Carta
pastoral – Março de 2018 – ano III – 081
Série
“Alinhando a visão”
“Compreendendo
a Edificação 02”
Textos
para ler: 1Pe 2.1-10; Ef 2.20-22; Ef
4.11-12; Hb 3.6
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Na semana passada
aprendemos que na edificação da Casa de Deus, os ministérios apontam para cada
função nessa edificação, e que o ministério de apóstolo é aquele que tem a
capacidade de fazer a leitura do projeto, de entender e transmitir a visão da
edificação para a igreja. Hoje vamos dar continuidade ao aprendizado sobre as
demais funções na edificação da Casa de Deus.
2. A coleta das
pedras
Uma vez que
conhecemos a planta, a visão da casa, então precisamos sair para coletar as
pedras. Assim, nosso segundo passo é achar as pedras vivas. Precisamos
encontrar o lugar onde há pedras e levá-las para o local da construção, o que
aponta para o evangelismo. Deus nos leva a buscar pedras mortas e
transportá-las para o reino da luz, onde se tornam pedras vivas. Depois, elas
se tornam pedras lavadas e, mais adiante, pedras lapidadas.
Somente trazer as
pedras e lavá-las não é suficiente. Não podemos pegar a pedra bruta e usá-la na
edificação. Algumas pedras são muito grandes e não cabem no espaço da
construção. Neste caso, elas precisam ser quebradas para serem edificadas. Há
pedras que se acham grandes e preciosas demais para fazerem parte da construção
de um grupo de discipulado tão simples. E, enquanto pensam assim, não são
edificadas, encaixadas nem vinculadas na construção.
Existem pedras que
são muito ásperas, outras possuem lascas cortantes e acabam ferindo as pedras
que estão a seu lado na construção. Também há as que não gostam da construção
local e vivem rolando de uma igreja para outra. São pedras, mas ainda não estão
prontas para a edificação; seus hábitos antigos precisam ser mudados.
Muitas igrejas são
boas em coletar pedras, mas porque não são orientadas pelo propósito eterno,
param neste ponto. Elas só ajuntam pedras, mas isso não é uma casa, é apenas
uma pilha de pedras. Algo que aprendi é que pedras que estão edificadas e
encaixadas na construção não podem ser levadas. Somente as que estão soltas são
levadas. Se uma pessoa não permaneceu é porque ainda não estava apropriadamente
edificada, pois ninguém leva a pedra que está assentada na parede; contudo, a
pedra amontoada pode ser
Facilmente levada.
O propósito de Deus não é ter um ajuntamento de pedras, um amontoado de rochas.
Ele deseja ter Sua Casa e, para isso, é preciso que as pedras sejam
edificadas e vinculadas
na construção. Portanto, não é o tamanho ou a quantidade de pedras que importa,
mas a edificação. Deus não pode habitar no meio de um monte de pedras. Por isso
muitas igrejas possuem a presença de Deus, mas ainda não são a habitação de
Deus. Elas realmente desfrutam de uma forte presença de Deus, mas ela não é permanente.
Quando nos tornamos casa para Deus, Sua presença não se ausenta, mas se
manifesta em todo tempo. Quando duas ou três pedras estão reunidas, o Senhor se
faz presente, mas se essas pedras se recusam a ser edificadas e se tornar
habitação de Deus, a presença do Senhor se vai. É como se Ele dissesse: “É bom
estar aqui com vocês, mas eu preciso de um lugar onde eu possa repousar!” A
presença do Senhor será constante se formos edificados juntos, como Sua casa
espiritual.
Edificando uma
casa para Deus, até a última casa!
Pr. Luiz Antonio