terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Carta Pastoral 276 - Somos escolhidos para ter Comunhão 03

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

Somos escolhidos para ter Comunhão 03

Textos para ler: Rm 12.10

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Respeito é da vontade de Deus.

Respeitar nos faz lembrarmos de que, em breve, compartilharemos o céu com aqueles que agora estão em nosso pequeno grupo e na igreja — e com os que temos dificuldade de respeitar.

Uma expressiva demonstração de respeito é o simples ouvir. Fazemo-nos presentes e abrimos os ouvidos para escutar os corações feridos e angustiados, os sonhos e desejos mais profundos uns dos outros. O Deus do universo ouve todas as nossas orações; Jesus ouviu aqueles que o rodearam; devemos ouvir nossos irmãos e irmãs em Cristo.

Esse ouvir significa que não nos apressaremos para tentar corrigir os fatos, nem apresentaremos respostas rápidas. Respeitamos os outros o suficiente para deixá-los compartilhar a história toda.

Algumas vezes tudo o que precisamos é alguém que ouça o que temos no coração.

Respeitar significa dizer que confiamos nos outros em vez de presumir que agirão errado ou não farão melhor do que faríamos.

Também demonstramos respeito pelo modo como falamos dos outros quando não estão por perto. Nada destrói um relacionamento mais rapidamente do que a fofoca Pv 16.28. A fim de agirmos com respeito, devemos fazer qualquer coisa para proteger a reputação e a dignidade de nossos irmãos em Cristo, em vez de darmos razão à fofoca e espalharmos rumores.

Temos êxito em demonstrar respeito mútuo quando, de fato, procuramos ser:

* Cuidadosos e não somente sinceros. Ter tato é pensar antes de falar, sabendo que o modo de dizer algo influenciará na recepção da mensagem. A crítica é mais bem recebida quando apresentada com amor. Sendo cristãos maduros, devemos sempre falar a verdade, mas dize-la em amor Ef 4.15. Antes de falar francamente com alguém, pergunte-se: *Por que estou dizendo isso? Minhas palavras vão edificar ou derrubar essa pessoa?". "O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito" Pv 15.4.

* Compreensíveis e não exigentes. Respeitamos os outros quando os tratamos do modo como desejamos ser tratados. Que comportamento você espera das pessoas que trabalham com você? Que sejam exigentes ou compreensivas? Temos de ter consideração com os sentimentos dos outros e com as pressões que enfrentam: às vezes, não estão se sentindo bem, passaram por um dia difícil etc. O melhor lugar para praticar o respeito é em nossa casa e pequeno grupo. Frequentemente somos mais bem educados com pessoas estranhas do que com as que vemos todos os dias.

* Gentis e não julgadores. Mesmo quando discordamos, devemos ser respeitosos e nos concentrar primeiramente em nosso comportamento.

* Educados e não rudes. Quando somos tratados rudemente, não precisamos responder no mesmo tom. Como discípulos de Cristo, aprendemos a responder com bondade.

Nem todos conseguem facilmente ter tato, ser compreensivos, gentis e bem-educados.

Mas é necessário que sejam. Pense sobre essas coisas e peça a Deus que o fortaleça através do Espírito Santo para capacitá-lo a "... promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua" Rm 14.19.

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Carta Pastoral 275 - Somos escolhidos para ter Comunhão 02

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

Somos escolhidos para ter Comunhão 02 

Textos para ler: Rm 14.19

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Comunidade se forma por melo de compromisso.

Numa comunidade cristã saudável, todos se comprometem a amar uns aos outros, trabalhar juntos e manter-se unidos. A Bíblia diz: "O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores" Tg 3.18.

Isso transforma a mentalidade de "cada um por si" e alcança boa convivência com os outros. Significa que valorizamos cada indivíduo de nosso pequeno grupo, pois entendemos que cada um foi criado por Deus e é recipiente de sua graça, que assumimos um compromisso de realmente participar da vida um do outro, pois fomos " .. chamados para viver em paz, como membros de um só corpo." Cl 3.15.

Deus nos criou para esse tipo de compromisso; ele está comprometido conosco e espera que nos comprometamos com ele e uns com os outro: 2 Co 8.5. É plano de Deus que definamos nossa vida por meio de compromissos: casamento, filhos, trabalho, igreja. Construir uma comunidade comprometida leva tempo: temos de conviver além de encontros semanais e fazer de "uns aos outros" uma prioridade — compartilhando a vida Pv 18.24. Devemos focalizar a qualidade de nossos relacionamentos e não a quantidade. Não precisamos ter muitos amigos nesta vida, mas alguns poucos e bons.

Comprometer-se significa:

* Amar, não importa o que aconteça. Devemos amar e apoiar uns aos outros continuamente e não apenas quando for conveniente Pv 17.17; devemos amar todas as pessoas, mesmo quando errarem, e não apenas quando as consideramos amáveis Rm 5.8.

* Estar presente. Um sinal básico de compromisso é simplesmente aparecer. Nossa mera presença é fonte de encorajamento Hb 10.25, mas estar presente significa também estar ativamente engajado na vida dos outros. Jim Elliot, missionário martirizado, disse certa vez: "Onde quer que, estiverem, estejam todos lá".

* Auxiliar. Deus deu a cada um, habilidades especiais.com o propósito de que as compartilhássemos mutuamente: "A cada um, porém, é dada a manifestação do Espirito, visando ao bem comum" 1 Co 12.7. Nossa igreja e nosso pequeno grupo ficam empobrecidos se não usamos liberalmente nossos dons espirituais, visando ao bem comum. Compromisso significa que nos reconhecemos como partes que trabalham juntas num grande corpo Rm 12.4,5.

Com quem ou com o quê você assumiu compromisso? Você já se aproximou de alguém, que não seja seu cônjuge, para afirmar: 'Quero que saiba que estarei a seu lado para o que der e vier"? Já assumiu conscientemente um compromisso com alguém dizendo: "Quero fazer nossa amizade crescer"? Que tal fazer isso em seu pequeno grupo nesta semana?

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Carta Pastoral 274 - Somos escolhidos para ter Comunhão 01

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

Somos escolhidos para ter Comunhão 01

Textos para ler: Rm 12.5

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Precisamos uns dos outros.

Em 2004, foram divulgadas notícias sobre Jim Sulkers, um morador de uma cidade do Canadá, que morreu em sua cama e ficou lá durante dois anos antes de algum vizinho descobrir seu corpo. O homem morou ali durante vinte anos, mas ninguém sentiu sua falta.

Você conhece alguma história de pessoas que vivem em total isolamento?

Por que relutamos tanto em admitir nossas necessidades uns para os outros?

Há pelo menos duas fortes razões. Primeiro que nossa cultura exalta o individualismo. Admiramos os independentes, autos suficientes, que parecem viver bem por si sós. Mas a triste verdade é que, apesar dessa confiança aparente, normalmente a pessoa é insegura, com um coração cheio de dor. A solidão é a doença mais comum neste mundo, e, ainda assim, continuamos a construir muros em vez de pontes entre nós.

Segunda que somos orgulhosos. Muitas pessoas, especialmente os homens, sentem que pedir ajuda ou expressar uma necessidade é sinal de fraqueza. Mas não há nada de vergonhoso no fato de precisarmos dos outros. Deus nos formou assim! Ele quer que seus filhos dependam uns dos outros.

Estudando Uma Vida com Propósitos, aprendemos que Deus planejou que desfrutássemos a vida juntos. Fomos moldados para relacionamentos dentro da família de Deus e criados para uma vida em comunidade. Não é da vontade dele atravessarmos a vida, sozinhos. Mesmo no ambiente perfeito do jardim do Éden, disse: "Não é bom que o homem esteja só" Gn 2.18.

Precisamos de uma família espiritual e é por isso que ele criou a Igreja. Quando Deus o salvou e o adotou para ser de sua família, entrelaçou sua vida à de outros cristãos. Você não é somente um cristão, você pertence a alguém." "...vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo" I Co 12.27.

A palavra corpo é frequentemente usada para descrever um grupo de pessoas ligadas por um propósito. Na escola, você faz parte do corpo de estudantes. Os políticos eleitos formam o corpo legislativo. Mas quando Deus chama a igreja de "corpo de Cristo", tem o corpo humano em mente, onde cada parte é interligada e interdependente: "assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros" Rm 12.5.

Como partes de um corpo vivo, é impossível para o cristão manter a vida sem os outros. Portanto, "O olho não pode dizer à mão: 'Não preciso de você'. Nem a cabeça pode dizer aos pés: 'Não preciso de vocês!'" 1 Co 12.21.

Você precisa estar em comunhão com uma igreja para sobreviver espiritualmente. Mais do que isso, você precisa fazer parte de um pequeno grupo de pessoas, no qual poderá amar e ser amado, servir e ser servido, compartilhar o que está aprendendo e aprender com os outros. Você não consegue fazer isso tudo em meio a uma multidão.

Porque fomos chamados por Deus para ter comunhão juntos, durante as próximas semanas veremos como construir um senso de comunidade com irmãos e irmãs, na família de Deus. O primeiro passo é admitir que, precisamos uns dos outros, como se nossa vida espiritual dependesse dos outros — porque depende.

"Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios" Rm 12.10. Viver em comunidade requer humildade. Precisamos nos lembrar continuamente de que pertencemos um ao outro e precisamos uns dos outros.

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Carta Pastoral 273 - Somos chamados para Juntos alcançar outros 07

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

Somos chamados para Juntos alcançar outros 07

Textos para ler: Cl 3.17; Gl 2.20

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Como cristãos, nosso papel na vida mudou. Não temos mais a responsabilidade de buscar nossos próprios interesses. Nossa tarefa agora é representar os Interesses de Jesus. Temos de ser sua face, suas mãos e pés para agir por ele na vida de outras pessoas. Representamos Jesus no hospital, no funeral, na cerimônia de casamento. Representamos Jesus quando conversamos com um vizinho.

Não somos deste mundo, mas estamos nele. Atuamos como embaixadores de Cristo 2 Co 5.14-21. Servimos segundo a vontade do Rei Jesus. Trabalhamos como porta-vozes e servos do Reino de Deus - sempre preparados para explicar a esperança que temos, e nos lembrando de que este mundo não é o nosso lar.

Alcançamos os que não creem vivendo de tal forma que os faça perguntar sobre o Rei que representamos. Como embaixadores de Cristo, esforçamo-nos para entender a cultura a fim de poder traduzir a mensagem de Jesus para que compreendam os mandamentos e as diretrizes da sua graça.

Nosso trabalho é mais do que um simples emprego; é nosso mais alto chamado. Contudo, para sermos embaixadores fiéis, temos de tomar uma decisão muito importante, porém simples: queremos impressionar ou influenciar os não cristãos? Se nosso objetivo é impressioná-los, então podemos fazê-lo à distância, mas isso talvez acabe os distanciando também o Reino de Deus. Se queremos influenciar aqueles que ainda não creem em Jesus, temos de nos aproximar o suficiente para que vejam nossos erros e fragilidades, e isso também será o meio pelo qual verão nossa fé como algo real e necessário. Você acha que Deus quer impressionar os não cristãos ou influenciá-los?

Veja algumas sugestões de como expandir sua influência como representante de Jesus:

* Sorria. A Bíblia diz que um olhar amigável traz alegria aja coração Pv 15.30. Você pode influenciar com um simples sorriso.

* Seja simpático. Forneça apoio emocional e incentivo às pessoas estressadas. "[Deus] nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus a, possamos consolar os que estão passando por tribulações" 2Co 1.4.

* Sirva. Quanto mais você servir em amor aos outros, mais os influenciará. O apóstolo Paulo escreveu: "... embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas" 1 Co 9.19.

* Fale. Ser representante de Cristo requer coragem; temos de fazer as pessoas saberem no que cremos. Seu amor não apenas nos constrange a explicar nossa fé, como também, algumas vezes, nos leva a confrontar o mau comportamento dos outros. "Assim o digam os que o SENHOR resgatou, os que livrou das mãos do adversário" Sl 107.2.

* Sacrifique-se, "quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espirito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, para que sirvamos ao Deus vivo!" Hb 9.14. Grandes sacrifícios equivalem a grande influência. Isso significa que sua influência só aumentará quando você sair da zona de conforto. Se seus sacrifícios podem mudar o mundo, não é compensador?

Faça esta oração hoje: "Deus, eu quero ser seu representante. Quero que o Senhor use minha vida para influenciar todas as pessoas com quem eu tiver contato hoje. Quero mostrar a profundeza e a amplitude de seu amor".

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

Carta Pastoral 272 - Somos chamados para Juntos alcançar outros 06

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

Somos chamados para Juntos alcançar outros 06

Textos para ler: 1Jo 3.18

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Pessoas sabem que as amamos quando demonstramos.

Jesus parou. Parou quando as pessoas precisavam de ajuda, conforto, proteção e respostas as suas perplexidades. Ele encarava as interrupções em sua vida como oportunidades divinas para mostrar o amor de Deus aos que estavam em necessidade desesperadora. Sua atitude com relação ao amor é: primeiro mostre, depois fale. Ele definiu amor como ir ao encontro das necessidades. Quando as pessoas eram tocadas por ele, diziam: “um grande profeta se levantou entre nós" e "Deus interveio em favor do seu povo" Lc 7.16.

Jesus expressou seu amor por meio de ações. Ele nos chamou para sermos ativos, mas nunca desejou que ficássemos tão ocupados em salvar o mundo que ignorássemos as interrupções daqueles que estão precisando. Como o Bom Samaritano, Jesus nos quer prontos a deixar nossos compromissos a fim de ajudar alguém necessitado Lc 10.25-37. A Bíblia diz: "Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?" 1 Jo 3.17.

Jesus demonstrou que fé e serviço andam juntos. Quando a mulher de má reputação ungiu seus pés com um perfume caro e os lavou com suas lágrimas, enxugando-os com os cabelos, Jesus lhe disse: "Sua fé a salvou; vá em paz" Lc 7.50. Serviço era um reflexo de sua fé em Deus. Quando os discípulos de João Batista perguntaram a Jesus se ele era realmente o Cristo, sua resposta apontou para seu trabalho:

"Voltem, e anunciem a João, o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas novas suo pregadas aos pobres" Lc 7.22.

Como Tiago mais tarde ensinou, devemos ser praticantes da Palavra e não somente ouvintes: De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem, porém, lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta Tg 2.14-17.

Ao demonstrar nosso amor, nenhuma tarefa deve ser considerada menor. Jesus especializou-se em serviços que muitas pessoas tentavam evitar: lavar os pés, ajudar crianças, preparar o café da manhã e servir os leprosos. Nada o rebaixava porque seu trabalho era fruto do amor.

Jesus disse que nossos atos de amor devem ser bem práticos; mesmo oferecer um copo de água no nome dele é um ato de amor Mt 10.42. Há muitas necessidades no mundo. Talvez você possa satisfazer algumas delas:

* Ajudar alguém a limpar a casa.

* Tomar conta do filho de um vizinho.

* Levar comida para um preso.

* Cuidar de um doente.

* Começar a perguntar: "Como eu posso servi-lo hoje?"

Nós servimos a Deus quando servimos aos outros, e servimos melhor juntos Ec 4.9. Como nosso pequeno grupo pode trabalhar unido para ajudar alguém ao nosso redor?

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                             
Pr. Luiz Antonio

Carta Pastoral 271 - Somos chamados para Juntos alcançar outros 05

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

Somos chamados para Juntos alcançar outros 05

Textos para ler: Rm 12.16; 2Co 5.20

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Essa é a mensagem que devemos transmitir ao mundo, mas se só temos amigos cristãos ficamos limitados na tarefa de compartilhar as Boas Novas. Por outro lado, Jesus entendeu que sua missão era buscar o perdido e por isso fez amizade com aqueles que precisavam ser amigos de Deus.

A Bíblia diz que quando os fariseus viram Jesus em companhia de pessoas sem reputação, perguntaram: "Por que o mestre de vocês come com publicanos e 'pecadores'?". Ouvindo isso, Jesus disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Vão aprender o que significa isto: 'Desejo misericórdia, não sacrifícios. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores." Mt 9.11-13. Jesus sabia qual era seu propósito e isto o permitiu ficar à vontade em companhia dos não cristãos. Não se preocupava quando era acusado de ser amigo de pecadores Lc 19.7, porque ele estava fazendo exatamente o que o Pai o havia enviado para fazer: persuadir homens e mulheres a se reconciliar com Deus 2 Co 5.20.

Da mesma forma, Jesus quer que sejamos seus representantes, falando aos que ainda estão fora de sua família. Apesar disso, há ninhos cristãos tão isolados e desconectados dos não cristãos que raramente têm uma conversa significativa com um deles. Quanto mais tempo de vida cristã temos, mais nos isolamos dos não cristãos; e, quanto mais isolados deles, mais incomodados nos sentimos em sua companhia. No fim, não temos mais amizade com quem Jesus quer que alcancemos.

Jesus entende que nosso testemunho aos não cristãos começa com amizade: conquistamos o direito de compartilhar o evangelho por meio do relacionamento. A questão é: pessoas não se importam com quanto você sabe, até que saibam quanto você se importa. Os não cristãos, como muitos de nós, estão buscando amizades profundas, verdadeiras e incentivadoras.

O apóstolo Paulo disse que devemos tentar achar um "ponto em comum" com os não cristãos, para que assim possamos falar de Cristo: "Faço tudo isso por causa do evangelho, para ser coparticipante dele" 1 Co 9.23. Buscar, um ponto em comum, expressa uma atitude de amizade, na qual nos concentramos no que é positivo, naqueles afastados da fé.

Quando Jesus começou a falar com a mulher perto do poço Jo 4.4-26, procurou um ponto em comum em vez de condená-la. Como resultado, ela não apenas se reconciliou com Deus, mas também levou seus amigos e familiares à presença de Jesus. Vemos nesse acontecimento um exemplo de que nossa amizade com os não cristãos requer entendermos as diferenças entre amá-los e amar o que fazem.

Em Jo 3.16, lemos: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito...". Fica claro que Deus ama as pessoas do mundo, mas isso não é o mesmo que amar os valores do mundo. A Bíblia diz: "Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" 1 Jo 2.15.

A construção de amizades requer:

* Cortesia: "O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um" Cl 4.6.

* Frequência: passe tempo com os não cristãos a fim de fazer amizade com eles.

* Autenticidade: "O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom" Rm 12.9.

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

Carta Pastoral 270 - Somos chamados para Juntos alcançar outros 04

Carta pastoral – ano VI

Série: “Juntos Somos Melhores”

 Somos chamados para Juntos alcançar outros 04

 Textos para ler: Rm 15.7

Queridos e amados irmãos, que a Graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.

Devemos aceitar os outros como Jesus nos aceita.

Apesar de tudo o que temos de ruim, Jesus demonstrou "... seu amor por nós [morrendo] em nosso favor quando ainda éramos pecadores" Rm 5.8. Ele nos aceita como filhos amados Ef 1.5, a despeito de nossa vida desordenada, das motivações impuras e das atitudes irritantes. Sua aceitação não fecha os olhos ao nosso pecado, mas reconhece que somos obra de arte criada por Deus — cada um de nós é único, moldado como filho de Deus, criado para um propósito especifico Ef 2.10.

Uma das maneiras de demonstrar amor uns aos outros é aceitando-nos mutuamente, como Cristo nos aceita Rm 15.7. Isso glorifica a Deus. O "outro" deve ser também aquele que não crê, pois, mesmo sendo pecador, Cristo morreu por ele: "... como haveria eu de julgar os de fora da igreja?" 1 Co 5.12. Isso não significa que devemos ignorar o pecado. A rejeição pelos de fora da igreja está baseada em medo e preconceito, porque achamos que eles têm de ser iguais a nós para poderem estar em nossa companhia.

Jesus não temia ser amigo dos não cristãos Lc 19.7. Ele não focalizava o pecado passado, mas a pessoa, como Deus queria que fosse ao criá-la. Jesus entendia que aceitá-la não é o mesmo que aceitar seus pecados. Como se costuma dizer: "Ame o pecador e não o pecado". Um dos melhores exemplos está na história de Zaqueu, o cobrador de impostos Lc 19.1-10. Nesse encontro aprendemos algumas características do tipo de aceitação que Jesus tinha:

Primeiro não importa onde você esteja, Jesus irá a seu encontro. Precisamos aceitar os não cristãos independente das circunstâncias em que vivem — olhar para eles como Jesus olha: com amor", Jesus sabe de todas as coisas que já fizeram tudo o que disseram ou pensaram, e ainda assim os ama e aceita. Devemos agir da mesma forma!

Uma das expressões mais profundas de amor é a aceitação. Demonstramos o amor de Deus aos descrentes quando passamos tempo com eles. O tempo é uma dádiva preciosa porque é algo que não pode ser recuperado. Há pessoas que estão fazendo de tudo para receber atenção, desesperadas por alguém que lhes dedique um pouco de tempo. Precisam saber que Deus se importa com elas e as criou deliberadamente, e para um propósito.

Em segundo lugar, não importa do que as pessoas o têm chamado. Mesmo com todos chamando Zaqueu de pecador, Jesus o chamou pelo nome e estendeu-lhe sua amizade. Essa oferta de amizade mudou o coração de Zaqueu. Jesus quer que façamos o mesmo. O Senhor deseja que alcancemos o perdido com amor e aceitação. Quer que o vejamos como ele o vê e o tragamos para os propósitos do Reino de Deus por meio do amor genuíno e da amizade.

Em terceiro lugar, não importa o que você já tenha feito, Jesus não o rejeitará. Bom comportamento nunca foi pré-requisito para amizade com Jesus. Ele ama e aceita as pessoas, apesar do que já tenham feito. Jesus está muito mais interessado em nos mudar do que em nos condenar. Zaqueu deve ter pensado que não era bom o suficiente para convidar Jesus para ir à sua casa, mas Jesus já havia pensado nisso. Não importam quais tenham sido suas ações, Jesus ainda diz: "Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei" Jo 6.37. Jesus não apenas tem um propósito e um plano para sua vida, como também tem um plano e um propósito para aqueles que ainda não creem nele. E por isso que deseja que alcancemos e acolhamos outros na família de Deus.

Amar a Deus, Amar o próximo e Fazer Discípulos. Até a última casa!

                                                                                               Pr. Luiz Antonio

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