Carta
pastoral – Setembro de 2018 – ano III – 104
Série
“Alinhando a visão”
“Tempo
de compaixão”
Textos
para ler: Lucas 10:30-35.
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Neste mês de
Setembro estamos realizando o mês do Bom Samaritano, onde o nosso propósito é
ir de encontro àqueles que estão precisando de ajuda e estender as mãos e
dobrar os joelhos em clamor por suas vidas.
Somos discípulos
de Cristo. Nosso chamado é reproduzir na terra o que Ele fez e uma de suas marcas
mais evidentes foi a compaixão. Jesus, simplesmente não conseguia ficar alheio
ao sofrimento das pessoas, sentia a dor delas por vê-las como ovelhas sem
pastor... Tentando revelar o que espera de nós, Jesus contou essa história do
“bom samaritano” ... Vamos nos basear
nela para entender a nossa obrigação de revelar o amor de Deus por quem está
sofrendo à beira do nosso caminho:
1.
Há uma grande quantidade de pessoas à beira do caminho
– vs. 30 – Satanás
e seus demônios são como estes salteadores que roubam as pessoas e as ferem. Há
muita gente ferida no caminho por onde passamos. Se não as socorrermos, elas
morrerão! É interessante que, na parábola de Jesus, o caminho é entre Jerusalém
(a cidade onde estava o templo, centro da vida religiosa dos judeus) e Jericó
(cidade de negócios, onde as pessoas iam fazer comércio). Nós vivemos nesse
caminho, entre a nossa vida espiritual e a nossa vida secular (material), e
nesse caminho há muita gente ferida precisando de nós.
2.
Ser religioso e não ter compaixão é uma contradição e
ofensa a Deus – vs. 31-32 – Na parábola contada por Jesus, há
claramente o propósito de denunciar a religiosidade fria. Passaram pelo caminho,
um sacerdote e um levita, ambas figuras que representavam a religião, mas
nenhum deles se envolveu com o homem ferido. Essa atitude de “passar de largo”,
ou seja, não fazer nada por aquele que sofre é uma grande ofensa a Deus. Como
podemos representar Jesus neste mundo, Aquele que deu a sua vida pelos
perdidos, se não nos importamos como o sofrimento e necessidade das pessoas? É
uma contradição termos uma religião, mas não revelarmos o amor de Deus!
3.
A compaixão é um dos mais importantes combustíveis da
vida cristã – vs. 33 – O que levou aquele samaritano a envolver-se com o
homem que estava morrendo e buscar ajuda-lo foi a compaixão, o amor. Ele não
tinha nenhum outro interesse que o movia... Assim também nós, precisamos buscar
um coração sensível. Não é pelo fato de que nosso GCEU ou igreja tem que
crescer, que devemos nos dedicar ao evangelismo, ao discipulado e ao cuidado
com as pessoas. Isso é um propósito em segundo plano. O que deve nos motivar é
o amor de Deus por cada ser humano.
4.
O evangelho de Cristo é poderoso para tirar vidas da
beira do caminho e trazê-los à restauração – vs. 34 – É muito
significativo o que o samaritano fez por aquele homem. Cada atitude sua
representa um passo que devemos dar na direção dos perdidos. Que passos são
esse:
a) Ele se
aproximou – Se
não nos aproximarmos das pessoas sem Deus, nunca poderemos salvá-las. É
necessária uma iniciativa intencional da nossa parte, saindo da nossa zona de
conforto.
b) Ele tratou suas
feridas – O
óleo fala da unção do Espírito Santo e o vinho fala da aliança de sangue com
Jesus. Precisamos apresentar esse evangelho como solução para as dores das
pessoas.
c) Ele o conduziu
– É
preciso comprometer-nos na consolidação das pessoas a quem apresentamos o
evangelho. Temos que abrir mão do nosso conforto para que ela tenha a
possibilidade de se firmarem na fé. Não adianta evangelizarmos, se não
estivermos dispostos a levá-las pelo caminho.
d) Ele o levou
para uma hospedaria – A hospedaria representa a igreja, uma estrutura mais
completa onde as pessoas terão melhor condição de se firmarem. Temos que nos esforçar
para integrar aqueles que evangelizamos, em nosso GCEU e igreja. Só nesse
ambiente eles receberão tudo o que necessitam para sua vida espiritual e
emocional.
5. Precisamos manter
nosso compromisso até o fim da obra - vs. 35 – O samaritano demonstrou
comprometimento com a cura daquele homem vitimado, pois deixou recursos para
custear seu tratamento e comprometeu-se a voltar e completar, se fosse
preciso... Se todos nós tivéssemos essa aliança por aqueles que evangelizamos,
perderíamos muito menos pessoas e glorificaríamos a Deus muito mais.
Que o amor de Cristo venha até nós
por revelação, para que possamos ser movidos por este amor e ir de encontro
àqueles que estão à beira do caminho.
Vamos fazer hoje, uma lista com
nomes de pessoas que estão “a beira do caminho” para orarmos juntos por eles.
Depois iremos nos empenhar para trazê-los no GCEU e na igreja.
Em Cristo Jesus, o Bom Samaritano.
Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio
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