Carta
pastoral – Fevereiro de 2017 – ano II – 039
Série “Crescendo no relacionamento com
Deus”- Relacionamento constante e sincero
Textos
para ler: Mt 23.25-28; Mt 7.6
Queridos e amados irmãos,
que a graça e paz do Senhor seja sobre sua vida e sua família.
Nesta série de
ministrações do GCEU, temos estudado sobre alguns aspectos do nosso
relacionamento com Deus. Na carta de hoje, vamos aprender que nossa relação com
Deus deve ser caracterizada pela permanência e pela sinceridade, ou seja, em
uma linguagem mais popular, que ela não deve se restringir às reuniões dos
finais de semana, ou aos momentos em que estamos na igreja, nem ser uma
religiosidade vazia de uma real intimidade com Deus. Muitos cristãos vivenciam
suas semanas de trabalho e estudo sem levar em consideração a existência e a
presença de Deus, nem os seus princípios e mandamentos. Quando estamos na
igreja, ou seja, na área do sagrado, nos comportamos, nos vestimos e falamos de
um determinado jeito “sagrado”. Mas fora desse ambiente, em outros lugares,
mudamos nossa forma de ser e agir, nos comportando de uma maneira “mais
adequada” ao contexto. O resultado disso, de fato, é uma vida dupla, o que traz
enfermidades para a nossa vida cristã, tais como a hipocrisia e a religiosidade
vazia. A partir de alguns desses textos, podemos extrair contrapontos entre
atitudes que nós, como cristãos, devemos evitar e eliminar de nossas vidas e
outras que, ao contrário, devemos abraçar e praticar.
Hipocrisia
X Sinceridade Mt 23.25-28
O ser humano tem uma
grande preocupação com o aparente, com o que pode ser visto. Nesse sentido,
transmitir determinada imagem ou impressão é mais importante do que ser, de
fato, aquilo que se quer transmitir. Dando um exemplo do nosso contexto, muitas
vezes nos preocupamos mais com nos parecermos cristãos do que com ter atitudes
autênticas de um filho de Deus. Esforçamo-nos para construir um comportamento
aparente, de modo que as pessoas, ao olharem para nós, digam: “Puxa vida!
Fulano de tal é um crente e tanto!”. Jesus critica duramente essa postura,
dizendo: “Ai de vós!”. Essa expressão, nesse contexto, tem o sentido de
reprovação, denúncia e condenação. Os fariseus eram dignos da ira divina por
causa de sua hipocrisia. Contrário à Hipocrisia é a Sinceridade. Naquela época,
era comum o comércio de vasos. Muitas vezes, por causa de um acidente, os vasos
ficavam trincados e sem alguns pedacinhos. O comerciante, para não perder uma
oportunidade de negócio, disfarçava a rachadura, com cera. Assim, muitos compradores
eram enganados, levando para casa um vaso danificado. Alguns, entretanto, mais
atentos, antes de comprar o objeto, o colocavam contra o sol, para verificar se
havia ou não rachaduras camufladas. Quando o vaso estava inteiro, eles diziam:
“Sin cera”, ou seja, “sem cera”. Este é o desejo de Deus para conosco: que, ao
nos colocar contra a luz, não encontre nada escondido. Esta também é a
expectativa das pessoas com quem nos relacionamos a nosso respeito e a nossa em
relação a elas: autenticidade. Sendo assim, nosso foco deve estar em
transformar o nosso coração e não, simplesmente, a nossa aparência. Além disso,
devemos buscar ter um comportamento cristão não apenas na igreja, mas o onde
quer que estejamos. Viver um tipo de vida em casa, no trabalho e na escola, e
outro na igreja, é hipocrisia.
Você consegue detectar
hipocrisia em sua vida? Você tem tido um tipo de comportamento na igreja e
outro em sua casa, local de trabalho ou escola? Se sim, você precisa confessar
isso a Deus como pecado e buscar o arrependimento, a mudança de atitude:
abandonar a hipocrisia e abraçar a sinceridade.
Sua prática religiosa tem
sido vazia de intimidade com Deus? Você tem buscado a Deus apenas na igreja,
seja no GCEU ou nos cultos? Se sim, confesse isso a Deus como pecado e busque o
arrependimento. E saiba: Deus tem muito mais para a sua vida! Ele é muito maior
do que a igreja e o domingo! A cada dia e em qualquer lugar, ele quer ter mais
e mais intimidade com você. Até a última casa!
Pr. Luiz Antônio