Carta pastoral – Fevereiro
de 2020 – ano V – 152
Série: “Conhecendo a Jesus, e o fazendo conhecido”
“O nascimento de Jesus”
Texto para ler Lc 2.1-20
Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua
vida e sua família.
A concepção e o nascimento
de Jesus foi um dos momentos mais extraordinários da História! Não há nenhum
exagero nessas palavras! Em sua concepção, o óvulo humano de Maria foi
fecundado pelo Espírito Santo divino. O humano e o divino agiram em cooperação.
Em seu nascimento, foi posto no mundo, então, o Deus-homem. Na reflexão de
hoje, vamos olhar para a história do nascimento de Jesus registrada por Lucas e
buscar preciosos ensinamentos e lições para nossas vidas. Que o Espírito Santo
fecunde os nossos corações com a semente da Palavra!
1. A
divindade de Jesus. Em Lucas 2.10, há o registro da fala de um anjo a alguns pastores
sobre a pessoa de Jesus. O anjo disse: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu
o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Nesse versículo, há três palavras
usadas para descrever Jesus, as quais apontam para a sua divindade: Salvador: Essa
era uma palavra, no contexto judaico, aplicada somente a Deus. O
que o anjo estava querendo dizer, então, ao chamar Jesus de Salvador, era que
Jesus é Deus, tendo vindo para libertar os homens da morte e do pecado. Cristo:
A palavra “Cristo” é de origem grega e tem uma correspondente no hebraico,
“Messias”. Tanto “Cristo” quanto “Messias” significam “Ungido”. Jesus, então,
foi anunciado como o rei de Israel, prometido no Antigo Testamento. Por causa
desse título, ele foi perseguido pelos líderes dos judeus, os quais, diante de
Pilatos, os acusaram de se autoproclamar rei dos Judeus em oposição ao domínio
de Roma. Senhor: Essa é uma palavra
muito usada no Antigo Testamento em referência a Deus. Em hebraico, Senhor é
“Adonai”, que foi um título dado a Deus em substituição ao uso do seu nome,
Javé. Em grego, Senhor é “Kyrios”, que significa dono e mestre. A aplicação de
“Senhor” a Jesus aponta, então, para a sua divindade e autoridade.
2. A
humanidade de Jesus. O propósito central de Lucas, ao escrever
o seu evangelho, foi apresentar Jesus como homem. Assim, ele dá ênfase à
humanidade de Jesus. Lucas se preocupa em localizar historicamente o nascimento
de Jesus. Isso se prova através da citação do nome de César Augusto, imperador
romano de 31 a.C. a 14 d.C., e Quirino, governador da Síria, além das cidades
de Nazaré da Galiléia e Belém da Judéia. A gravidez de Maria, a concepção de
Jesus e o ato de envolvê-lo em panos e colocá-lo numa manjedoura. Jesus, como homem, é digno de ser imitado.
3.
Os destinatários de Jesus. Onde
Jesus nasceu? Através de quem e para quem ele veio? Sua cidade natal foi Belém,
uma das menores cidades da Judéia na época (Mateus 2.6). Sua mãe foi Maria, uma
humilde camponesa, cujo marido foi José, um carpinteiro; eles não tinham
propriedade em Belém. Por não haver vaga nas hospedarias da cidade, seu
nascimento se deu em um estábulo, tendo sido, após o parto, colocado em uma
manjedoura (comedouro para animais). Suas primeiras visitas foi um grupo de
pastores locais, os quais eram vistos como pessoas da “classe baixa” e haviam
recebido um anúncio angelical de seu nascimento. Suas boas novas foram
destinadas a todo o povo (Lucas 2.10). Jesus veio para
aqueles que nada eram aos olhos da sociedade romana e judaica da época. Ele
veio para os que não são, para manifestar-se a eles como Eu Sou. Ele veio para
curar a autoestima e a autoimagem daqueles que são rejeitados e inferiorizados,
dando-lhes um lugar de honra no seu Reino. Em Lucas 4.18, está escrito: “O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas
aos pobres”. Jesus disse, em Lucas 6.20: “Bem-aventurados vocês, os
pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus”; e também em Lucas 5.31: “Não
são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim
chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”. Diante de Jesus, não há
lugar para autossuficiência, orgulho e soberba. Tiago 4.6 diz: “Deus se opõe
aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”.
O texto de Lucas
2.1-20, que relata a história do nascimento de Jesus, no traz as seguintes
lições:
• Jesus é Deus. Como
Deus ele deve ser louvado, adorado e obedecido;
• Jesus é homem. Como
homem ele deve ser imitado;
• Jesus veio para os que não
são, para os pobres e humildes. Os soberbos, autossuficientes e orgulhosos não
têm lugar diante dele.
Em Cristo Jesus, esperança da glória.
Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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