Carta pastoral – Fevereiro de 2019 – ano IV – 117
Série
“No Caminho de Jesus”
“Caminho
duro, mas necessário”
Texto
para ler: Mc 7.31-37.
Queridos
e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Há
caminhos que evitamos ao máximo em passar por eles, mas que são necessários e
inevitáveis em nossa vida. O caminho de Jesus, muitas vezes nos impõe uma rota
meio dura de se percorrer. Jesus foi até as cidades de Tiro e Sidom e a região
de Decápolis, lugares que os judeus evitavam ir, pois esses lugares traziam
consigo a imagem da decepção, traição, humilhação e frustração. Tiro e Sidom
foram muito cruéis com Israel, pois foram dominadas pela arrogância e
ingratidão num momento em que Israel sofria. Nesse caminho podemos aprender
muito com Jesus e por em prática em nossas vidas.
1.
Toda ação gera uma
reação.
A ida de Jesus à essas cidades e à região de Decápolis tinha o propósito de
evidenciar que a condição de miséria e sofrimento que estavam vivendo era
resultante de um passado de alianças malignas e alianças quebradas. Esse fato
deve nos fazer refletir sobre os tipos de alianças que temos feito em nosso
tempo. Com quem temos nos relacionado e que tipo de ambiente temos frequentado.
Aquele povo estava pagando um preço muito alto pelos erros de seus
antepassados. Que a presença de Jesus em nossa vida desfaça todo tipo de
envolvimento errado do passado, todo mal que foi herdado da família. Em Cristo
somos novas criaturas 2Co 5.17. Que nós e nossos filhos desfrutem tão somente
dos frutos de nossa aliança com Deus.
2.
Só os fortes
percorrem o caminho da restauração. Somente aqueles que foram curados por
Jesus, podem percorrer o caminho do reencontro, do conserto, do perdão. Para o
discípulo que deseja avançar em uma vida de crescimento, não pode ficar pra
trás feridas abertas de ressentimento e amargura. É fundamental voltarmos onde
essas feridas foram abertas, e com o auxilio do Espírito Santo, passarmos o
balsamo da cura onde ainda não cicatrizou, onde ainda não houve um pedido ou a
liberação de perdão.
3.
Quando percorremos
o caminho da restauração, ouvidos e boca se abrem. Ao retornar,
Jesus opera um milagre de cura que é profético para nós como igreja. Ele cura
um homem da surdez e da dificuldade de falar. Essa cura é necessária em nosso
meio. Precisamos ter ouvidos abertos para a Palavra de Deus. Nunca se teve
tanto acesso à Palavra de Deus como em nosso tempo, no entanto, nunca se viu
tantas pessoas ensurdecidas para as escrituras. Precisamos ter ouvidos abertos
para o que Deus diz a nosso respeito. Quantos dão ouvidos à voz de satanás mas
ignoram as promessas que Deus fez, ao chamado de Deus em sua vida. Precisamos
ter os ouvidos abertos para o clamor do mundo. As nações clamam por socorro, os
vizinhos, os amigos e parentes estão clamando por misericórdia perto de nós.
Ouça os gritos daqueles que estão perecendo sem salvação!
Por
fim, precisamos abrir nossa boca para proclamar o evangelho. Mas para falar sem
dificuldade. Muitos pregam a Palavra, mas com dificuldade, pois o que falam não
condiz com o que vivem. Precisamos pregar o evangelho de tal maneira que quem
ouve, entenda com facilidade, pois nossa vida confirma o que falamos. Só assim
poderemos alcançar as multidões para Cristo. O caminho é duro, mas é
necessário.
Em
Cristo Jesus, até a última casa!
Pr. Luiz
Antonio
Nenhum comentário:
Postar um comentário