terça-feira, 18 de junho de 2019

Carta Pastoral 130 - Caminho sobrenatural


Carta pastoral – Junho de 2019 – ano IV – 130

Série: “No Caminho de Jesus”

“Caminho sobrenatural”




Texto para ler Mateus 14.22-33.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Quando oramos por alguém ou por alguma situação, não fazemos ideia de como o Senhor trabalha para realizar aquele pedido, mas podemos ter a certeza de que Ele irá realizar. Os caminhos que o Senhor traça para o milagre são os mais improváveis e até os mais absurdos possíveis, porque milagre não se explica, milagre se vive. São as digitais do Senhor mostrando que só Ele faz e só Ele pode fazer.

O texto lido relata um caminho no sobrenatural na vida dos discípulos, onde podemos aprender alguns princípios, se desejamos viver uma vida sobrenatural.

1.      O caminho sobrenatural começa a partir da ordem de Jesus. Há um princípio espiritual muito forte neste contexto. Só podemos experimentar o sobrenatural, a proteção e a intervenção de Jesus em nossa vida, a partir do momento que temos uma palavra de comando vinda de Jesus sobre nós. Essa palavra descreve autoridade de Jesus sobre nós. Muitas pessoas querem contar com a ação de Jesus em sua vida, mas não se submeteram ao senhorio dEle, não se entregaram ao seu comando. Se queremos receber o que Jesus tem a nos oferecer, temos que nos submeter ao que Ele tem a nos ordenar.

2.      O caminho sobrenatural é pavimentado com uma vida de oração. O texto diz que Jesus se retira para orar só. Que exemplo maravilhoso! Não poderemos experimentar as ações extraordinárias de Jesus a menos que tenhamos uma agenda de oração inegociável e inalterável. Se vivermos encostados nas orações dos outros, não desfrutaremos das maravilhas que Deus tem reservado para os que o buscam em oração e entrega.

3.      O caminho sobrenatural tem hora marcada. Os discípulos estavam sendo açoitados pelo forte vento que lhes era contrário, quando Jesus chegou na quarta vigília da noite, por volta de 4 horas da manhã. Todos nós sabemos que é período mais cansativo de uma noite, é quando o sono e o cansaço nos vencem, mas é nessa hora que Jesus vem em nosso favor. É quando não nos restam força que Ele entra em cena para mudar o quadro e trazer calmaria. Jesus não se atrasa nem se adianta, Ele chega na hora certa.

4.      O caminho sobrenatural nos conduz à vitória sobre o medo. Ao ver Jesus vindo até o barco andando sobre as águas, os discípulos foram tomados pelo pavor, achando ser um fantasma. É assim que o medo age; ele deturpa a nossa visão, nos fazendo ver o que não existe, e não ver o que é real. O medo limita nossa alegria, nos priva de desfrutar o melhor de Deus. O que faz a diferença em nossa vida não é a ausência do medo, mas a capacidade de vencê-lo. Pedro venceu o medo de se lançar em direção a Jesus e teve a experiencia que nenhum outro homem teve, depois venceu o medo de pedir ajuda quando estava afundando e foi socorrido por Jesus. Quantos estão afundando na vida e precisam vencer o medo de pedir ajuda, para que possam ser socorridos por Jesus e seus discípulos.

5.      O caminho sobrenatural nos conduz a conhecer verdadeiramente a Jesus. Muitos não estão nesse caminho porque só querem desfrutar do milagre e mais nada. Somente quem deseja estar mais perto de Jesus e conhece-lo melhor é que permanece nesse caminho.

Somos confrontados a entrarmos e mantermos no caminho do sobrenatural, pois o desejo de Deus é que o mundo seja impactado pelo seu poder, e Ele quer manifestar esse poder através de seus filhos (NÓS).

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Carta Pastoral 129 - O que deixa Jesus irritado


Carta pastoral – Junho de 2019 – ano IV – 129

“O que deixa Jesus irritado”




Textos para ler: Mt 21.12-17.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Todos nós nos irritamos com alguma coisa. A irritação é comum ao ser humano, em algum momento, quando algo lhe tira do sério. O mesmo ocorreu com Jesus ao entrar no templo. O que Ele encontrou ali foi algo que lhe aborreceu tanto que sua atitude foi enérgica. Devemos refletir sobre o que aborreceu Jesus daquela maneira, pois é algo que ainda continua aborrecendo o Senhor em nossos dias. Se queremos agradar ao Senhor em nossa vida, precisamos nos atentar para o que lhe desagrada e buscar nos manter longe dessas coisas.

1.      Jesus se irritou com os que vendiam no templo. Não era apenas pelo fato de vender coisas na porta do templo que irritou Jesus, mas porque aqueles homens só viam o templo como um lugar de lucrar, como um lugar de busca pelos próprios interesses. Vemos ainda nos nossos dias, pessoas com a mesma visão, não vão ao templo para adorar e entregar suas vidas como oferta ao Senhor, mas para se projetarem, buscar notoriedade e alcançar seus desejos egoístas.

2.      Jesus se irritou com os que compravam no templo. Muitos deixavam pra comprar seu sacrifício na porta do templo. Não consideravam a oferta como um processo de aprendizado e dedicação. Essas pessoas são a figura daqueles que não produzem nada para dedicar ao Senhor, querem tudo de maneira fácil. Acham que podem comprar as bençãos, comprar unção, comprar talentos. Precisamos entender que tudo que Deus faz em nós e através de nós é fruto de um processo contínuo em que Ele faz com que do nosso interior seja produzido frutos para dedicarmos a Ele.

3.      Jesus se irritou com os cambistas no templo. Os cambistas eram homens oportunistas que se aproveitavam dos estrangeiros que iam ao templo. O mesmo acontece em nosso tempo, onde pessoas se aproveitam do ambiente pacífico e benigno da igreja para darem vazão à carne e se aproveitar daqueles que têm o coração bondoso. Vemos líderes se aproveitando do rebanho, usurpando senhoras humildes, vemos homens seduzindo jovens e outras coisas terríveis acontecer. Mas podemos ter a certeza de que nada escapa aos olhos de Deus, e no seu tempo Ele irá virar a mesa desses aproveitadores.

4.      Jesus se irritou com os vendedores de pombas. A pomba era o sacrifício mínimo exigido na lei de Moisés, era o sacrifício que os mais pobres e de poucos recursos davam, por não poder oferecer algo de maior valor. Só que nos dias de Jesus, a maioria das pessoas só oferecia pomba como sacrifício. Se passavam por necessitados para não oferecer um sacrifício melhor. A pergunta que faço é; estamos oferecendo o melhor que temos ao Senhor? Ou estamos dando o mínimo para Ele? Será que estamos oferendo o melhor do nosso tempo, dos nossos recursos, do nosso vigor ao Senhor? Ou só damos à Ele o nosso resto?

Mas Jesus não só se irrita, Ele também se agrada de algumas atitudes. Ele se agrada daqueles que vão até Ele em busca de cura (verso 14). Ele se agrada daqueles que lhe adoram de coração (verso 15). Ele se agrada daqueles que lhe recebem bem como Marta, Maria e Lázaro (verso 17).

Nossas atitudes tem irritado ou agrado à Jesus? Que possamos refletir sinceramente!  

Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                                          Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 4 de junho de 2019

Carta Pastoral 128 - Não perca a presença de Deus!


Carta pastoral – Junho de 2019 – ano IV – 128

“Não perca a presença de Deus”




Textos para ler: Ct 5.2-7; Jo 12.1-3.


Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

A Bíblia é o livro da relação entre Deus o homem, a história de um Deus que ama tanto o homem, que faz dele a sua habitação. O livro de Cantares descreve essa história de forma poética na figura do Amado (Cristo) e a Sulamita (Igreja). Essa história de amor revela as fases do relacionamento do homem com Deus no decorrer do tempo. Começando no primeiro momento com um encontro apaixonado, um namoro, depois essa paixão assume um nível mais sério de compromisso chegando ao casamento. Mas essa relação também chega ao nível do desgaste e dificuldades como todo relacionamento. O texto que lemos relata esse momento em que a Sulamita perde a presença no Amado por algumas razões que traz para nós ensinamentos e revelações de como perdemos a presença de Deus na nossa caminha com o Senhor.

1.        Perdemos a presença de Deus quando a fadiga e o cansaço se tornam maiores que o desejo vs. 2. O texto diz que a Sulamita tinha anseio pela presença do amado, mas foi tomada pelo sono. Quantos têm sido dominados pelo cansaço e fadiga da vida, de tal maneira que já não conseguem perceber o mover de Deus à sua volta. Como perdemos da presença de Deus e do seu agir, quando não aprendemos vencer o cansaço para estar em disposição diante dEle. Quantos cultos, congressos ou reuniões dos GCEUs que marcaram nossas vidas e poderíamos ter perdido se fossemos olhar para o cansaço e o desanimo.

2.        Perdemos a presença de Deus quando somos dominados pela indisposição vs. 3. Ainda sonolenta, a Sulamita se mostra indisposta em tornar a vestir a roupa para abrir a porta. Essa indisposição tem feito com que muitos percam os milagres e manifestações de Deus. Será que vale a pena ir no GCEU hoje? Será que vale a pena participar da campanha da família? Será que vale a pena participar do jantar de casais ou encontro dos solteiros? A indisposição e o comodismo vão nos aprisionando em uma vida limitada das oportunidades que Deus prepara para sermos abençoados. Se Saul tivesse indisposto para procurar os animais de seu pai, não teria sido rei de Israel, se Davi não tivesse levado comida pra seus irmãos, não teria vencido Golias. A indisposição é um grande aliado de Satanás para nos impedir de viver o melhor da presença de Deus.

3.        Perdemos a presença de Deus quando somos tomados pelo excesso de cuidados pessoais vs. 3b. Outra dificuldade que a Sulamita encontrou, foi a de tornar sujar os pés que já haviam sido lavados. Esse mesmo excesso de cuidados pessoais tem levado muitas pessoas a se distanciarem de Deus. “Não vou à igreja pois não tenho roupa”, “não vou ao GCEU pois tenho que lavar a calçada”, “não vou expressar minha adoração pra não suar e manchar a maquiagem” são exemplos de declarações comuns na vida de pessoas fracassadas e que se desviam frequentemente. Estão mais preocupadas com seus caprichos do que em buscar a presença de Deus.

4.        Perdemos a presença de Deus quando tratamos o que recebemos dEle de forma egoísta vs. 5. As mãos da Sulamita gotejavam mirra, mas ela já não tinha o amado pra desfrutar daquele perfume. Quantos tem talentos, mas guardam só pra si, não dispõe pra obra de Deus. Do que adianta saber cantar, tocar ou pregar, mas não ser usado por Deus pra adoração ou abençoar outras vidas? O que recebemos de Deus só tem significado se for usado pra Glória dEle Rm 11.36.

A presença de Deus é o mais necessário em nossa vida. Nossa vida só tem sentido quando estamos na presença de Deus. Se você está sem essa presença ou se distanciando dela, volte agora, pois sem a presença de Deus a vida é árdua, vazia e de sofrimento. Faça como Maria irmã de Marta que se lançou aos pés de Jesus e o adorou com o melhor que ela tinha para oferecer, sem se preocupar com nada, só queria estar ali aos seus pés e em sua presença.

 Em Cristo Jesus, esperança da glória. Até a última casa!

                                                                          Pr. Luiz Antonio

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