terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Carta Pastoral 152 - O nascimento de Jesus


Carta pastoral – Fevereiro de 2020 – ano V – 152



Série: “Conhecendo a Jesus, e o fazendo conhecido”



“O nascimento de Jesus”

 


Texto para ler Lc 2.1-20     



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A concepção e o nascimento de Jesus foi um dos momentos mais extraordinários da História! Não há nenhum exagero nessas palavras! Em sua concepção, o óvulo humano de Maria foi fecundado pelo Espírito Santo divino. O humano e o divino agiram em cooperação. Em seu nascimento, foi posto no mundo, então, o Deus-homem. Na reflexão de hoje, vamos olhar para a história do nascimento de Jesus registrada por Lucas e buscar preciosos ensinamentos e lições para nossas vidas. Que o Espírito Santo fecunde os nossos corações com a semente da Palavra!



1.    A divindade de Jesus. Em Lucas 2.10, há o registro da fala de um anjo a alguns pastores sobre a pessoa de Jesus. O anjo disse: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Nesse versículo, há três palavras usadas para descrever Jesus, as quais apontam para a sua divindade: Salvador: Essa era uma palavra, no contexto judaico, aplicada somente a Deus. O que o anjo estava querendo dizer, então, ao chamar Jesus de Salvador, era que Jesus é Deus, tendo vindo para libertar os homens da morte e do pecado. Cristo: A palavra “Cristo” é de origem grega e tem uma correspondente no hebraico, “Messias”. Tanto “Cristo” quanto “Messias” significam “Ungido”. Jesus, então, foi anunciado como o rei de Israel, prometido no Antigo Testamento. Por causa desse título, ele foi perseguido pelos líderes dos judeus, os quais, diante de Pilatos, os acusaram de se autoproclamar rei dos Judeus em oposição ao domínio de Roma. Senhor: Essa é uma palavra muito usada no Antigo Testamento em referência a Deus. Em hebraico, Senhor é “Adonai”, que foi um título dado a Deus em substituição ao uso do seu nome, Javé. Em grego, Senhor é “Kyrios”, que significa dono e mestre. A aplicação de “Senhor” a Jesus aponta, então, para a sua divindade e autoridade.

2.      A humanidade de Jesus. O propósito central de Lucas, ao escrever o seu evangelho, foi apresentar Jesus como homem. Assim, ele dá ênfase à humanidade de Jesus. Lucas se preocupa em localizar historicamente o nascimento de Jesus. Isso se prova através da citação do nome de César Augusto, imperador romano de 31 a.C. a 14 d.C., e Quirino, governador da Síria, além das cidades de Nazaré da Galiléia e Belém da Judéia. A gravidez de Maria, a concepção de Jesus e o ato de envolvê-lo em panos e colocá-lo numa manjedoura. Jesus, como homem, é digno de ser imitado.

3.      Os destinatários de Jesus. Onde Jesus nasceu? Através de quem e para quem ele veio? Sua cidade natal foi Belém, uma das menores cidades da Judéia na época (Mateus 2.6). Sua mãe foi Maria, uma humilde camponesa, cujo marido foi José, um carpinteiro; eles não tinham propriedade em Belém. Por não haver vaga nas hospedarias da cidade, seu nascimento se deu em um estábulo, tendo sido, após o parto, colocado em uma manjedoura (comedouro para animais). Suas primeiras visitas foi um grupo de pastores locais, os quais eram vistos como pessoas da “classe baixa” e haviam recebido um anúncio angelical de seu nascimento. Suas boas novas foram destinadas a todo o povo (Lucas 2.10). Jesus veio para aqueles que nada eram aos olhos da sociedade romana e judaica da época. Ele veio para os que não são, para manifestar-se a eles como Eu Sou. Ele veio para curar a autoestima e a autoimagem daqueles que são rejeitados e inferiorizados, dando-lhes um lugar de honra no seu Reino. Em Lucas 4.18, está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres”. Jesus disse, em Lucas 6.20: “Bem-aventurados vocês, os pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus”; e também em Lucas 5.31: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”. Diante de Jesus, não há lugar para autossuficiência, orgulho e soberba. Tiago 4.6 diz: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”.



O texto de Lucas 2.1-20, que relata a história do nascimento de Jesus, no traz as seguintes lições:

• Jesus é Deus. Como Deus ele deve ser louvado, adorado e obedecido;

• Jesus é homem. Como homem ele deve ser imitado;

• Jesus veio para os que não são, para os pobres e humildes. Os soberbos, autossuficientes e orgulhosos não têm lugar diante dele.



Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!



                                                                                                           Pr. Luiz Antonio

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores