sábado, 15 de setembro de 2018

Carta Pastoral 104 - Tempo de Compaixão


Carta pastoral – Setembro de 2018 – ano III – 104

Série “Alinhando a visão”

“Tempo de compaixão”

Textos para ler: Lucas 10:30-35.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.



Neste mês de Setembro estamos realizando o mês do Bom Samaritano, onde o nosso propósito é ir de encontro àqueles que estão precisando de ajuda e estender as mãos e dobrar os joelhos em clamor por suas vidas.

Somos discípulos de Cristo. Nosso chamado é reproduzir na terra o que Ele fez e uma de suas marcas mais evidentes foi a compaixão. Jesus, simplesmente não conseguia ficar alheio ao sofrimento das pessoas, sentia a dor delas por vê-las como ovelhas sem pastor... Tentando revelar o que espera de nós, Jesus contou essa história do “bom samaritano” ... Vamos nos basear nela para entender a nossa obrigação de revelar o amor de Deus por quem está sofrendo à beira do nosso caminho:

1.      Há uma grande quantidade de pessoas à beira do caminho – vs. 30 – Satanás e seus demônios são como estes salteadores que roubam as pessoas e as ferem. Há muita gente ferida no caminho por onde passamos. Se não as socorrermos, elas morrerão! É interessante que, na parábola de Jesus, o caminho é entre Jerusalém (a cidade onde estava o templo, centro da vida religiosa dos judeus) e Jericó (cidade de negócios, onde as pessoas iam fazer comércio). Nós vivemos nesse caminho, entre a nossa vida espiritual e a nossa vida secular (material), e nesse caminho há muita gente ferida precisando de nós.

2.    Ser religioso e não ter compaixão é uma contradição e ofensa a Deus – vs. 31-32 – Na parábola contada por Jesus, há claramente o propósito de denunciar a religiosidade fria. Passaram pelo caminho, um sacerdote e um levita, ambas figuras que representavam a religião, mas nenhum deles se envolveu com o homem ferido. Essa atitude de “passar de largo”, ou seja, não fazer nada por aquele que sofre é uma grande ofensa a Deus. Como podemos representar Jesus neste mundo, Aquele que deu a sua vida pelos perdidos, se não nos importamos como o sofrimento e necessidade das pessoas? É uma contradição termos uma religião, mas não revelarmos o amor de Deus!

3.    A compaixão é um dos mais importantes combustíveis da vida cristã – vs. 33 – O que levou aquele samaritano a envolver-se com o homem que estava morrendo e buscar ajuda-lo foi a compaixão, o amor. Ele não tinha nenhum outro interesse que o movia... Assim também nós, precisamos buscar um coração sensível. Não é pelo fato de que nosso GCEU ou igreja tem que crescer, que devemos nos dedicar ao evangelismo, ao discipulado e ao cuidado com as pessoas. Isso é um propósito em segundo plano. O que deve nos motivar é o amor de Deus por cada ser humano.

4.      O evangelho de Cristo é poderoso para tirar vidas da beira do caminho e trazê-los à restauração – vs. 34 – É muito significativo o que o samaritano fez por aquele homem. Cada atitude sua representa um passo que devemos dar na direção dos perdidos. Que passos são esse:

a) Ele se aproximou – Se não nos aproximarmos das pessoas sem Deus, nunca poderemos salvá-las. É necessária uma iniciativa intencional da nossa parte, saindo da nossa zona de conforto.

b) Ele tratou suas feridas – O óleo fala da unção do Espírito Santo e o vinho fala da aliança de sangue com Jesus. Precisamos apresentar esse evangelho como solução para as dores das pessoas.

c) Ele o conduziu – É preciso comprometer-nos na consolidação das pessoas a quem apresentamos o evangelho. Temos que abrir mão do nosso conforto para que ela tenha a possibilidade de se firmarem na fé. Não adianta evangelizarmos, se não estivermos dispostos a levá-las pelo caminho.

d) Ele o levou para uma hospedaria – A hospedaria representa a igreja, uma estrutura mais completa onde as pessoas terão melhor condição de se firmarem. Temos que nos esforçar para integrar aqueles que evangelizamos, em nosso GCEU e igreja. Só nesse ambiente eles receberão tudo o que necessitam para sua vida espiritual e emocional.

5.      Precisamos manter nosso compromisso até o fim da obra - vs. 35 – O samaritano demonstrou comprometimento com a cura daquele homem vitimado, pois deixou recursos para custear seu tratamento e comprometeu-se a voltar e completar, se fosse preciso... Se todos nós tivéssemos essa aliança por aqueles que evangelizamos, perderíamos muito menos pessoas e glorificaríamos a Deus muito mais.

Que o amor de Cristo venha até nós por revelação, para que possamos ser movidos por este amor e ir de encontro àqueles que estão à beira do caminho.

Vamos fazer hoje, uma lista com nomes de pessoas que estão “a beira do caminho” para orarmos juntos por eles. Depois iremos nos empenhar para trazê-los no GCEU e na igreja.

Em Cristo Jesus, o Bom Samaritano. Até a última casa!
                                                                                                                       Pr. Luiz Antonio

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