Carta
pastoral – Dezembro de 2018 – ano III – 115
“Aprendendo
a orar como Jesus”
Textos
para ler: Lc 11.1-4
Queridos
e amados irmãos, que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Estamos
encerrando mais ciclo do GCEU e iniciando um tempo de reflexão e reciclagem
para o próximo ano. Este é um momento que precisamos nos aplicar à oração, pois
é através de uma vida de oração que os discípulos de Jesus vencem os desafios à
sua frente. Este texto bíblico começa de uma maneira bastante curiosa e
sugestiva. Um dos discípulos de Jesus, vendo que Ele mais uma vez gastara um
tempo em oração particular (algo que era habitual na vida dEle), pediu-lhe os
ensinasse a orar. Os judeus, de uma maneira geral, tinham o hábito de orar, mas
o faziam de forma religiosa e mecânica, enquanto Jesus orava de uma forma
diferente e era isso que eles queriam aprender... Nós também precisamos
aprender a orar e nosso melhor modelo e mestre é o próprio Jesus:
1) Se Jesus tinha necessidade de
cultivar uma vida de oração, muito mais nós! – Lucas 6:12; 9:18,28; Mateus
14:23 – No texto
de Lucas 11, vemos que o desejo de aprender a orar foi despertado no discípulo
por ver Jesus se dedicando à oração. Há muitas passagens nos Evangelhos que
mostram o Senhor se separando para orar. Era isso que mantinha sua conexão com
o Pai e seu vigor espiritual! Saber disso deve nos levar a refletir: se o Filho
Unigênito de Deus, ocupado como era, sentia necessidade de isolar-se com
constância para manter uma vida pessoal de oração, como nós poderíamos abrir
mão dessa prática? Se somos discípulos, seguidores de Jesus, precisamos
aprender orar com Ele!
2) A prática da oração é importante
em todo bom processo de discipulado – Lucas 18:1 – Quando aquele discípulo pediu a
Jesus que os ensinasse a orar, citou o exemplo de João Batista, que também o
havia feito com seus seguidores. Isso indica que o assunto da oração é central
num bom discipulado. A prática da oração é algo tão básico na vida cristã que
deve ser uma prioridade no ensino dos líderes e deve encontrar um interesse no
coração dos verdadeiros discípulos.
3) A essência da oração ensinada por
Jesus aponta para o relacionamento com Deus e a constância – Mateus 6:5-15 – A resposta que Jesus deu ao
discípulo que queria aprender a orar com Ele foi uma versão resumida do que Ele
ensinou no “Sermão da Montanha”. Há muitas verdades importantes em suas
palavras, ditas naquela ocasião. Vamos destacar algumas:
a) A essência da vida de oração é a
busca de intimidade com o nosso Pai - vs. 6 - Ao nos mandar entrar no quarto,
fechar a porta e orar ao Pai, Jesus está apontando para a busca de um
relacionamento íntimo com Deus. Isso implica em separar tempo de qualidade para
estar a sós com Ele e não tratar estas ocasiões como se fosse uma visita ao supermercado
ou ao caixa eletrônico, aonde vamos apenas para conseguir aquilo que
necessitamos. O objetivo é encontrar-nos com o Pai, crescer em relacionamento
com Ele.
b) A oração que Deus ouve é uma
comunicação espontânea e criativa, uma conversa com Ele - vs. 7-8 - Jesus deixou claro que não se trata
de rezar (repetir frases decoradas) e nem de comunicar-nos mecanicamente com
Deus. Também não se trata de “encher linguiça”, como se a atenção do Senhor
fosse capturada pelo nosso muito falar, mas de conversarmos naturalmente com
Ele, como costumamos fazer com as pessoas importantes na nossa vida.
c) O primeiro foco das nossas
orações deve ser o coração do próprio Deus - vs. 9-10 - Ao dar um exemplo de oração, Jesus
começa falando de santificarmos o nome do Pai, pedirmos que venha o seu Reino
(governo) e a sua vontade. Perceba que essa abordagem coloca Deus no centro de
tudo e não nós mesmos! Quando oramos, nossa primeira pretensão deve ser honrar
ao Senhor e nos alinharmos com o seu propósito.
d)
Devemos aprender a nos expor diante do Pai, pela oração, diariamente - vs.
11-13 - O tempo
particular de oração deve ser também um exercício diário (“o pão nosso de cada
dia, dá-nos hoje”) de exposição da nossa vida ao Senhor, quando apresentamos a
Ele nossas necessidades, confessamos nossos erros e tomamos decisões de nos
alinhar com sua vontade, perdoando quem nos ofendeu, por exemplo.
Na próxima semana teremos
mais 7 dias de jejum e oração e será um momento precioso para estreitarmos
ainda mais, nossa intimidade com Deus e fortalecer a nossa prática da oração e
do jejum. Como anda a sua vida de oração? Estabeleça a oração como uma de suas
prioridades e você verá o quanto sua vida irá mudar. GCEUs que têm a oração
como prioridade, crescem em todos os níveis. Vamos orar! Até a última casa!
Pr. Luiz Antonio