terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Carta Pastoral 117 - Caminho duro, mas necessário


Carta pastoral – Fevereiro de 2019 – ano IV – 117

Série “No Caminho de Jesus”

“Caminho duro, mas necessário”

Texto para ler: Mc 7.31-37.



Queridos e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Há caminhos que evitamos ao máximo em passar por eles, mas que são necessários e inevitáveis em nossa vida. O caminho de Jesus, muitas vezes nos impõe uma rota meio dura de se percorrer. Jesus foi até as cidades de Tiro e Sidom e a região de Decápolis, lugares que os judeus evitavam ir, pois esses lugares traziam consigo a imagem da decepção, traição, humilhação e frustração. Tiro e Sidom foram muito cruéis com Israel, pois foram dominadas pela arrogância e ingratidão num momento em que Israel sofria. Nesse caminho podemos aprender muito com Jesus e por em prática em nossas vidas.

1.      Toda ação gera uma reação. A ida de Jesus à essas cidades e à região de Decápolis tinha o propósito de evidenciar que a condição de miséria e sofrimento que estavam vivendo era resultante de um passado de alianças malignas e alianças quebradas. Esse fato deve nos fazer refletir sobre os tipos de alianças que temos feito em nosso tempo. Com quem temos nos relacionado e que tipo de ambiente temos frequentado. Aquele povo estava pagando um preço muito alto pelos erros de seus antepassados. Que a presença de Jesus em nossa vida desfaça todo tipo de envolvimento errado do passado, todo mal que foi herdado da família. Em Cristo somos novas criaturas 2Co 5.17. Que nós e nossos filhos desfrutem tão somente dos frutos de nossa aliança com Deus. 

2.      Só os fortes percorrem o caminho da restauração. Somente aqueles que foram curados por Jesus, podem percorrer o caminho do reencontro, do conserto, do perdão. Para o discípulo que deseja avançar em uma vida de crescimento, não pode ficar pra trás feridas abertas de ressentimento e amargura. É fundamental voltarmos onde essas feridas foram abertas, e com o auxilio do Espírito Santo, passarmos o balsamo da cura onde ainda não cicatrizou, onde ainda não houve um pedido ou a liberação de perdão.

3.      Quando percorremos o caminho da restauração, ouvidos e boca se abrem. Ao retornar, Jesus opera um milagre de cura que é profético para nós como igreja. Ele cura um homem da surdez e da dificuldade de falar. Essa cura é necessária em nosso meio. Precisamos ter ouvidos abertos para a Palavra de Deus. Nunca se teve tanto acesso à Palavra de Deus como em nosso tempo, no entanto, nunca se viu tantas pessoas ensurdecidas para as escrituras. Precisamos ter ouvidos abertos para o que Deus diz a nosso respeito. Quantos dão ouvidos à voz de satanás mas ignoram as promessas que Deus fez, ao chamado de Deus em sua vida. Precisamos ter os ouvidos abertos para o clamor do mundo. As nações clamam por socorro, os vizinhos, os amigos e parentes estão clamando por misericórdia perto de nós. Ouça os gritos daqueles que estão perecendo sem salvação!

Por fim, precisamos abrir nossa boca para proclamar o evangelho. Mas para falar sem dificuldade. Muitos pregam a Palavra, mas com dificuldade, pois o que falam não condiz com o que vivem. Precisamos pregar o evangelho de tal maneira que quem ouve, entenda com facilidade, pois nossa vida confirma o que falamos. Só assim poderemos alcançar as multidões para Cristo. O caminho é duro, mas é necessário.

Em Cristo Jesus, até a última casa!

                                                                                                            Pr. Luiz Antonio

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