Carta
pastoral - Setembro de 2016 – ano I – 032
Carta Pastoral – Os tesouros no céu
Texto
para ler: Mt 6.19-21
Queridos
e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Nessa série de reflexões, estamos tratando da espiritualidade do
crente, da sua relação com Deus, e nada é mais importante do que isto. O que
Jesus nos ensina é que a única coisa que realmente deveria importar é o fato de
que o Senhor está sempre olhando para nós. Se dermos esmolas, se orarmos ou
jejuarmos, não faremos isso a fim de recebermos o louvor humano, mas o faremos sabendo
que Deus está nos vendo, de que vivemos em Sua presença e que dele queremos a
recompensa. Agora, no verso 19, Jesus introduz outro aspecto da vida cristã:
como vamos lidar com o mundo sendo filhos de Deus? Jesus nos advertiu para
fugirmos da hipocrisia religiosa, mas agora nos adverte para fugirmos do
materialismo e das coisas seculares desta vida.
Perguntas:
Em sua opinião, o que significa esta exortação de Jesus para não acumularmos tesouros na terra?
Será que Jesus está condenando qualquer forma de economia ou provisão para o futuro?
O que você entende que ele está querendo nos ensinar?
Em sua opinião, o que significa esta exortação de Jesus para não acumularmos tesouros na terra?
Será que Jesus está condenando qualquer forma de economia ou provisão para o futuro?
O que você entende que ele está querendo nos ensinar?
Para entendermos bem esta passagem, precisamos em primeiro lugar
entender que trata-se de uma exortação dupla – com um aspecto negativo, e outro
positivo. A exortação negativa é “não
acumulem para vocês tesouros na terra”. Devemos evitar interpretar esta
declaração como se ela girasse apenas em torno de dinheiro. A palavra tesouro é
bastante ampla. É verdade que envolve dinheiro, mas não somente dinheiro. Fala
de algo muito importante para nós, mostrando que Jesus se interessa pela nossa
atitude em relação às nossas possessões. De fato, Jesus está nos alertando que
qualquer pessoa normal corre o perigo de limitar suas ambições, os seus maiores
interesses e as suas esperanças apenas a esta vida. Não está em pauta somente o
amor ao dinheiro, mas também o amor à honra pessoal, o amor à posição social,
aos cargos obtidos, o amor ao próprio trabalho, o amor a qualquer coisa que
comece e termine aqui nesta vida, neste mundo. O problema aqui é colocar o
coração nas riquezas desta vida, porque elas facilmente roubam nossa visão da
eternidade. Não adianta acumular tesouros aqui, porque nossa vida na terra é
passageira. Nada trouxemos a este mundo e daqui nada levaremos, a não ser os
tesouros que acumulamos para desfrutar na glória. A Palavra de Deus nos
assegura que as nossas obras nos acompanharão e que os filhos espirituais que
geramos em Deus serão a nossa coroa e nosso tesouro no dia da volta do Senhor (Ap 14.13, 1 Ts 2.19).
Devemos nos considerar
privilegiados pelo dom da vida que recebemos de Deus. Se Dele recebemos
qualquer dom ou posse material, tudo pertence a Ele mesmo. Por isso, não
devemos permitir que nada ocupe o centro da nossa vida e nem concentrar nas
coisas materiais a nossa total atenção. O melhor de nossa vida devemos oferecer
para Deus e nunca gastar toda a nossa energia de vida nas coisas deste mundo.
Em Cristo Jesus, nossa maior riqueza. Até a última casa!
Pr. Luiz Antônio
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