar a Deus é possível e temos de agir hoje, por ser uma oportunidade passageira, o que devemos fazer? Que atitudes devem ter os que se aproximam de Deus?

A resposta está em Jeremias 29.12-14: Vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês, declara o Senhor. Antes de tudo, esse texto reafirma a ideia de que Deus está acessível e quer ser encontrado. Entretanto, ele estabelece condições para isso.

3.      Buscar a Deus pede sinceridade e intensidade. Jeremias declara que devemos buscar a Deus de todo o coração. Coração aponta para sinceridade; todo, para intensidade. Ame o Senhor o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento, disse Jesus em Mateus 22.37. Davi buscava a Deus com toda a intensidade do seu coração: Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? Salmo 42.1-2.

É tempo de buscarmos ao Senhor apaixonadamente, como aprendemos na série de mensagens sobre o livro de cantares. Que possamos buscar o Senhor intensamente!

 Em Cristo Jesus, esperança da Glória. Até a última casa!

 

                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Carta Pastoral 156 - Sou, não sou ou penso que sou?

 

Carta pastoral – Setembro de 2020 – ano V – 156


     Série: “Jornada 12 em 4”

“Sou, não sou ou penso que sou?”

Textos para ler Juizes 13.24-25; Juizes 16.20,28  

 

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Vamos refletir sobre a vida de um homem levantado por Deus em um tempo de crise – Sansão. A Bíblia nos mostra que o tempo de crise é o cenário ideal para levantar pessoas para fazer a diferença e serem instrumentos nas mãos de Deus.

A vida de Sanção foi constituída de momentos distintos, de fases específicas que em cada uma, determinou seu comportamento. Não diferente dele, todos nós passamos por fases que determinam o nosso comportamento e por consequência, nosso destino. Reflita sobre qual fase da vida você se encontra e em qual você precisa estar:

1.    Quando Sou cheio do Espírito Santo. A primeira fase na vida Sansão é marcada pela unção do Espírito que o impelia a realizar os propósitos de Deus. Quando somos cheios do Espírito Santo a nossa vida é constituída de propósitos bem direcionados. Tudo o que fazemos está dentro de um plano traçado por Deus, e até mesmo as dificuldades e intempéries que cruzam nossa caminhada, contribuem para os planos de Deus. A segunda característica de uma vida cheia do Espírito é que há resistência para enfrentar as adversidades que sobrepõem o caminho. Cheios do Espírito, destruímos os leões e inimigos que tentam nos impedir de avançar. É por isso que Jesus ordenou aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder. Somente o poder do Espírito Santo lhes concederia a resistência necessária para enfrentar as perseguições que viriam.

2.    Quando penso que sou cheio do Espírito Santo. Num segundo momento da vida de Sansão, ele perdeu a unção do Espírito, mas pior que isso, ele não percebeu essa perda. Este o momento mais trágico na vida alguém – quando se perde a percepção da presença do Espírito Santo. Duas coisas foram determinantes para que sansão perdesse a presença do Espírito e não percebesse; a Soberba e a negligencia. Ele se tornou soberbo, se achava acima da lei do Senhor, não se importava em quebrar princípios estabelecidos por Deus, vivia isolado como se não precisasse de ninguém. Essas são características que têm derrubado muitos homens no decorrer da história. Em segundo lugar, Sansão ignorou os perigos, foi negligente quanto a vigilância, andou por caminhos perigosos, não se preocupou com seus limites. Jesus nos ensina a ser simples como a pomba e prudentes como a serpente, a orar, mas primeiro vigiar, Pedro nos alerta a ser sóbrios e vigilantes pois o diabo anda ao nosso derredor bramando como leão, procurando a quem possa tragar. É lamentável quando vemos pessoas que perdem a unção do Espírito, mas continuam ostentando aquilo que já não têm. Se tornam presa fácil para o inimigo.

3.    Quando não sou mais cheio do Espírito Santo. Por fim, Sansão perdeu de fato a unção do Espírito em sua vida, chega ao fundo do poço. Duas coisas são muito características na vida de quem perde a presença do Espírito por completo. Primeiro ele fica cego; não tem mais visão das coisas espirituais, da ação de Deus. A todo tempo, Deus está se movendo em nosso meio, nos despertando para um mover sobrenatural, mas muitos não conseguem ver e entender os propósitos de Deus. Outra característica é que se tornam brinquedos nas mãos do inimigo. O inimigo brinca, humilha e expõe quem ele domina. Uma pessoa sem o Espírito Santo, fraca e cega é apenas um brinquedo nas mãos de Satanás.

Reflita sinceramente; você está cheio do Espírito, pensa que está cheio ou está vazio e precisa ser cheio? Nesse tempo de crise, precisamos ser cheios do Espírito Santo para corresponder aos propósitos de Deus em nossa vida.       

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

 

                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Carta Pastoral 155 - A Chama não vai apagar!

Carta pastoral – Setembro de 2020 – ano V – 155



     Série: “Jornada 12 em 4”

 

“A Chama não vai apagar!”

 Texto para ler Atos 1.8; Romanos 1.16     

 

Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

É com muita alegria que retornamos às nossas reflexões por meio das cartas pastorais. Deus tem preparado um tempo de grandes conquistas e experiências nesses próximos 4 meses. Será um tempo de restituição, revelação, visão, crescimento e renovação!

Estamos enfrentando, além da pandemia, um tempo muito desafiador para a Igreja de Cristo, devido o grande número de escândalos e brigas no meio cristão. Mas a despeito de tudo que temos presenciado, o Senhor faz nascer dentro de nós uma certeza inquestionável de que a CHAMA NÃO VAI APAGAR!

1.      Não vai apagar porque estamos debaixo de uma promessa. Estamos na dispensação do Espírito e a promessa é que o consolador estaria conosco todos os dias. É promessa que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja de Cristo. É promessa que nos últimos tempos Ele derramaria do seu Espírito sobre toda a carne. É promessa que receberíamos poder ao descer sobre nós o Espírito Santo. Não somos fruto ou resultado de eventos e ações humanas, não estamos firmados em palavras de homens, somos o povo da promessa.

2.      Não vai apagar porque a chama vem do alto. “...e de repente veio do CÉU um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa...” At 2.2. Não dependemos de manipulação humana. Não dependemos de eventos ou celebridades. A chama que arde em nós vem do Céu, vem de Deus. Por isso não existe nada na Terra que possa impedir o agir do céu em nosso meio. O império Romano não conseguiu, as perseguições não conseguiram, as crises econômicas não conseguiram, pandemias e guerras não conseguiram. Não houve e não há nada que possa apagar a chama do Espírito no meio da Igreja!

3.      Não vai apagar porque é acompanhada de sinais. Muita coisa se perde com o tempo. Mentiras e enganos não conseguem se manter por muito tempo, mas aquilo que é verdadeiro e real se mantem de pé. O evangelho é a demonstração viva do poder de Deus agindo no homem. O que nós pregamos é a comprovação fiel daquilo que temos visto, ouvido e tocado. Nós mesmos somos provas vivas de que Jesus cura, liberta e transforma. Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente! O mesmo poder que operou no passado por meio dos apóstolos, Ele tem operado nos nossos dias. É por isso que nenhum movimento consegue apagar a chama, pois quem conhece o evangelho, conhece na prática.

A chama continuará acesa no meio da Igreja de Cristo, apesar de todo o ataque e perseguição contra Ela. Nós somos essa Igreja e vamos continuar rompendo sem desanimar.

As nossas pequenas reuniões do GCEU têm como proposta principal, acender e reacender essa chama para o novo tempo que Deus está preparando para nós. Todos os sonhos, projetos e expectativas que tínhamos para os 12 meses, o Senhor nos fará viver em 4, pois mil anos ou um dia é para Ele a mesma coisa.  

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

 

                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

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